Saúde
Conheça exercícios para fazer em casa e aliviar dores na coluna
A dor na coluna é mais comum do que se pensa, pode ser associada a diferentes situações, como a má postura, esforços repetitivos ou problemas como hérnia de disco ou fraturas e tumores.
Segundo o fisioterapeuta e diretor do ITC Vertebral de Guarulhos Bernardo Sampaio, sentir dor nas costas, apesar de muito ruim, é comum entre a população. O especialista aponta que isso pode ocorrer após um longo dia no trabalho, quando muitas vezes as pessoas não cuidam da postura como deveriam.
“O tratamento para esse desconforto depende do tipo e da localização da dor e pode ser feito com o auxílio da fisioterapia, medicamentos e nos casos mais graves, cirurgia. A dor na coluna nunca deve ser ignorada e somente um especialista pode fazer o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado. ”, explica.
Esse desconforto atinge uma grande parte da população, estando entre as principais causas de absentismo ao trabalho. Mesmo essa dor na maioria dos casos sendo benigna, pode ser muito incomodativa e incapacitante, podendo degradar muito a qualidade de vida das pessoas.
Porém, na maioria dos casos, existe um conjunto de medidas curativas e preventivas que nos permitem tratar e prevenir eficazmente este problema. Abaixo, o fisioterapeuta, indica exercícios para diminuir as dores na coluna.
Alongamento com pernas cruzadas :
Sente-se com as costas retas, ombros retos e firmes e, olhando para frente, mantenha a cabeça reta. Levante a perna esquerda e cruze por cima da coxa direita. Depois, incline seu corpo por cima das pernas, cuidando da postura ereta da coluna, até sentir os músculos do glúteo esticar. Repita o movimento, alternando as pernas. Lembre-se de que a duração deve ser de no máximo 30 segundos. Realize no máximo três séries.
Esticar o pescoço:
Incline sua cabeça para esquerda e puxe-a com o auxílio da mão esquerda. Depois, incline para a direita e utilize a mão direita para manter a cabeça inclinada. A mão que não estiver segurando a cabeça deve permanecer esticada ao longo do corpo. Cuide da postura na prática do exercício e, caso sinta dores, interrompa a atividade imediatamente.
Inclinar a cabeça para baixo:
Com as duas mãos sobrepostas na parte de trás da cabeça, empurre-a para frente, de forma que a cabeça desça em direção ao peito, sentindo toda a região da coluna esticando. Lembre-se de manter a coluna ereta e repita esse movimento três vezes, pressionando a cabeça para baixo por 30 segundos no máximo.
Esticar os braços:
Em pé ou sentado, estique a coluna, mantendo uma posição ereta. Depois, eleve o braço esquerdo, inclinando-o por cima da cabeça para o lado direito, lembrando de que o corpo e a coluna acompanham o movimento. Repita o movimento intercalando os braços e permaneça por 15 segundos em cada inclinação. Faça até três séries de 30 segundos cada uma.
Alongamento da lombar:
Deite-se de forma ereta no chão ou em outra superfície firme, estique as pernas e, depois, puxe os joelhos em direção ao peito. Envolva as pernas com os braços, de acordo com a imagem acima, e segure-as por 30 segundos nessa posição. Sinta toda a parte inferior das costas encostar no chão e alongar. É possível que sinta a parte inferior da coxa esticando, também.
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Fonte: IG SAÚDE
Saúde
Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil
A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.
Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.
O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.
“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.
Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.
O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente. “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.
Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’
Exemplo mineiro
Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.
Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.
“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.
Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.
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