Minas Gerais

Operação integrada resgata animais em criadouros ilegais no Leste de Minas

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Cerca de 330 aves silvestres mantidas ilegalmente em criadouros amadores foram apreendidas durante a Operação Falsários I, realizada na última semana em seis municípios do Leste de Minas. A ação conjunta entre Estado e União interditou 25 aviários, autuou 40 criadores e emitiu 48 Autos de Infração que, juntos, somam R$ 897 mil em multas ambientais aplicadas.

As diligências ocorreram nos municípios de Governador Valadares, Ipatinga, Timóteo, Caratinga, Vargem Alegre e Inhapim, e foram conduzidas pelo Ibama, em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) Polícia Militar e Corpo de Bombeiros também participaram da operação.

Os pássaros resgatados, entre eles espécies ameaçadas de extinção como o Curió e o Bicudo, receberam os primeiros cuidados veterinários e foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Juiz de Fora, na Zona da Mata.

De acordo com o analista ambiental do Ibama, Sýlvio Modesto, um dos responsáveis pela Operação Falsários I, a investigação surgiu após o órgão federal identificar possíveis fraudes no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (SisPass).

“Analisando os dados do SisPass, identificamos uma série de declarações falsas de nascimento de aves silvestres, pois as anilhas oficiais de identificação dos animais ainda se encontravam na sede regional do Ibama”, explica Modesto.

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As anilhas são pequenos anéis com informações de identificação da ave e do criador colocados na pata dos animais ainda filhotes. O instrumento é utilizado pelo Ibama para regularizar a manutenção e reprodução de pássaros em cativeiro, sem a finalidade comercial e em escala limitada.

“Grande parte dos criadores autuados usavam anilhas falsas ou adulteradas, sem regulamentação, para manter aves capturadas na natureza em cativeiro e burlar o sistema”, conta o diretor de Fiscalização da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) Leste, Daniel Colen.

Penas

De acordo com Art. 296, do Código Penal, a falsificação, fabricação ou adulteração de selo público destinado a autenticação de atos oficiais (federais, estaduais ou municipais) constitui crime federal, com reclusão de dois a seis anos e multa. A legislação ambiental prevê ainda a apreensão dos animais e interdição do criatório ilegal.

Uma das diligências realizadas durante a operação chamou a atenção dos agentes pela quantidade de aves em situação irregular identificadas. Um criador do município de Ipatinga matinha ilegalmente 81 pássaros ameaçados de extinção em cativeiro. A multa para cada animal foi de R$ 5 mil, o que gerou uma autuação no valor de R$ 407 mil. “Como o criador mantinha um número elevado de animais ameaçados de extinção ilegalmente em cativeiro as autuações foram somadas e chegaram a esse valor”, conta Daniel Colen.

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Modus operandi

O procedimento padrão para efetivação do cadastro de aves silvestres no Sispass consiste na solicitação, por parte do criador, de anilhas à fábrica licenciada pelo Ibama para produção do material.

Após anilhamento do filhote, que deve ser realizado até o oitavo dia de vida do animal, o criador deve declarar o nascimento do pássaro no sistema, passando a ave a constar no plantel virtual específico deste criador.

Segundo a investigação, a existência de anilhas não retiradas pelos criadores na sede do Ibama regional de Governador Valadares, associada à existência de cadastros dos animais no SisPass, constitui fraude no sistema e as anilhas falsas ou adulteradas apreendidas com os criadores durante a operação comprovam o crime.

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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