Tribunal de Contas
Último painel do Congresso Internacional tratou sobre direito financeiro
O painel de encerramento oficial do 1º Congresso Internacional de Direito Financeiro e Cidadania começou às 17h, como previsto na programação, e teve como presidente da mesa o conselheiro corregedor do TCEMG, Durval Ângelo, o professor titular da USP, o palestrante Fernando Facury Scaff, e a doutora em Direito pela UFMG, Mizabel Derzi que compôs a mesa. Estava prevista uma conferência de encerramento da Ministra Carmen Lúcia, mas por problemas técnicos ela não conseguiu se apresentar remotamente.
Durval Ângelo abriu a mesa ressaltando a alta audiência do público que acompanhou o evento através da TVTCE no youtube, nos dois dias de evento, e destacou a relevância do tema a ser debatido no painel. “É importante que a gente discuta a questão do direito financeiro e principalmente a questão da cidadania para nós cumprirmos aquilo que estabelece os objetivos do Art. 3º da Constituição da República que é trabalhar na questão da inclusão, do desenvolvimento regional, da redução da pobreza que são desafios sérios colocados para o exercício do papel do Estado e da concretização de políticas públicas desse Estado”, disse ele.
Usando como pano de fundo e ressaltando pontos importantes de várias palestras apresentadas durante todo o Congresso, o palestrante Fernando Scaff falou sobre “financiamento eleitoral”. Ele destacou a importância do diálogo entre os órgãos de controle e o sistema acadêmico. “É importante a gente se encontrar. É quando se uni as experiências concretas dos órgãos de controle ao dessa turma da academia que se chega a reflexões importantes sobre esse tema, possibilitando dar um salto na análise e ter soluções mais interessantes”, disse o professor.
Ele também reforçou a importância da discussão para a concretização do direito financeiro. “Toda essa lógica é importante para a concretude dos objetivos constitucionais de redução da pobreza, das desigualdades regionais e sociais e combate à pobreza. Nós temos um grande trabalho para enfrentamento dessas situações daqui pra frente”, lembrou Scaff.
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Fonte: TCE MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.