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Minas Gerais

Governador visita Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica

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O governador Romeu Zema conferiu os pratos típicos da cozinha mineira preparados durante a abertura do XIV Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica, que começou nesta quinta-feira (16/6) e vai até domingo (19/6), nas ruas e praças do Centro Cultural da cidade, na região Centro-Oeste de Minas Gerais.

Mais de 40 barracas oferecem comidas típicas da roça, e o festival também conta com tendas, espaços gourmet, praças de alimentação e os famosos fornos à lenha, montados a céu aberto. Outro destaque da programação é a realização de oficinas gastronômicas, a cargo de chefs e cozinheiros de Itapecerica e convidados. 

As atrações incluem ainda uma feira com artesanato local, shows musicais e apresentações de folias de reis e de academias de dança do município.

Crédito: Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Ao participar da cerimônia de abertura do festival, Romeu Zema salientou o peso da gastronomia para o potencial de Minas Gerais e de eventos desse porte para impulsionar o turismo. ”Fico muito satisfeito de fazer essa visita em um momento tão bom, festivo, com eventos sendo retomados e em que se geram empregos e, principalmente durante um evento que está valorizando aquilo que nós, mineiros, sabemos fazer de melhor, nossa gastronomia diferenciada, nosso carro-chefe de um setor em franca retomada, do turismo, e nesse caso específico, a comida de roça”, pontuou o governador.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, também enalteceu esse traço cultural do estado. “A cozinha mineira é comum para nós, mas não para o turista, é uma cozinha muito especializada, com produtos muito saborosos e típicos de cada região”, disse o secretário. Ele também trouxe uma perspectiva econômica do que a culinária representa para o desenvolvimento econômico e cultural de Minas. “A cozinha mineira é candidata a patrimônio histórico do Brasil este ano, é responsável por 30% do nosso turismo, que hoje cresce o dobro da média nacional. No ano passado, injetou R$ 4,5 bilhões no mercado de Minas Gerais, e este ano foram R$ 6,3 bilhões somente nesses primeiros seis meses”, afirmou.

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Retomada

Não realizado nos anos de 2020 e 2021 em função da pandemia de covid-19, o Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica volta com cerca de 140 expositores. Realizado pela Prefeitura de Itapecerica, que pretende, assim, voltar os holofotes para a culinária dos produtores locais e demais profissionais do setor.

Itapecerica é uma das cidades contempladas com o edital BDMG Municípios 2021, na linha de crédito Cidades Sustentáveis, que já garantiu R$ 2 milhões para financiamento de projetos como o do Mercado Municipal “Mineirinho”, já aprovado e com licitação realizada. 

Durante a abertura do festival, o Complexo Cultural de Itapecerica teve sua ordem de serviço assinada pelo prefeito Wirley Reis, popularmente conhecido como Têko, com recursos oriundos da parceria com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). “Parte do complexo será composta pelo Centro Gastronômico, que vai congregar todas as comidas aqui do festival,vai alavancar a cultura e o turismo de Itapecerica, fortalecer a gastronomia mineira, tendo Itapecerica como referência“, comemorou Têko. 

Nos últimos dois anos, Itapecerica recebeu mais de R$ 700 mil do ICMS Patrimônio Cultural, programa de repasse de recursos para os municípios que preservam seu patrimônio e suas referências culturais por meio de políticas públicas relevantes. Em 2022, foram repassados R$ 108,8 mil.

Expectativa de expositores e público

Produtora local, Maria Aparecida Menezes montou seu forno, junto com as irmãs, para oferecer diversos tipos de delícias, como linguiça defumada caipira, pastel, biscoito de sal, pão de queijo e cafezinho, como ela não deixa de mencionar. Além disso, ela mesmo produz a manteiga e a banha utilizadas. “Nossa atração principal é a alegria, fazer ao vivo, receber bem o pessoal. Assim como tem a rainha do Carnaval, eu vou ser a rainha do festival de gastronomia”, prometeu.

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Para os moradores que vão curtir o festival, o momento representa um marco. “Ficamos dois anos dentro de casa, com a cidade morta, e agora estamos com a expectativa de um movimento grande de gente de fora. Os hotéis estão lotados, muitas casas alugadas, vai ser muito bom”, contou Sílvio Souza, que esperava pelo início das festividades ao lado da esposa, Maria das Mercedes Palhares de Souza, apelidada Cesinha, com quem é casado há 43 anos. Para ela, a expectativa é pelos pratos que poderá experimentar. “Espero comer arroz no suan, porco no bafo, costelão. Comida a gente experimenta de tudo, que tudo aqui é bom demais. O povo que vem aqui uma vez não fica sem vir de novo”.

Participando pela primeira vez do festival, a Associação Circuito Turístico do Campo das Vertentes montou um estande para trazer alguns elementos dos nove municípios que compõem o consórcio (Carmo da Mata, Carmo do Cajuru, Carmópolis de Minas, Divinópolis, Itapecerica, São Francisco de Paula, Santo Antônio do Amparo, Santo Antônio do Monte e Candeias), criado em consonância com a iniciativa privada para potencializar o turismo sustentável da região. “Trouxemos um pouco da história, da gastronomia, do artesanato e da arte de cada município, cada qual com sua peculiaridade, a convite da Prefeitura de Itapecerica, é uma hábito nosso participar de festivais que promovam a cultura da região”, conta o secretário executivo da associação, João Paulo Martins.

Também estiveram na abertura do festival o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Marcelo Bomfim, prefeitos de cidades próximas e deputados da região.

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ENTRETENIMENTO

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

 

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

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