Minas Gerais
Educadores compartilham o que sabem para mudar a história de quem aprende
Ensinar, compartilhar, estimular aprendizados e conhecimentos que vão além das salas de aula e dos muros das escolas para a melhoria diária do ensino da rede pública estadual de Minas Gerais. Neste Dia do Professor (15/10), é com este sentimento e dedicação pela educação que professores da rede estadual compartilham suas experiências e histórias de superação, na missão de lecionar e preparar os alunos para o futuro frente aos desafios sociais.
Fernanda Taveira é professora de educação física da Escola Estadual João Antônio Siqueira, em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), mas percebeu que poderia contribuir no processo de alfabetização de seus alunos e, para isso, desenvolveu uma atividade lúdica com as letras do alfabeto. Seus alunos passaram a responder à chamada de presença com uma letra do alfabeto formando uma palavra tipicamente mineira, como por exemplo, “broinha”, com a letra B, e “cafezinho”, com a letra C. A brincadeira chamou tanto a atenção que viralizou no Tik Tok.
A professora destaca que é possível ir além e implementar ideias e projetos para aperfeiçoar a qualidade do ensino público e, com isso, incentivar o aluno a estudar com gosto. “Acredito na educação como transcendente de disciplinas e a educação física não precisa se ater apenas ao seu conteúdo preestabelecido de ensinar alguma prática de esporte ao aluno, pois, quando aplicamos de forma multidisciplinar, é mais proveitoso, ganha tanto o aluno, quanto o professor ao inovar”, comenta Fernanda.
Para o secretário de Estado de Educação, Igor de Alvarenga, que também é professor de carreira da rede estadual de ensino mineira, são exemplos como esse que têm contribuído para o resultado positivo que a educação estadual de Minas vem alcançando nos últimos anos. Neste Dia do Professor, Igor agradece a cada educador e destaca como estes profissionais estão fazendo a diferença na vida dos alunos.
“Não poderia deixar de agradecer a cada um dos nossos professores. Durante a pandemia, vocês venceram todas as dificuldades e conseguiram levar para casa de cada estudante uma educação pública de qualidade, garantindo a continuidade do ensino. É graças ao empenho dos professores que Minas foi reconhecida por duas vezes consecutivas como terceiro melhor regime remoto de ensino do país. E isso porque vocês, professores, não largaram a mão dos nossos alunos. Temos muitos desafios a vencer e conto com vocês nesta missão de educar nossos estudantes. Parabéns pelo dia e muito obrigado”, ressalta o secretário.
Transformar vidas
Quem também não mede esforços para que a educação de Minas seja cada vez melhor é o professor de filosofia, Carlos Aylla, do município de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Ele, que leciona há 18 anos na rede pública estadual, conta que sua vocação surgiu aos 13 anos, quando se espelhou em seu professor de história, o ‘senhor Moreira’. Atualmente, Carlos é um dos idealizadores do projeto Africanidades no Espaço Escola, ação de Iniciação Científica na Educação Básica desenvolvida na Escola Estadual Governador Israel Pinheiro. O projeto é finalista na Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic).
Para Carlos, ser professor é doar um pouco de si todos os dias na busca pelo aprendizado, transformando vidas, contribuindo para uma mudança social, por meio da educação. “O que me motiva a ir todos os dias para a sala de aula é a possibilidade de transformação social, de poder ver nos alunos uma mudança de vida que só a educação proporciona. Ver o crescimento pessoal de cada aluno é muito gratificante. Não me canso de aprender. A sala de aula é um grande laboratório, estamos em constante aprendizado”, afirma.
O desafio de ensinar é ainda maior para os profissionais que trabalham com a educação especial, como Catia Aparecida Ribeiro, professora de apoio da Escola Estadual Eduardo Amaral há sete anos, no município de Estiva, no Sul de Minas. Ela conta que se tivesse que escolher novamente a profissão, seria sempre professora, porque ama o que faz. “Acredito que não fui eu que escolhi ser professora na educação especial – foi a profissão que me escolheu. E o que me motiva todos os dias a realizar um trabalho de qualidade a altura do que meus alunos merecem é ver em seus olhos o brilho de conseguir realizar suas atividades, ver em seus sorrisos a alegria de estar vencendo. Trabalhar com a inclusão requer muito comprometimento, amor, paciência e, acima de tudo, muito estudo”, relata.
Na busca pelo mesmo propósito de ensinar e melhorar a vida de seus alunos está a professora Carolina Fabiane Araújo, da Escola Estadual Professor Domingos Ornelas, em Santa Luzia, na RMBH. Ela está desenvolvendo um projeto de valorização da identidade negra que, em breve, será levado para a sala de aula. Segundo a professora, a iniciativa surgiu porque percebeu nas suas aulas a necessidade dos alunos se enxergarem como protagonistas, formarem sua identidade, estimulando o interesse pela literatura que é pouco explorada. “Ser professor é um aprendizado na prática, vivenciado na sala de aula e com as experiências que compartilhamos com nossos alunos. Amo ensinar, aprender, não saberia fazer outra coisa. Ser professor é gratificante, não tenho palavras para descrever minha alegria e satisfação”, finaliza Carolina.
Fonte: Agência Minas
ENTRETENIMENTO
Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela
Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.
Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.
— confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.
A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.
“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.
— confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.
Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.
Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.
Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!
Saiba Mais sobre Tiradentes
Conexão de Tiradentes com Ouro Preto
• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.
Pontos Históricos Relacionados
1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.
Legado de Tiradentes
Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.
A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.
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