Brasil e Mundo
GLO: entenda a sigla que vem sendo repercutida por bolsonaristas
Uma entidade intitulada Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil (OACB) solicitou em 17 de novembro ao presidente em exercício Jair Bolsonaro (PL) que decrete a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para anular o resultado legítimo da eleição presidencial. O assunto vem sendo repercutido nas redes sociais por bolsonaristas antidemocráticos que não aceitam a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A GLO é uma operação militar prevista na Constituição Federal que permite ao Presidente da República convocar as Forças Armadas “nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem”, como consta no site do Governo Federal. A operação, no entanto, nada tem a ver com o resultado do pleito e não se aplica a esse tipo de situação.
Segundo o advogado Luciano Batista de Oliveira, professor de Direito do Centro Universitário São Camilo e especialista em Direito Constitucional, a GLO está prevista na lei complementar de 1997 e 1999 e tem como fundamento o artigo 142 da Constituição Federal, que determina que o papel das Forças Armadas é garantir o livre exercício dos poderes e efetivar a lei e a ordem. O Presidente da República, a seu pedido, ou a pedido dos presidentes de outros poderes, pode pedir que as Forças Armadas auxiliem as Polícias Militares dos estados em situações específicas: quando houver o esgotamento das forças policiais ou em grandes eventos.
Algumas situações em que a GLO foi aplicada foram em pacificações de comunidades dentro do Rio de Janeiro; no Rio+20 (Conferência das Nações Unidas), realizado em 2012; e durante a visita do Papa Francisco ao Brasil, em 2013. Mais recentemente, em maio de 2018, o governo Michel Temer decretou a GLO em todo o país para conter a greve dos caminhoneiros , após um acordo não surtir efeito na paralisação.
Para Oliveira, a manobra da OACB faz parte de uma estratégia política adotada por Bolsonaro e parte de seus apoiadores de pôr em xeque, sem provas, o resultado legítimo da eleição presidencial. Trata-se, ao seu ver, de mais uma ação política que visa tumultuar o país e desestabilizar a democracia.
“Bolsonaro quer mexer com o universo simbólico das pessoas que, muitas vezes, está no nível subconsciente, fazendo com que elas abracem seu projeto político. Ele se coloca como o outsider , o messias que veio resolver a ‘bagunça política’ do país. A ação da OACB faz parte dessa lógica e tem como finalidade criar esse cenário de desordem social”, afirma.
O que diz o documento da OACB endereçado a Bolsonaro?
No pedido endereçado a Bolsonaro, os advogados da OACB alegam, entre outras coisas, que o voto deve ser impresso, um dos motivos pelos quais a entidade acredita que o resultado da eleição presidencial deve ser anulado. Segundo os juristas que assinaram o documento, isso estaria previsto na Lei Federal nº 9504/97, no seu artigo 59-A e parágrafo. A informação, no entanto, é falsa. De acordo com Oliveira, esta é uma leitura equivocada do artigo 59-A.
O artigo diz que “o processo de votação não será concluído até que o eleitor confirme a correspondência entre o teor de seu voto e o registro impresso e exibido pela urna eletrônica”. Isso quer dizer apenas, explica o advogado, que, ao final da votação, é preciso reimprimir o boletim de urna, no qual constam todos os votos emitidos naquela máquina, para conferência futura. Esta é uma etapa prevista do processo eleitoral e nada tem a ver com voto impresso.
A OACB menciona ainda, como justificativa para a anulação da eleição, uma suposta “restrição da fiscalização imposta pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”, o que também é falso. Segundo o site do Governo Federal, o processo eleitoral tem “inúmeras oportunidades de auditoria e fiscalização antes, durante e depois das eleições”. Além das entidades fiscalizadoras, os cidadãos também podem participar dessas oportunidades, como a abertura do código fonte, realizada a 12 meses da eleição.
