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Minas Gerais

Mais de 22 toneladas de alimentos produzidos em unidades prisionais mineiras foram doadas em 2022

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Em um cenário de dificuldade financeira, vivenciado país afora, a esperança e a ajuda vêm de presídios e penitenciárias mineiros. Cento e quarenta presos, custodiados em 44 unidades prisionais administradas pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), produzem diversos tipos de alimentos em hortas instaladas intramuros. Somente neste ano, mais de 22 toneladas de hortaliças, verduras, legumes e frutas saíram das unidades prisionais de Minas Gerais diretamente para o prato de centenas de pessoas, atendidas por 826 instituições carentes beneficiadas.

A produção de alimentos dentro do sistema prisional mineiro tem aumentado de forma significativa. Em comparação aos cinco primeiros meses de 2021, o volume de 2022 mais que dobrou. No mesmo período do ano passado, foram produzidos e doados 8.998 kg de alimentos; neste ano, o número chegou a 22.497 kg entre janeiro e maio.

Das 44 unidades prisionais com hortas instaladas, 12 se destacam pelo montante de hortaliças e verduras produzidas: Penitenciária de Teófilo Otoni, Presídio de João Pinheiro, Penitenciária de Pará de Minas, Penitenciária de Uberaba, Penitenciária de Muriaé, Presídio de Janaúba, Presídio de Araguari, Penitenciária de Ribeirão das Neves I, Presídio de Araxá, Presídio de Itajubá, Presídio de Piumhi e Penitenciária de Governador Valadares. Todas as regiões de Minas Gerais são contempladas pelas doações.

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Dinâmica

O plantio e o cultivo dos alimentos possuem muitas vantagens, como o baixo custo de produção e manutenção. Também há disponibilidade de alimentos orgânicos (não se usa agrotóxicos nas hortas) e aproveitamento de espaços vazios e ociosos das unidades prisionais. Além da profissionalização dos presos, um dos aspectos mais importantes é a execução do trabalho social, pois por meio das doações muitas instituições de caridade conseguem reforçar o caixa e apoiar pessoas carentes.

Segundo o diretor-geral do Depen-MG, Rodrigo Machado, a produção e a doação de alimentos é umas das entregas mais importantes do sistema prisional mineiro e beneficia todos os envolvidos. “Essa é a nova filosofia de trabalho da Polícia Penal, uma polícia próxima à sociedade. São entregas realizadas por meio do trabalho dos presos”, ressalta. “As unidades prisionais se tornam mais aceitas pela sociedade quando conseguimos ajudar e retornar algo com o trabalho de quem está cumprindo pena. Ao mesmo tempo, proporcionamos uma ressocialização para esses detentos e fortalecemos relações do Depen-MG com instituições municipais, fechando mais parcerias e ajudando mais pessoas que precisam”.

Parcerias

Em algumas cidades, a produção conta com o apoio de organizações ligadas ao serviço agrícola, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Essas instituições capacitam os presos e aperfeiçoam a produção, com orientações sobre o plantio.

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Para o diretor-geral da Penitenciária de Uberaba, Josiley Henrique, a horta da unidade cumpre com um dos objetivos da atual gestão. “Aqui na penitenciária temos a preocupação de profissionalizar os presos que cumprem pena. E o trabalho na horta, além de profissionalizar os custodiados, também é muito importante para as instituições que ajudamos. São lugares que necessitam desses alimentos para funcionar, pois não possuem muitos recursos, como asilos e creches”, detalha. “É muito satisfatório para nós, diretores, policiais penais e servidores, saber que de alguma forma estamos ajudando a quem precisa. Ainda podemos devolver para a sociedade um indivíduo melhor do que aquele que entrou no sistema prisional. Nossa intenção é aumentar o número de detentos trabalhando e também a produção”.

Projeto MuDar

Boa parte das mudas utilizadas nas hortas são produzidas na Penitenciária de Muriaé por meio do projeto MuDar. Mensalmente, quatro mil mudas de hortaliças são cultivadas dentro da unidade prisional, localizada na Zona da Mata mineira. Elas são cuidadas pelas mãos de três custodiados que, caprichosamente, contribuem para a formação dos canteiros de hortas já implantados ou em implantação nas demais unidades prisionais de todo o estado. 

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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