TECNOLOGIA
Existe algo que possa substituir o Twitter?
Estamos testemunhando em tempo real uma mudança de administração e cultura no Twitter, com demissões atrapalhadas e novas funcionalidades anunciadas, descontinuadas e reintroduzidas. Tem-se a impressão de muitas mudanças ao mesmo tempo, e pouca organização ao implementá-las.
Algumas empresas estão farejando o perigo e suspendendo seus anúncios no Twitter. Afinal de contas, pode pegar mal ter sua marca associada a um local onde perfis falsos de personalidades públicas exibem o famoso selo azul e falam coisas absurdas. Mas, além dos anunciantes, resta saber: e os usuários insatisfeitos do Twitter, o que farão?
O Twitter não é um Instagram ou TikTok, com vídeos curtos num feed eterno. Nem um Facebook, com textões, memórias de dez anos atrás e grupos fechados. Das redes sociais que se consolidaram, o Twitter é a mais diferente, concentrando muito das discussões políticas e comentários sobre notícias. É a rede aonde vamos para ler e emitir opiniões sobre todo e qualquer assunto. Onde mais isso está disponível?
O Mastodon é uma opção?
Lançado há seis anos, o Mastodon se parece com o Twitter em alguns aspectos. E quem está lá há mais tempo agora testemunha a chegada de uma leva de novos usuários, que testam as águas em meio à situação caótica no Twitter.
No entanto, embora haja semelhanças, o Mastodon não tenta ser uma alternativa ao Twitter. Na verdade, representa um outro tipo de internet.
Você percebe isso ao clicar em “Create account”. Surge uma página onde você deve escolher um servidor, ou instância onde seu perfil será criado. Há alguns servidores para usuários brasileiros, por exemplo; outros, para públicos mais específicos, como pessoas com as mesmas inclinações políticas.
Então você só pode interagir com pessoas que estão na mesma instância que você? Aí é que está: não, todo mundo pode seguir e interagir com qualquer usuário de qualquer instância, já que elas se comunicam entre si através de protocolos abertos. Também é possível transferir seu perfil de uma instância para outra, levando consigo seus seguidores e informações.
Os protocolos abertos em comum, aliás, permitem que o Mastodon se relacione com outras redes, no que costuma ser chamado de “fediverse”. A palavra, junção de “federation” e “universe”, designa um conjunto de servidores diferentes (federados), mas conectados por esses protocolos (veja uma lista deles).
Ou seja: uma rede descentralizada, na qual usuários podem se comunicar e acompanhar gente de fora de suas próprias instâncias.
Se você está acostumado com o Twitter e com a lógica tradicional das redes sociais, essa descrição deve ter soado um pouco confusa. Afinal, o caminho que conhecemos é criar uma conta num local específico, e todos com quem interagimos estão nesse mesmo lugar. O Mastodon funciona numa lógica totalmente diferente (além de ter várias visualizações de timeline possíveis).
Portanto, se você está pensando em se aventurar por lá, saiba que há uma curva de aprendizado pela frente, e que o Mastodon não tenta emular o Twitter.
O substituto do Twitter talvez não seja parecido com o Twitter
O Mastodon de início me pareceu bem pouco amigável, mas, após alguma insistência e leituras sobre o fediverso, estou convencido a permanecer. Há algo ali que me lembra uma época mais simples do Twitter. Mas, aos que estão em busca de substituto, talvez ele não precise se parecer com a rede comprada por Elon Musk.
Quem levanta essa bola é Felipe Ventura, editor do Tecnoblog, no Tecnocast 267. Ele nos lembra que espaços e comunidades na internet por vezes acabam, ou se tornam desinteressantes para seus usuários mais ativos. Acontece que o local para onde eles se deslocam talvez não seja parecido com o anterior.
O próprio Felipe explica que migrou do Twitter para o TikTok. As duas plataformas não podiam ser mais diferentes, mas há conteúdos no TikTok que despertam uma sensação semelhante àquela do Twitter. Vídeos em que usuários explicam assuntos muito específicos, por exemplo, chamando a atenção para tópicos sobre os quais não refletiríamos normalmente.
“Coisas que eu nunca teria parado para falar: ‘quero ver isso’. Simplesmente aparece lá para mim e pronto. Essa foi a graça do Twitter para mim por muito tempo. Então talvez o Twitter diminua bastante de tamanho, se torne uma rede do passado, como muitas outras. Mas as pessoas vão pra outro lugar. É difícil substituir, e, ao mesmo tempo, talvez nada substitua”, reflete Felipe.
Ou seja, os hábitos do Twitter talvez possam ser reproduzidos em outras redes, seja no descentralizado Mastodon, com seus posts de até 500 caracteres, ou no feed algorítmico do TikTok. Na falta de um candidato óbvio a “novo Twitter”, qualquer rede poderia ser reapropriada pelos usuários e, quem sabe, passar a ocupar o lugar que o Twitter ocupava.
Mas ainda precisamos esperar para conferir como as ações de Elon Musk vão impactar a plataforma. Os anunciantes estão alertas, a confusão sobre perfis verificados aumenta a cada dia e, para completar, desde a pandemia os usuários mais frequentes (heavy tweeters) já andam mais ausentes, segundo relatório ao qual a Reuters teve acesso.
Podemos estar testemunhando ao vivo o momento mais decisivo da história do Twitter, aquele que vai definir se seus usuários continuarão presentes ou migrarão para algum outro lugar que lhes desperte um sentimento semelhante.
Fonte: IG TECNOLOGIA
TECNOLOGIA
Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável
As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.
Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.
Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.
Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.
Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.
No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.
Fonte: Tecnologia
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