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Minas Gerais

Copasa expande programa de redução de perdas na Grande BH

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Copasa / Divulgação

Executado desde o início deste ano na Vila Ideal, em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o contrato de combate a perdas aparentes em vilas e aglomerados chegou agora ao Morro das Pedras, em Belo Horizonte. No mês passado, a Copasa, por meio do Consórcio Performance BH, realizou as primeiras reuniões com a comunidade e iniciou as ações de mobilização para adesão dos moradores às redes de água.

Nessa fase serão beneficiadas as regiões do Morro das Pedras (vilas Leonina, Santa Sofia, São Jorge I, II e III, Vila Antena e Pantanal), Ventosa, Conjunto Santa Maria e Querosene – área que, segundo dados da Prefeitura de Belo Horizonte, possui cerca de 20 mil moradores e 5.113 famílias.

Voltado à redução de perdas aparentes de água em áreas de vulnerabilidade social, o contrato faz parte de uma das frentes de trabalho do programa Engajar para Transformar, da Copasa, e busca dar condições aos clientes que moram nessas áreas de regularizar sua situação junto à companhia e terem acesso à água tratada em casa.

Moradora do Morro das Pedras, a dona de casa Vera Lúcia Ferreira, 56 anos, explica como o programa de redução de perdas possibilitou que ela quitasse as faturas atrasadas. “Não sabia que podia parcelar as contas atrasadas. Com esse benefício, consegui me organizar e ajudar outras pessoas da comunidade que estão em situação irregular e querem resolver”, disse.

Além de cliente, Vera Lúcia se tornou também prestadora de serviço da Copasa no grupo “Mulheres no Saneamento”. Esse grupo busca contratar e treinar mulheres que vivem em áreas de vulnerabilidade para desenvolver o trabalho de mobilização e conscientização das pessoas sobre regularização de débitos e do abastecimento – promovendo a geração de renda para a população onde o trabalho é realizado.

Até dezembro deste ano, 54 mulheres – em sua maioria com idade acima de 45 anos – já haviam sido contratadas para trabalhar no projeto: 40 na Vila Ideal, em Ibirité, e 14 no Morro das Pedras. Juliana Almeida Dutra, diretora de Projetos da empresa Deep – que faz parte do Consórcio Performance BH, formado também pela Vitalux-Ecoativa e Enops – destacou a importância deste trabalho desempenhado pelas mulheres. “Quando uma mulher acima de 45 anos e da própria comunidade exerce esse papel de abordagem, isso gera credibilidade. E as pessoas em geral recebem melhor a visita das agentes que inspiram mais empatia”, explicou.

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Além disso, o protagonismo feminino dentro da comunidade produz outros benefícios, como o acolhimento para o programa de redução de perdas; a melhor aceitação dos clientes em abrir suas casas para uma pessoa conhecida; a geração de renda do grupo familiar, que vai refletir na economia local; o desenvolvimento cognitivo e digital, que abre oportunidades futuras de emprego e qualificação profissional.

Contrato de performance

Vera Lúcia é um dos 2.005 clientes da Copasa no Morro das Pedras que foram alcançados pelo projeto. O trabalho começa com o diagnóstico da área – feito pelo estudo do contexto socioeconômico e socioambiental da comunidade. Após esse diagnóstico, são traçados os objetivos para integrar os moradores aos programas sociais e reduzir as perdas da companhia.

O contrato tem como principal objetivo melhorar e ampliar o abastecimento de água nas regiões, além de aumentar a eficiência operacional da Copasa nesses locais – o que acontece ao regularizar os clientes inadimplentes e trazer novas ligações. Isso garante que o sistema de controle operacional distribua a água de maneira mais assertiva, melhorando a pressão nas redes, diminuindo o desabastecimento e preservando o meio ambiente.

Além disso, o contrato utiliza um hidrômetro especial que garante aos moradores do imóvel uma “vazão de sobrevivência”, em caso de corte por inadimplência. Ou seja, mesmo que o abastecimento seja interrompido por tamponamento, serão liberados diariamente 20 litros de água por dia por morador. “Em vez de cortar, ele interrompe o fornecimento de água e, a cada 24 horas, são liberados 20 litros de água por pessoa – o que permite, por exemplo, que o morador tenha água para beber ou preparar um alimento”, explica o analista socioambiental da Copasa, Cristiano Abdanur.