A entidade cita também decisões liminares proferidas pelo TSE ao longo da campanha que supostamente prejudicaram Bolsonaro, como parte da campanha não ter sido veiculada nas rádios — acusação que nunca foi fundamentada com provas —, os processos de Lula, dos quais ele já foi inocentado, tornando-se assim, novamente elegível, e a suposta “censura” imposta pelo TSE a pessoas físicas, como o empresário Luciano Hang, e jurídicas, como o portal Brasil Paralelo , por divulgar informações que poderiam levar a conclusões falsas.
Ao final do texto, a entidade pede que seja implementada a GLO para a realização de “uma nova votação de forma auditável”. No Brasil, no entanto, o processo eleitoral é auditável, uma vez que a urna registra todos os votos em arquivos de log, que podem ser verificados e comparados com as atas das seções eleitorais. Além disso, cidadãs e cidadãos, partidos políticos, fiscais de partidos, candidatas e candidatos, OAB e Ministério Público podem realizar a fiscalização durante as etapas do processo.
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Fonte: IG Política
Brasil e Mundo
1800 militares da Marinha do Brasil realizam Operação Furnas 2025
A Marinha do Brasil (MB) está conduzindo, ao longo desta semana, a Operação Furnas 2025, um dos maiores treinamentos militares já realizados em Minas Gerais. A operação mobiliza cerca de 1.800 militares, além de embarcações, helicópteros, aviões de caça, drones, veículos blindados e anfíbios, em uma estrutura montada na região do Lago de Furnas, no Sul do estado.
O exercício, que seguirá até o dia 30 de outubro, conta com a participação de militares de nove países — entre eles França, Portugal, Chile e Reino Unido — e de um representante da Junta Interamericana de Defesa. O objetivo é treinar tropas e fortalecer a integração entre forças civis e militares, com foco em operações de defesa, missões de paz e ações de resposta a desastres naturais.
Ação Cívico-Social beneficiou população de São José da Barra
No último sábado (25), a Marinha promoveu uma Ação Cívico-Social (ACISO) em São José da Barra (MG), beneficiando centenas de moradores da cidade e de municípios vizinhos.
Durante a ação, foram oferecidos atendimentos médicos e odontológicos gratuitos, vacinação, aferição de pressão e glicemia, oficinas de primeiros socorros, cortes de cabelo, além de atividades educativas e culturais.
A programação contou com apresentações de cães de guerra, Banda do Corpo de Fuzileiros Navais, Fanfarra Municipal de São José da Barra e mostra de equipamentos e viaturas da Marinha, atraindo famílias e crianças durante todo o dia.
De acordo com o Capitão de Fragata Demóstenes Apostolides, diretor da Unidade Médica Expedicionária da Marinha, mais de 200 pessoas foram atendidas.
“Esse tipo de iniciativa aproxima a Marinha da população e reforça o compromisso social da instituição, que não se limita apenas à atuação militar, mas também ao cuidado e à solidariedade”, destacou o oficial.
Workshop em Passos reuniu instituições civis e militares
Na segunda-feira (27), a Marinha realizou o II Workshop Interagências de Cooperação com a Defesa Civil, na Faculdade Santa Casa de Passos (MG).
O encontro reuniu representantes da Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Eletrobras, Santa Casa de Misericórdia e universitários da região.O evento teve como foco o intercâmbio de experiências e a troca de lições aprendidas em situações de emergência e desastres naturais, fortalecendo a integração entre órgãos civis e militares.
A programação incluiu palestras temáticas e um exercício de coordenação interagências, simulando cenários de calamidade pública.Demonstração de Capacidades será realizada nesta quarta-feira
O ponto alto da Operação Furnas 2025 acontecerá nesta quarta-feira (29), com a Demonstração de Capacidades no Lago de Furnas.
Durante o evento, a Marinha apresentará parte de seus meios operativos, com embarcações, aeronaves, veículos blindados e anfíbios, exibindo ao público a estrutura e a preparação das forças brasileiras para atuar em diferentes tipos de cenário.Presença e integração
Com a Operação Furnas 2025, a Marinha reforça sua presença estratégica em Minas Gerais e demonstra a importância do Lago de Furnas como área de treinamento e de integração com a sociedade civil.
As ações unem tecnologia, capacitação militar e compromisso social, fortalecendo o elo entre as Forças Armadas e a população mineira.
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