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Conheça os benefícios da dieta cetogênica no controle de doenças neurológicas

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Conheça os benefícios da dieta cetogênica no controle de doenças neurológicas
Redação EdiCase

Conheça os benefícios da dieta cetogênica no controle de doenças neurológicas

Originalmente desenvolvida para o tratamento de epilepsia refratária, doença neurológica que causa convulções, a dieta a cetogênica surgiu em 1920, nos Estados Unidos. Contudo, devido ao surgimento de remédios anticonvulsivantes, ela caiu em desuso.

Por contribuir para a perda de peso, a dieta cetogênica passou a ser utilizada por pessoas sem epilepsia refratária. Inclusive, especialistas perceberam que a redução do consumo de carboidratos e o aumento de gordura na alimentação favorecia o emagrecimento.

Como funciona a dieta?

Os carboidratos são a principal fonte de energia do organismo humano . Quando a ingestão é reduzida, o organismo precisa se adaptar para obter energia, desviando o metabolismo energético para outra via. Nesse caso, uma rota metabólica alternativa e que costuma ter papel secundário na obtenção de energia é a via cetogênica.

Segundo Ágata Haddad, farmacêutica da Equaliv, nesta via, ao invés de carboidratos, são utilizadas gorduras como combustível. A partir da quebra de gorduras (também chamadas de lipídeos), são geradas moléculas chamadas de ‘corpos cetônicos’, por isso o nome dieta ‘cetogênica’.

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Assim, ao adotá-la, a pessoa força o metabolismo a começar a quebrar gorduras para se manter em funcionamento. Lembrando que o órgão do corpo humano que mais gasta energia é o cérebro, ele consome cerca de 20% de toda a nossa energia, mesmo representando apenas 2%, em média, da massa corporal.

Benefícios da dieta cetogênica

Como citado, a dieta cetogênica foi proposta como uma alternativa terapêutica para a epilepsia . Segundo estudos, sua adoção reduz significativamente a ocorrência de crises convulsivas em pacientes. No entanto, devido aos seus efeitos sobre o sistema nervoso central, ela começou a ser estudada em diferentes contextos relacionados à saúde mental.

Os distúrbios neuropsiquiátricos costumam ter alguns pontos em comum, como o desbalanço de neurotransmissores, o estresse oxidativo e a inflamação. Além disso, a maioria dos pacientes acometidos por algum desses transtornos apresenta um metabolismo de glicose desregulado.

“Neste sentido, já foi demonstrado que a dieta cetogênica é capaz de regular o metabolismo da glicose , reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, além de favorecer o funcionamento adequado de importantes sistemas de neurotransmissão”, explica Ágata Haddad. Assim, além da epilepsia, já existem evidências de benefícios dessa dieta para o transtorno do espectro autista, esclerose múltipla, doença de e de Parkinson, esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

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Consulte um especialista

Existe um conjunto robusto de evidências sobre muitos benefícios da dieta cetogênica. Além disso, como é uma alimentação bastante restritiva, quando feita sem acompanhamento profissional adequado, ela pode levar a deficiências nutricionais, que a médio e longo prazo podem trazer riscos à saúde. A intervenção nutricional para transtornos mentais pode oferecer benefícios, pelo menos no que diz respeito ao controle dos sintomas. Por isso, sempre consulte um especialista da saúde!

Por Amanda Abilio

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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