Desde o início do contrato, o projeto já visitou 5.777 imóveis na Vila Ideal, dos quais 4.787 famílias aderiram ao programa – que oferece condições facilitadas de negociação de débitos, atualização cadastral, regularização e solicitação de novas ligações. Também já foram realizadas 3.739 obras de instalação de padrão, religação de água e troca de hidrômetros, aumentando a eficiência operacional do sistema de abastecimento da região. Já no Morro das Pedras, o projeto visitou 2.099 imóveis, tendo adesão de 2.005 famílias, com 1.330 obras realizadas.

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A meta total estabelecida para o consórcio Performance BH, responsável pelo contrato, é que, até julho de 2023, a Copasa reduza a perda aparente nas regiões em 55.398.000 litros de água por mês. Nos primeiros dez meses da iniciativa, as ações do contrato já haviam atingido aproximadamente 30 milhões de litros recuperados.

Engajar para transformar

O contrato de performance realizado pela Copasa no Morro das Pedras e na Vila Ideal é parte do programa Engajar para Transformar, que estabelece as diretrizes do relacionamento da companhia com a sociedade, fundamentado no foco do cliente.

O objetivo é proporcionar uma atuação em rede, ao aproximar as partes envolvidas no processo de saneamento, para a construção de uma experiência inovadora, e que gere resultados mais eficientes e eficazes, contribuindo assim para alcançar a universalização dos serviços de água e esgoto, com qualidade e de forma sustentável.

Nesse sentido, além das ações de combate a perdas, a Copasa desenvolve ainda outros cinco projetos sociais dentro das comunidades inseridas no programa de perdas:

– Governança colaborativa – oferece os serviços de negociação, aproximação e percepção comunitária 

– Bola na Rede – esporte e atividade física para as crianças da comunidade,

 Laboratório de Ciências nas Escolas – parcerias com as escolas em ações de preservação do meio ambiente

– Conexão e Propósito – mobilização com a Secretaria de educação para campanhas educativas sobre saneamento básico

– Mulheres no Saneamento – Levar informação de porta a porta e receber novas adesões

O Programa Engajar para Transformar está em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Política de Responsabilidade Social e a Agenda ESG da Copasa (sigla que se refere a questões ambientais, sociais e de governança corporativa).

Fonte: Agência Minas

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Brasil e Mundo

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira a entrevista abaixo com o coordenador da Semana da Aleijadinho, Mauro Amorim.

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

greja Nossa Senhora da Conceição é uma das referências da arquitetura e da história de Ouro Preto. Depois de quase uma década em reforma, o santuário com os restos mortais do mestre Aleijadinho vai ser reaberto ao público, em Ouro Preto

Pintura de Manuel da Costa Ataíde no teto da Igreja de São Francisco de Assis.
Além das pinturas que dominam todo o teto, a Igreja de São Francisco de Assis ainda conta com adornos em ouro e prata e esculturas de Aleijadinho, escultor e arquiteto responsável também pelo projeto dessa mesma igreja. Aleijadinho (cujo nome de batismo era Antônio Francisco Lisboa), ao lado de Manuel da Costa Ataíde e Mestre Valentim, formou o principal grupo de artistas do barroco mineiro.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Este relógio de fabricação inglesa pertencia a Joaquim José da Silva Xavier e estava com ele no momento da prisão. Foi leiloada pela coroa e passou pelas mão de particulares até 1953, quando JK o adiquiriu para o museu da Inconfidência. Ao lado um boticão que permitia a Tiradentes usar uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam para extrair dentes daqueles que visitam seu consultório.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

O Museu da Inconfidência cuida de obras do século XVII, XVIII e XIV é aberto ao público em horários disponivéis no site oficial.

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

Imagem de Nossa Senhora das Dores esculpida na madeira, do artista mineiro Fernando Pedersini, foi exposta no Santúario Matriz Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto durante a exposição “Do Conto ao Ponto”.

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