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Butantan: bloqueio de rodovias retém carga para produção de vacinas

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Butantan diz que carga com ovos para produção de vacinas está parada por conta de bloqueios de bolsonaristas em rodovia de SP
Rovena Rosa

Butantan diz que carga com ovos para produção de vacinas está parada por conta de bloqueios de bolsonaristas em rodovia de SP

Uma carga com 520 mil ovos utilizados na produção de vacinas contra H3N2 , a Influenza , está presa na manifestação de caminhoneiros próximo a Jundiaí, no interior de São Paulo. Eles protestam contra o resultado das urnas na eleição presidencial deste domingo (30), em que o candidato Jair Bolsonaro (PL) perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o Instituto Butantan , que fabrica as vacinas, se os ovos não chegarem ao Instituto até o final da manhã desta terça-feira (1°), haverá um prejuízo na produção de 1 milhão e meio de doses de vacina contra Influenza .

Anualmente, o Instituto Butantan oferece 80 milhões de doses de vacina contra a Influenza para o Ministério da Saúde,  para a imunização dos brasileiros contra o vírus da gripe.

Bloqueio de rodovias é ‘inadmissível’, diz Rodrigo Garcia

Em coletiva de imprensa na manhã desta terça (1º), o governador de São Paulo , Rodrigo Garcia (PSDB),  declarou que o Estado irá multar em R$ 100 mil por hora os donos dos veículos que participam do  bloqueio de estradas em protesto contra o resultado da eleição presidencial.

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O governador paulista disse também que, em virtude da decisão do Supremo Tribunal Federal ( STF ) ordenando o fim dos protestos, a partir de agora as negociações com os manifestantes se encerram – com isso, o Estado pode usufruir, se necessário, da força policial para liberar as vias.

Bolsonaristas interditam trechos de rodovias da capital paulista

Grupos de caminhoneiros e apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) continuam as manifestações e o bloqueio de trechos de rodovias de São Paulo .

Interdições afetam rodovias Castello Branco e Regis Bittencourt. Na Hélio Smidt, bloqueio provocou cancelamento de 25 voos no Aeroporto Internacional de São Paulo – mas a situação já foi contida pela PRF na região.

STF vota a favor da decisão de Moraes para desbloqueio de rodovias

Ainda na manhã desta terça-feira (1º),  ministros do STF se reuniram em uma sessão vitual da Corte para analisar a decisão do ministro Alexandre de Moraes , que determinou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e às polícias militares dos estados o desbloqueio das rodovias de todo Brasil ocupadas irregularmente por manifestantes que se opunham ao resultado da eleição presidencial realizada no último domingo (30).

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A votação, que ocorreu nos primeiros minutos do dia, confirmou a decisão individual de Moraes.

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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