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Minas Gerais

Referência em saúde mental, Instituto Raul Soares celebra 100 anos de atuação

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Aline Castro Alves

O Instituto Raul Soares (IRS) realizou, na última sexta-feira (11/11), a celebração oficial do seu centenário. O evento contou com as presenças da presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas (Fhemig), Renata Ferreira Leles Dias, da chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Marina Cury, representando o secretário Fábio Baccheretti, do diretor do IRS, Marco Antônio de Rezende Andrade, da gerente assistencial Andreia Silva Lima, da gerente administrativa Rizza Letícia Costa Amaral,  além de diretores, gerentes e servidores de outras unidades da Rede e de pacientes do IRS.

A abertura foi marcada pela exibição do vídeo enviado pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que destacou a contribuição da unidade para os modelos atuais de atendimento na saúde mental. “É com muita satisfação que participo desta comemoração histórica de uma das unidades mais antigas e importantes do Estado. O Raul Soares protagonizou movimentos que contribuíram para os modelos atuais de atendimento na saúde mental, com a implantação de tratamentos humanizados que promoveram a reinserção social daqueles que, anteriormente, eram esquecidos dentro dos sanatórios”, afirmou o governador.

Marco Antônio de Rezende Andrade resgatou a história da instituição. “É uma data muito especial para nós. Ao longo desses 100 anos, o instituto passou por diversas situações, algumas difíceis. Mas também tivemos momentos marcantes, como a criação do primeiro ambulatório de saúde mental, o primeiro Hospital Dia do estado – que foi a semente dos Centros de Atenção Psicossociais (Caps) e, também, a criação do primeiro centro de convivência de Minas Gerais, Arthur Bispo. Sempre com muito empenho e determinação dos servidores para gestar essas experiências, que acabaram se espalhando por outras cidades mineiras”, lembrou.

O diretor ressaltou, ainda, a vocação da unidade, desde a sua fundação, de formação de psiquiatras, antigamente chamados alienistas. “O Raul Soares já foi criado com o objetivo de formar profissionais de saúde, por isso recebeu o nome de instituto, e não hospital Raul Soares, que remete à instituição de ensino. Missão que nos guia até hoje, junto à nossa prática cotidiana da assistência. Neste momento, aproveitamos para olhar para dentro e avaliar como temos desempenhado nosso trabalho e, ao mesmo tempo, olhar para fora, acompanhando as mudanças na área da saúde mental e atendendo as demandas que chegam até nós”, afirmou.

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A presidente da Fhemig, Renata Ferreira Leles Dias, parabenizou a unidade pela data e destacou a importância dos servidores. “Estou muito feliz de poder estar presente hoje, como presidente, comemorando os 100 anos da instituição. Só estamos aqui por causa dos servidores que vêm trabalhando e se dedicando ao Raul Soares. É um orgulho, para mim, enquanto pessoa e gestora, dar minha contribuição e estar com vocês. E é um orgulho também para a Fhemig ter o Instituto como uma de suas unidades”.

A chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, Marina Cury, concordou. “Se o instituto alcançou esse lugar onde está hoje é graças aos servidores que já passaram por aqui e aos que ainda trabalham na instituição. É uma conquista de todos vocês”. Ela aproveitou, ainda, para falar sobre os investimentos que vêm sendo feitos na unidade. “A Fhemig e o Estado têm investido no IRS com objetivo de manter sua posição de referência, já que o instituto é muito importante na política de saúde mental de Minas. Este ano já tivemos a reforma da porta de urgência do hospital. Também temos previstos mais de R$ 20 milhões de investimentos em obras nos próximos anos para garantir uma assistência cada vez mais humanizada e melhores condições de trabalho para todos os profissionais que estão aqui. Espero que esta data possa ser comemorada por muitos anos”, finalizou.

Aline Castro Alves

Homenagens

Na ocasião, foi realizada também a entrega de placas de homenagem aos servidores que construíram uma história de relevância no IRS. Maria de Lourdes Bernardes Ângelo, Neide Miriam da Silva, Sônia Maria Pedro, Roberto de Almeida, e o representante de Rosmar Caetano de Oliveira foram ovacionados e receberam, emocionados, suas respectivas homenagens.

