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Saúde

Strep A: o que se sabe sobre a bactéria que já matou 16 crianças

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A bactéria streptococcus A, que provoca escarlatina e amigdalites, já causou a morte de 16 crianças no Reino Unido.
Reprodução/Tua Saúde

A bactéria streptococcus A, que provoca escarlatina e amigdalites, já causou a morte de 16 crianças no Reino Unido.

Pelo menos 16 crianças já morreram no Reino Unido em decorrência da bactéria streptococcus A , que provoca escarlatina e amigdalites .

As autoridades de saúde britânicas registraram, nos últimos três meses, 30 mil casos suspeitos de escarlatina e de infeções provocadas por essa bactéria.

Para grande parte dos casos, a infecção costuma ser inofensiva e sem sintomas. Em uma parcela dos infectados, ela causa uma inflamação leve na garganta e na pele. São raros os casos em que ela leva à escarlatina echega num ponto fatal. Porém, pelo aumento dos casos, as famílias já estão em alerta.

A bactéria é transmitida pelo contato próximo, como beijo ou toque, por exemplo. Por conta do crescimento no número de casos, a agência de saúde britânica encaminhou um comunicado aos médicos de família locais, alertando sobre a disseminação das infecções virais e bacterianas nas escolas primárias.

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As autoridades de saúde também pedem que os pais fiquem alertos aos sintomas, que incluem febre, dores de garganta, dores musculares ou erupções na pele.

O que é escarlatina?

A escarlatina é uma doença infecciosa e contagiosa que costuma ocorrer em crianças em idade escolar, entre 3 e 8 anos. Ela é transmitida pela mesma bactéria que causa amidalite, artrite, pneumonia, endocardite, impetigo e erisipela.

Na maioria dos casos, a infecção de garganta provocada pela bactéria não desenvolve o quadro de escarlatina. Porém, cerca de 10% dos que sofrem com a bactéria são sensíveis às toxinas liberadas por ela e podem desenvolver a doença, que provoca pequenas manchas vermelhas que se misturam na pele.

Para descobrir se a criança está com escarlatina, o ideal é procurar ajuda médica. O diagnóstico é simples e pode ser feito por avaliação clínica, no consultório. Também é possível flagrar a presença da bactéria por meio de um teste rápido, disponível nos hospitais, em que um cotonete recolhe a secreção da garganta. Mas, como os sintomas são bem característicos, não é obrigatório fazer o exame para constatar a doença.

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O tratamento também é simples: basta tomar o antibiótico receitado pelo pediatra. É esperado que, com a evolução do quadro, a pele dos dedos passe a descamar, mas não é um sinal grave.

É importante ressaltar que a escarlatina pode ser facilmente curada, desde que o tratamento seja seguido corretamente. Embora a crise regrida naturalmente, esperar a remissão espontânea dos sintomas pode trazer complicações sérias, como febre reumática e problemas cardíacos crônicos.

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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