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Entenda o que é o colesterol e as suas funções no organismo

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Entenda o que é o colesterol e as suas funções no organismo
Redação EdiCase

Entenda o que é o colesterol e as suas funções no organismo

O colesterol é um tipo de gordura encontrada no organismo humano. Na maioria das vezes, essa substância é apresentada para as pessoas como algo ruim para o corpo, mas ela também possui funções muito importantes. “Sabemos que [o colesterol] é benéfico para determinadas funções vitais e tem participação fundamental na construção e manutenção das membranas celulares”, explica o cardiologista Allan Cembranel.

Prejuízos causados pelo excesso de colesterol

Mesmo sendo importante para o organismo, o excesso de colesterol pode ser muito prejudicial, pois é fator de risco para diversas doenças cardiovasculares . Os altos níveis dessa gordura são responsáveis pelo desenvolvimento da aterosclerose, problema que atinge, principalmente, artérias do coração e cérebro, causando respectivamente infarto e derrame.

“O desenvolvimento dessas doenças se dá de forma insidiosa, progressiva, com deposição de colesterol na parede das artérias e posterior entupimento, impedindo a passagem de sangue e destruindo o tecido”, alerta Ranieri Carvalho Leitão, cardiologista do Hospital Adventista Silvestre. 

O cardiologista Adalberto Lorga Filho, por sua vez, explica que o maior problema dos níveis altos de colesterol, em relação às arritmias cardíacas, é de predispor e aumentar a ocorrência de infarto do miocárdio, o qual, frequentemente, cursa com arritmias cardíacas graves. “Dessa forma, do ponto de vista clínico e preventivo, mantendo-se baixos os níveis sanguíneos de colesterol, reduzimos indiretamente a ocorrência de arritmias cardíacas”, afirma.

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T ipos de colesterol

Para entender melhor os níveis de colesterol e quando ele se torna prejudicial ao organismo, é importante saber que existem vários tipos dele no sangue. Dessa forma, o conjunto de todos eles é o que se denomina “Colesterol Total”. 

Além disso, o colesterol é uma espécie de gordura e, como as gorduras não se misturam com líquidos, o colesterol não se mistura ao sangue. “Por isso, precisa unir-se a certas proteínas para cumprir as suas funções, formando as chamadas lipoproteínas (substâncias compostas de lipídicos – gorduras – e proteínas). Essas lipoproteínas deslocam-se por todo o organismo na corrente sanguínea, sob duas formas principais: o HDL e o LDL”, esclarece o Dr. Allan Cembranel. 

LDL  e HDL 

O cardiologista e proprietário do Spa Sorocaba, Manoel Carlos Castanho, explica que o LDL colesterol significa “Low Density Lipoprotein”, ou seja, é uma lipoproteína de baixa densidade e sua característica é conter mais gordura e menos proteína. A função do LDL é transportar o colesterol para o tecido periférico.

O HDL colesterol significa “High Density Lipoprotein”, isto é, é uma lipoproteína de alta densidade. Este possui mais proteína e menos gordura, e sua função é transportar o colesterol dos tecidos para o fígado e, em seguida, excretá-los.

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Diferenças entre  eles 

Estudos científicos mostram que o HDL, conhecido como colesterol bom, ajuda a retirar as moléculas de gordura de dentro das células e possibilita que elas sejam excretadas pelo organismo. “O LDL colesterol faz exatamente o contrário, fixando estas moléculas de gordura dentro das células, provocando a formação de radicais livres, que são prejudiciais ao organismo e aceleram o envelhecimento do corpo”, diferencia Allan Cembranel.

O cardiologista Ranieri Carvalho Leitão acrescenta que o LDL se modifica e se deposita na parede das artérias, assim, contribuindo no desenvolvimento da aterosclerose, enquanto o HDL retira o LDL da corrente sanguínea.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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