Minas Gerais

Agricultores familiares de Capitão Enéas, no Norte de Minas, ganham nova opção de vendas 

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Agricultores familiares de Capitão Enéas, no Norte de Minas, contam agora com mais um incentivo para fortalecer os canais de comercialização da produção agrícola do setor. Por meio da Lei Municipal nº 41 de 2021, o município institucionalizou um programa de aquisição de alimentos municipal, chamado Programa Alimento Vivo (PAV). Ele tem por base a lei federal que permite às prefeituras adquirirem, com recursos próprios, a produção dos agricultores familiares, nos moldes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do governo federal. Ou seja, por meio de chamada pública e com dispensa de licitação. A iniciativa foi fruto de ação da Emater-MG junto ao Executivo municipal. A ação foi motivada pelas constantes reivindicações dos agricultores familiares de Capitão Enéas, solicitando mais canais de comercialização da produção. “Os agricultores têm dificuldades no acesso a outras modalidades de compra institucional, devido à escassez de recursos. Algumas adotam critérios que dificultam muito o acesso dos agricultores familiares do nosso município”, justifica o extensionista local Douglas Ribeiro. Recursos Segundo os extensionistas locais da Emater-MG, a prefeitura de Capitão Enéas prometeu a liberação de inicial de R$ 400 mil para investir no programa. O recurso será aplicado em duas parcelas semestrais e deverá atender, inicialmente, cerca de 40 agricultores familiares, produtores de hortaliças e frutas in natura. Os alimentos serão destinados a abastecer o Banco de Alimentos Municipal, permitindo a melhoria da alimentação das famílias em situação de vulnerabilidade social. Também poderá ser destinado ao hospital municipal e alunos de escolas públicas. “Os produtores terão mais uma oportunidade de mercado para produção agrícola familiar, o que resultará no aumento da produção, produtividade e qualidade dos alimentos. Além disso, refletirá na melhoria da renda e qualidade de vida das famílias agricultoras beneficiadas”, prevê o extensionista Rogério Max. A agricultora familiar Márcia Lima de Oliveira, produtora de hortaliças, tem uma expectativa positiva com a instituição do programa municipal de Capitão Enéas. Dona de um sítio de 1,5 hectares, ela já tem experiência em fornecer para os programas institucionais. “Em 2020, comercializei para outros programas, como o Pnae. Gostei muito, fechamos o projeto. Entregamos tudo direitinho e recebemos também tudo direitinho. Por isso, gostaria de continuar com esse tipo de venda. Essa lei aprovada vai ajudar muito os produtores de Capitão Enéas, principalmente os pequenos”, diz. Amparo legal A equipe técnica do escritório local de Capitão Enéas, constituída pelos extensionistas Douglas Ribeiro e Rogério Max, explica que o pedido da Emater-MG, encaminhado à prefeitura, foi amparado na Resolução nº 84, de 10 de agosto de 2020, do Grupo Gestor do Programa de Aquisição de Alimentos (GGPAA). A deliberação do colegiado deu amparo legal para a aquisição de produtos da agricultura familiar, por meio da chamada pública, sem necessidade de licitações, com recursos da prefeitura municipal. O coordenador técnico estadual de Comercialização e Gestão da Emater-MG, Raul Machado, esclarece que a modalidade de aquisição de alimentos da agricultura familiar, Compra Institucional, foi criada em 2011, no âmbito do então Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), atual Programa Alimenta Brasil (PAB) do governo federal. Ele explica que a chamada pública é uma forma mais simplificada de compra em relação à licitação, pois o órgão comprador pode adotar critérios específicos para seleção das propostas de vendas, sem utilizar a concorrência por menores preços. “Com certeza, o procedimento de compra por meio da chamada pública proporciona melhores condições de participação da agricultura familiar nos processos de compras de órgãos públicos”, afirma Raul Machado. Capitão Enéas O município de Capitão Enéas é considerado o primeiro da unidade regional Emater-MG de Montes Claros a adotar a modalidade Compra Institucional, na aquisição de produtos da agricultura familiar. Segundo o coordenador técnico estadual, Raul Machado, a empresa de extensão rural tem promovido diversas rodadas de conversa sobre a modalidade Compra Institucional, no intuito de divulgar aos extensionistas e gestores municipais mais essa oportunidade de mercado para a agricultura familiar. “A lei municipal criando um programa municipal de aquisição de alimentos em Capitão Enéas é fruto dessa conversa”, conta. O município de Capitão Enéas tem como atividade principal a agropecuária, com destaque para pecuária de corte e leite, além da fruticultura irrigada. Na agricultura familiar, a produção é baseada na horticultura, pomares domésticos e lavouras de milho e feijão. Há ainda atividades como a criação de aves de corte e postura, criação de suínos em pequena escala e a bovinocultura de leite e corte. O escritório local da Emater-MG atendeu, em 2021, 805 produtores familiares. 

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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