Minas Gerais

Fundação João Pinheiro apresenta cadeia produtiva do agronegócio mineiro

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A Fundação João Pinheiro (FJP) promoveu, nesta quarta-feira (25/5), o seminário virtual ‘Cadeia Produtiva do Agronegócio: Impacto regional, inserção e dependência internacional’. O webinário contou com apresentações de pesquisadores da FJP e com a participação do subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez.

A atividade núcleo do agronegócio mineiro se concentra nas Regiões Geográficas Intermediárias (RGInt) de Patos de Minas, Varginha, Uberaba, Uberlândia e Divinópolis. O valor adicionado somado foi equivalente a 62,7% do total em 2019. Os dados das pesquisas setoriais de 2020 mostram que, na agricultura, os principais produtos produzidos foram café (34,9%), soja (17,8%), cana-de-açúcar (13%) e milho (12,8%); na pecuária, destacaram-se a produção animal (bovinos, equinos, suínos e galináceos) e a produção de leite (89,8% do total da produção de origem animal do estado); na produção vegetal, a maior participação foi da silvicultura, em particular da produção de carvão vegetal (80%).

Com os maiores impactos na produção das RGInt, a pecuária se destaca entre as atividades núcleo do agronegócio. Na de Uberlândia, um aumento de R$ 1 da demanda na pecuária gera um acréscimo de R$1,41 na produção da economia regional, ou seja, um acréscimo de 41% do impacto inicial, advindo da produção adicional líquida inter e intrasetorial relacionado a compras de fornecedores diretos e indiretos na RGInt para atender o estímulo inicial na pecuária.

Ainda entre as atividades do núcleo do agronegócio, a agricultura aparece com o maior impacto como demandante na RGInt de Uberaba e o menor, na RGInt de Belo Horizonte. Na primeira, a ampliação de R$1 da demanda na agricultura gera R$ 1,28 na economia, 28% da ampliação da produção do setor. A silvicultura apresenta o maior impacto em Uberlândia e o menor nas RGInt de Belo Horizonte e Ipatinga.

Posicionadas a jusante da cadeia e com conexões intensas à rede de fornecedores locais, a indústria de alimentos e a de biocombustível geram maiores impactos que as atividades núcleo. A indústria de biocombustível destaca-se pelo percentual de ampliação da produção da economia local em relação ao impacto inicial (70%, em média) nas RGInt de Uberaba, de Uberlândia, de Divinópolis e de Pouso Alegre. A indústria de celulose, papel e produtos de papel apresentou o maior impacto na RGInt de Uberaba, seguida por Pouso Alegre, Uberlândia e Juiz de Fora.

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“Além da relevância econômica que a cadeia produtiva do agronegócio tem dentro do estado de Minas Gerais, respondendo a 22% do PIB, ela tem importância como propulsora para o crescimento econômico regional, afirma a pesquisadora Carla Aguilar. “Em 11 das 13 regiões geográficas intermediárias, pelo menos um setor da cadeia produtiva do agronegócio tem essa capacidade de impulsionar acima da média dos demais setores”, explica.

Exportações

Em 2021, as exportações do agronegócio mineiro representaram 8,9% das exportações do segmento no Brasil. Desse percentual, os produtos da agropecuária responderam por 64,5%; os da agroindústria, por 35,4%. Em relação ao total das exportações mineiras, o agronegócio registrou 33,2%, maior valor do período entre 2010 e 2021. Em valor, as exportações alcançaram 10,3 bilhões de dólares.

No último ano, as exportações do agronegócio se concentraram nas principais RGInt exportadoras de commodities agrícolas. Destacaram-se as RGInt de Varginha (32,9%), Uberlândia (19,2%), Uberaba (10%) e Patos de Minas (9,2%).

Em Minas Gerais, as exportações das atividades núcleo da cadeia produtiva do agronegócio representaram 17,4% do total exportado pelo estado. O principal produto foi o café em grão, responsável por 66,3% do total. Em seguida, destacou-se a soja em grão, com 31,1%. O principal destino das exportações de café foram os Estados Unidos e a Alemanha; e da soja, a China.

No estado, as exportações da agroindústria foram equivalentes a 9,6% do total. Os principais setores exportadores foram o abate e produtos da carne, inclusive os produtos do laticínio e da pesca (31,6%); a fabricação e refino do açúcar (28,2%) e a fabricação de celulose, papel e produtos do papel (17,5%). O principal destino foi a China. Em 2021, as exportações da agroindústria se concentraram na RGInt de Uberlândia (27,2%), Uberaba (26,1%) e Ipatinga (19,1%).

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Importações

As importações de produtos do agronegócio mineiro representaram 6,9% do total importado em 2021. Os produtos da agroindústria representaram 69,1% do total; os da agropecuária, 30,1%. A partir de 2015, quando as importações foram bastante afetadas pela crise econômica, houve tendência de crescimento, impulsionado, sobretudo, pelas compras associadas à agroindústria.

Em 2021, as importações se concentraram, principalmente, na RGInt de Pouso Alegre (39,2%), seguida pela RGInt de Belo Horizonte (24%), Uberlândia (17,3%) e Uberaba (10,2%). Essas últimas duas também se destacaram entre as principais RGInt exportadoras.

A dependência internacional da cadeia produtiva se concentra em bens intermediários (74%), principalmente, insumos industriais elaborados como os adubos (fertilizantes). Desse modo, evidencia-se a dependência de bens de conteúdo tecnológico superior. Ao considerar os bens àa montante, à jusante e o núcleo, as principais importadoras são a RGInt de Uberaba, seguida pela de Pouso Alegre e de Uberlândia.

Para João Ricardo Albanez, os resultados evidenciam a importância do setor para Minas Gerais. “Vejo o contínuo crescimento do PIB do agronegócio e a relevância disso para o estado, mesmo nos períodos de turbulência. Nosso desafio agora é provocar, em termos de políticas públicas, o desenvolvimento do setor em regiões mais deprimidas como Montes Claros, Teófilo Otoni e Governador Valadares”, afirma.

Os dados e análises completas da cadeia produtiva do agronegócio estão disponíveis no site da FJP e podem ser acessados nos informativos Cadeia produtiva do agronegócio e sua capacidade de impulsionar o crescimento regional em Minas Gerais e Comércio Internacional da Cadeia Produtiva do Agronegócio de Minas Gerais: Regiões Geográficas Intermediárias.

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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