“Vocês não têm noção do quanto estou feliz. É um prazer muito grande receber esta placa”, afirmou o servidor Roberto de Almeida.

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Maria de Lourdes também fez questão de agradecer, publicamente, a homenagem: “Agradeço a toda direção desta instituição por me escolher, representando todos os meus corajosos e dedicados colegas de enfermagem. Me sinto extremamente honrada. Este gesto ficará marcado de forma profunda no meu coração, pois amo meu trabalho. São 48 anos nesta casa, onde fiz amigos, irmãos, compartilhamos desafios, vitórias e, o principal, cuidamos de vidas”.

O diretor Marco Antônio aproveitou ainda para falar sobre a dificuldade e os critérios na hora de escolher quem seriam os homenageados. “Optamos por aqueles com mais tempo de serviço no Raul Soares, que dedicaram a maior parte de suas vidas à instituição. Nada mais justo, neste momento de resgate da história da unidade, que homenagear essas pessoas que se dedicam até hoje ao IRS”.

Ao fim das homenagens, o diretor do IRS e a presidente da Fhemig descerraram a placa que marca o centenário da instituição.

O evento foi encerrado com a participação da banda “Bombeiros Instrumental Orquestra Show”, do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.

Semana comemorativa

Ao longo da semana, o Instituto Raul Soares realizou uma série de eventos internos para servidores e pacientes da unidade. A programação contou com o seminário “100 anos do Instituto Raul Soares: história, memórias e transmissão”, sarau e concurso de fotografia.

O instituto

Atualmente, o Instituto Raul Soares recebe pacientes em crise, por meio do atendimento de urgência e, também, por encaminhamento de outros serviços de todo o estado, como Unidades Básicas de Saúde e Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

Já na admissão, a equipe oferece acolhimento ao paciente e inicia a elaboração de um plano individual terapêutico – que não somente inclui os diagnósticos psiquiátricos, mas contempla o estado geral clínico do paciente, bem como sua situação social.

A unidade integra e segue os fluxos estabelecidos pela rede de saúde mental em consonância com a integralidade da assistência. O caráter vanguardista e propositivo dos profissionais que fazem parte da história do Instituto Raul Soares o tornou referência de acolhimento breve e resolutivo para garantir que os pacientes tenham a chance de se restabelecer enquanto indivíduos, integrando suas famílias e a sociedade com harmonia e perspectivas melhores.

Fonte: Agência Minas

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Brasil e Mundo

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira a entrevista abaixo com o coordenador da Semana da Aleijadinho, Mauro Amorim.

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, filho do artista Pio Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

Agradecimentos

Pousada Vila Rica e DukaAmorim

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

greja Nossa Senhora da Conceição é uma das referências da arquitetura e da história de Ouro Preto. Depois de quase uma década em reforma, o santuário com os restos mortais do mestre Aleijadinho vai ser reaberto ao público, em Ouro Preto

Pintura de Manuel da Costa Ataíde no teto da Igreja de São Francisco de Assis.
Além das pinturas que dominam todo o teto, a Igreja de São Francisco de Assis ainda conta com adornos em ouro e prata e esculturas de Aleijadinho, escultor e arquiteto responsável também pelo projeto dessa mesma igreja. Aleijadinho (cujo nome de batismo era Antônio Francisco Lisboa), ao lado de Manuel da Costa Ataíde e Mestre Valentim, formou o principal grupo de artistas do barroco mineiro.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Este relógio de fabricação inglesa pertencia a Joaquim José da Silva Xavier e estava com ele no momento da prisão. Foi leiloada pela coroa e passou pelas mão de particulares até 1953, quando JK o adiquiriu para o museu da Inconfidência. Ao lado um boticão que permitia a Tiradentes usar uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam para extrair dentes daqueles que visitam seu consultório.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

O Museu da Inconfidência cuida de obras do século XVII, XVIII e XIV é aberto ao público em horários disponivéis no site oficial.

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

Imagem de Nossa Senhora das Dores esculpida na madeira, do artista mineiro Fernando Pedersini, foi exposta no Santúario Matriz Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto durante a exposição “Do Conto ao Ponto”.

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