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Funcionários do Twitter publicam carta aberta contra demissão em massa

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Plano de Musk é de cortar 75% dos funcionários do Twitter
Unsplash/Jeremy Bezanger

Plano de Musk é de cortar 75% dos funcionários do Twitter

Dias após o surgimento do  plano de Elon Musk realizar uma demissão em massa no Twitter caso compre a empresa, funcionários da plataforma publicaram uma carta aberta denunciando que a proposta seria “imprudente”. De acordo com o jornal The Washington Post, o bilionário quer demitir 75% dos funcionários do Twitter, algo que a empresa desmentiu para os seus trabalhadores em um memorando.

Na carta aberta, os funcionários alertam que a demissão em massa afetaria a capacidade da rede social de atender ao debate público e prejudicaria a confiança dos usuários na plataforma. Algo similar foi alegado por Edwin Chen, ex-cientista de dados do Twitter, que também comentou sobre o impacto da demissão na moderação de conteúdo.

Twitter e o debate público

A carta aberta, que não especifica o número de assinaturas, aborda dois pontos: o debate público e as condições de trabalho. No primeiro caso, o texto destaca os exemplos do uso do Twitter para promover o jornalismo independente na Ucrânia e Irã, citando também o uso da plataforma por diversos movimentos sociais ao redor do globo.

Na Ucrânia, a rede social também permite que moradores de territórios ocupados pela Rússia consigam informar a situação da guerra, até mesmo denunciando casos de crimes de guerra e permitindo que tropas ucranianas divulguem suas conquistas em primeira mão — imagens da libertação de Izium, no leste do país, surgiram no Twitter e em outras redes sociais antes da confirmação em veículos grandes.

Já no Irã, o Twitter é a principal ferramenta de divulgação internacional dos protestos contra o regime do país. Na nova onda de protestos, que já dura 40 dias, a rede social reúne vídeos das manifestações. Apesar de bloqueado no país desde o início do levante, o uso de VPNs permite que a população organize ações e utilize a rede social.

Um quadro reduzido de funcionários não apenas afetaria a infraestrutura do Twitter. Para Chen, a capacidade de moderação de conteúdo seria fortemente impactada, permitindo que os usuários fossem expostos a conteúdos sensíveis, como pornografia infantil. 

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Comparando com a situação do Irã, órgãos governamentais de Teerã poderiam realizar a denúncia em massa de vídeos, sobrecarregando uma equipe enxuta e dificultando a exibição de conteúdo contrários à ditadura.

Condições de trabalho no Twitter

Na segunda metade da carta, os funcionários dividem as suas demandas pelas condições de trabalho em quatro pontos: respeito, segurança, proteção e dignidade. No primeiro ponto, eles exigem que, independente de quem adquira a empresa, o quadro atual seja mantido.

A carta também pede que nenhum funcionário seja discriminado por raça, deficiência, gênero, orientação sexual ou posicionamento político. O texto reforça que o Twitter precisa se comprometer com a segurança dos seus funcionários estrangeiros, dependentes de visto de trabalho para ficarem nos Estados Unidos. 

Outro ponto tocado pelos funcionários é a manutenção dos seus benefícios trabalhistas. Meses atrás, Elon Musk se posicionou contra o trabalho remoto, algo permitido pela direção atual do Twitter — e apoiado por diversas empresas.

Leia a carta na íntegra

Funcionários, Elon Musk e Conselho de Diretores

Nós, os funcionários do Twitter que assinam essa carta, acreditamos que o debate público está em perigo.

O plano de Elon Musk de demitir 75% dos funcionários do Twitter afetará a capacidade de atender ao debate público. Uma ameaça dessa magnitude é imprudente, enfraquece a confiança dos usuários e clientes na nossa plataforma e é uma ação clara de intimidação dos funcionários.

O Twitter tem efeitos significativos nas sociedades e comunidades ao redor do globo. Enquanto nós falamos, o Twitter está ajudando a promover o jornalismo independente na Ucrânia e Irã, como também fortalece movimentos sociais ao redor do mundo.

Uma ameaça aos funcionários do Twitter é uma ameaça ao futuro do Twitter. Essas ameaças têm impacto em nós como funcionários e mostram uma desconexão fundamental com a realidade de operação do Twitter. Elas ameaçam nosso sustento, o acesso à saúde básica e a possibilidade de trabalhadores com visto de ficarem no país onde trabalham. Nós não podemos fazer o nosso trabalho em um ambiente de constante assédio e ameaças. Sem o nosso trabalho, não há Twitter.

Nós, os funcionários do Twitter, não seremos intimidados. Nós nos comprometemos em apoiar as comunidades, organizações e negócios que dependem do Twitter. Nós não pararemos de apoiar o debate público

Nós pedimos que a gerência do Twitter e Elon Musk parem com essas negligentes ameaças de demissão em massa. Como funcionários, nós merecemos comprometimento concreto para que possamos continuar a preservação da integridade da nossa plataforma.

Nós exigimos das lideranças atuais e futuras:

Respeito: Nós exigimos que a liderança respeite a plataforma e os funcionários que a mantém através do comprometimento em preservar o atual quadro de funcionários.

Segurança: Nós exigimos que a liderança não discrimine funcionários de acordo com sua raça, gênero, deficiência, orientação sexual ou posicionamento político. Nós também exigimos a segurança para os empregados com vistos, que serão forçados a deixar o país em que trabalham se forem demitidos.

Proteção: Nós exigimos que Elon Musk se comprometa publicamente a preservar nossos benefícios, tanto aqueles listados no acordo de compra quanto os que não estão (p. ex. trabalho remoto). Nós exigimos que a liderança estabeleça e garanta políticas de indenização justas para todos os trabalhadores antes e depois de qualquer mudança de proprietário.

Dignidade: Nós exigimos uma comunicação transparente, ágil e séria sobre as nossas condições de trabalho. Exigimos ser tratados com dignidade, e não como peões em um jogo de bilionários.

Sinceramente,

Funcionários do Twitter.

Fonte: IG TECNOLOGIA

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Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável

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OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA
Unsplash/Rolf van Root

OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA

As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.

Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.

Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.

Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.

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Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.

No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.

Fonte: Tecnologia

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