Minas Gerais

Preços altos e instabilidade internacional aumentam interesse por biofertilizantes

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A forte alta do preço dos fertilizantes e o risco de falta do produto em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia têm levado muitos produtores a buscarem alternativas. A Emater-MG tem percebido um grande interesse de agricultores por cursos e treinamentos sobre biofertilizantes e outras práticas agroecológicas. Só em 2021, cerca de 800 produtores participaram de cursos presenciais e virtuais, realizados pela área de Agroecologia do Departamento Técnico da empresa. Em 2022, vários cursos para agricultores já estão programados, além de um treinamento para os extensionistas da Emater-MG, que vão disseminar esses conhecimentos em várias cidades mineiras.

O coordenador estadual de Agroecologia da Emater-MG, Fernando Tinoco, conta que, com a subida de preço dos fertilizantes industrializados, produtores que nunca pensaram em utilizar biofertilizantes estão passando a usar, principalmente em pequenas áreas. “O interesse por práticas agroecológicas está crescendo muito. Em abril, vamos fazer um curso em Caldas, no Sul de Minas, e devido à grande demanda, tivemos de abrir mais uma turma. As inscrições superaram nossas expectativas”, comenta Tinoco.

Cursos programados

A capacitação para produtores do município de Caldas vai ocorrer nos dias 6 e 7/4 e a oficina vai abordar de forma prática a produção de caldas, biofertilizantes e compostos orgânicos. Antes, na próxima semana, de 29 a 31/3, será realizado curso em Montezuma, no Norte de Minas. As informações sobre os cursos podem ser obtidas nos escritórios locais da Emater-MG de cada município.

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Outra atividade programada é o treinamento virtual “Construção e Manejo Sustentável de Fertilidade do Solo”, que terá dois módulos (dias 14 e 21/6) e será direcionado para os extensionistas da Emater-MG. “Esse curso é uma parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia e terá apoio de profissionais da Epamig e da Embrapa. A proposta é treinar os técnicos da empresa para que eles repassem os conhecimentos para os agricultores do estado”, explica Tinoco.

Migração de sistemas de produção

A produtora Maria José da Silva Oliveira, de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de BH, tem participado dos treinamentos oferecidos pela Emater-MG em seu município. Ela conta que, no começo, foi difícil a implantação das técnicas agroecológicas, mas agora os resultados estão surgindo. “É mais trabalhoso e demora mais para você ver o resultado, mas compensa. A planta responde bem e você sente que está produzindo um alimento mais saudável”, comenta a agricultura.

O coordenador da Emater diz que o ideal é que a migração do sistema tradicional para agroecológico seja feita com o acompanhamento de um profissional da área, como os extensionistas da Emater-MG. Mas Tinoco dá algumas orientações para o produtor que trabalha no modo tradicional e está interessado em adotar técnicas agroecológicas. “Ele pode iniciar com a compostagem, que é a decomposição de materiais orgânicos. Como adubo de plantio, dá para fazer a mistura de esterco de vaca ou galinha, palhada (bagaço de cana ou capim picado) e /ou acrescentar minerais. Para algumas culturas, a gente pode usar a mistura não só para o plantio, como também na adubação de cobertura”, explica.

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Já os biofertilizantes líquidos são mais indicados como adubos de cobertura. “O mais simples e fácil de preparar são os biofertilizantes à base de esterco fresco de vaca e de cama de frango, acrescido também de alguns minerais, dependendo da cultura. Aí deixamos fermentar em caixas plásticas ou bombonas por um período aproximado de 30 dias”, diz Tinoco.

Agricultura sustentável

A compostagem leva cerca de 90 dias para fermentar e estar apta para o uso. Tinoco explica que não é bom usar o esterco fresco diretamente na planta, por ter algumas bactérias e outros microrganismos que podem contaminar os alimentos. “Além de serem utilizados como adubo foliar e de cobertura, os biofertilizantes também são considerados repelentes de insetos pelo forte cheiro. Eles ajudam ainda no aumento da vida do solo, pois a flora microbiana possibilita a melhor liberação e absorção de minerais do solo”, argumenta o coordenador.

Nos últimos anos, o uso de bioinsumos tem crescido bastante no Brasil.  Além de compostos orgânicos, há microorganismos utilizados para o controle de pragas e doenças, que também integram a linha agroecológica. “O mundo caminha para uma agricultura mais limpa e sustentável. E fatores como a alta de preços e problemas logísticos têm acelerado esse processo”, opina Tinoco.

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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