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Minas Gerais

Período de frio exige cuidados para se aquecer sem provocar acidentes

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O período de frio intenso chegou e, com isso, as pessoas tendem a buscar maneiras de se aquecer para escapar da sensação térmica gelada. No entanto, alternativas caseiras ou o uso indevido de equipamentos como aquecedores podem provocar acidentes e, em alguns casos, colocar a vida em risco. Por outro lado, a exposição às baixas temperaturas também é perigosa e pode causar hipotermia.

O tenente e porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), Pedro Aihara, explica que, durante os períodos de frio, o indicado é não improvisar e evitar materiais que possam produzir chamas e fumaça, já que o risco é fatal e silencioso.

“No caso das lareiras, fogueiras, brasas e chamas, existe a produção de fumaça que tem monóxido de carbono. Essa substância faz com que o sangue tenha dificuldade de transportar oxigênio para o corpo, levando à morte. E as pessoas não costumam perceber os sintomas, que são tontura, sonolência, dormência e desmaio. Desta forma, elas não notam que estão se contaminando e acabam se vitimando sem perceber. Por isso, as pessoas jamais devem produzir chamas e fumaça em ambientes fechados”, ressalta.

Aquecimento

Para o caso de equipamentos próprios para aquecimento, o tenente ressalta que a manutenção deve estar em dia e o manual deve ser seguido à risca, além de outros cuidados.

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“Fogueiras somente em ambientes abertos. Para o caso de lareiras, deve-se verificar se o sistema de exaustão está desobstruído. No caso de aquecedores elétricos, é necessário ter cuidado para não sobrecarregar a tomada onde ele está ligado, já que é um equipamento de consumo maior que a média, além de evitar deixar elementos por perto, como cobertas. Como esses equipamentos produzem calor, é preciso evitar gatilhos que podem iniciar um incêndio. Outro cuidado sugerido é sempre verificar se o aquecedor foi desligado de forma correta para evitar que ele superaqueça. Além disso, o uso deve ser feito conforme indicação do fabricante”, afirma Pedro Aihara.

Frio também é perigoso

Ficar exposto ao frio também pode ser um problema, já que a baixa temperatura pode provocar hipotermia, que é quando a temperatura corporal cai drasticamente, prejudicando as funções metabólicas.

“O principal problema da hipotermia é a circulação do sangue e o comprometimento de funções vitais. A longa exposição ao frio pode provocar alguns sintomas que indicam o problema, como dificuldade de reflexo, falas desconexas e extremidades roxas, como mãos e pés. Neste caso, ao identificar alguém nessa situação, é preciso manter a pessoa aquecida, por meio de agasalho, líquido quente e alguma fonte de calor para reverter o quadro. Pessoas podem morrer de frio”, alerta Aihara. 

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Portanto, o indicado é manter-se bem agasalhado e reforçar os cobertores e os cuidados. Em caso de emergências, os bombeiros ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), devem ser acionados para dar suporte às vítimas.

Ajuda ao próximo

Para ajudar os mais necessitados a enfrentarem do frio, o Serviço Social Autônomo (Servas) iniciou a campanha #CalorHumano, que tem como objetivo arrecadar agasalhos, cobertores e acessórios de inverno, para doar a entidades socioassistenciais que acolhem e atendem os mineiros em situação de vulnerabilidade social.

Com duração de três meses e a colaboração de toda população, a campanha inicia uma grande mobilização social em prol de todos as pessoas que, neste momento, se encontram em dificuldade de conseguir roupas adequadas para o frio. Neste ano, serão disponibilizados em Belo Horizonte diversos pontos de coleta para doação.

Em 2021, o Servas recebeu aproximadamente 30 mil itens e, agora, em 2022, o objetivo é alcançar um número ainda maior de doações. Os pontos de coleta de agasalhos da campanh #CalorHumano estão disponíveis no site do Servas.

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ENTRETENIMENTO

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

 

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

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