Minas Gerais

Governo amplia ações de prevenção à criminalidade e homicídios caem 20% entre jovens de áreas atendidas

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Sejusp / Divulgação

A Política de Prevenção Social à Criminalidade encerra 2022 com expansão de atuação no estado e resultados expressivos na redução da violência nas áreas atendidas. Nove Unidades de Prevenção à Criminalidade (UPCs) entraram em operação ao longo do ano, sendo quatro inauguradas e cinco reimplantadas.

Minas Gerais também registrou queda nos índices de homicídios nas áreas de abrangência das UPCs territoriais, onde são oferecidos os programas Fica Vivo! e Mediação de Conflitos.

Considerando a faixa etária atendida pelo Fica Vivo! – jovens de 12 a 24 anos -, houve redução de 20,3% no número de vítimas de homicídios dolosos de janeiro a novembro de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. Sem observar essa faixa etária, a queda foi de 6,5%.

Abrangência

O trabalho desenvolvido pela Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Supec), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), está presente, com pelo menos um dos programas, em 61 municípios de Minas Gerais.

De janeiro a novembro, foram realizados 186.967 atendimentos pelos seis programas no estado: Programa de Controle de Homicídios – Fica Vivo!, Programa Mediação de Conflitos (PMC), Central de Acompanhamento de Alternativas Penais (Ceapa), Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp), Programa Se Liga e Selo Prevenção Minas.

Para a subsecretária de Prevenção à Criminalidade, Andreza Gomes Meneghin, a ampliação do alcance do trabalho desenvolvido contribuiu de forma significativa para a conquista de bons resultados.

“O ano foi importante para a política de prevenção porque nós conseguimos retomar as unidades que tinham sido suspensas durante a pandemia e abrimos novas unidades. Isso é um fortalecimento da segurança pública e da prevenção à criminalidade em vários municípios, territórios e comunidades que, com a atuação da prevenção, conseguem diminuir a criminalidade violenta e aumentar a segurança”, destaca Andreza.

“Este também foi um ano de redução de homicídios na faixa etária do Fica Vivo!, o que se deve, principalmente, à retomada das oficinas de esporte, cultura e profissionalização existentes nos territórios. Durante a pandemia essas oficinas ficaram suspensas e demorou um pouco para que a gente conseguisse retomar. Mas agora, com esse retorno, os jovens têm voltado a estreitar seu vínculo com o programa e participado das atividades, o que impacta diretamente na redução de homicídios”, analisa a subsecretária.

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Expansão

A Supec iniciou 2022 com 44 Unidades de Prevenção à Criminalidade e encerra o ano com 53.

Foram inauguradas a UPC Regional de Barbacena e a UPC Regional de Curvelo, ambas com os programas Ceapa e Mediação de Conflitos, no contexto do Projeto de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher, com recursos do Fundo Especial do Ministério Público (Funemp).

Também a UPC Regional de Patos de Minas, para execução do Programa Selo Prevenção Minas e atendimento aos 23 municípios da 10ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), e a UPC Regional Zona da Mata, para execução do Programa Se Liga e atendimento a Juiz de Fora e Muriaé.

Além das quatro novas unidades, cinco outras foram reimplantadas, após terem sido suspensas, em 2020, em decorrência dos cortes orçamentários gerados pela pandemia da covid-19.

Voltaram a atuar com execução dos programas Fica Vivo! e Mediação de Conflitos as UPCs Minas Caixa e Primeiro de Maio, de Belo Horizonte; a UPC Rosaneves, de Ribeirão das Neves; e a UPC Jardim das Alterosas, de Betim. Além delas, também retornou a UPC de Araguari, no Triângulo Mineiro, para execução do programa Ceapa.

Já as UPCs instaladas nos municípios de Ibirité, Vespasiano, Sete Lagoas e Divinópolis, que contavam apenas com a Ceapa, passaram, a partir deste ano, a oferecer atendimentos também para egressos do sistema prisional, por meio do PrEsp.

Balanço

Os programas de prevenção à criminalidade desenvolvidos pelo Governo de Minas alcançaram números importantes em 2022.

Neste ano, 4.893 adolescentes jovens de 12 a 24 anos foram atendidos por mês, em média, pelas oficinas do Fica Vivo!.

A Ceapa monitorou 15.778 alternativas penais, tendo registrado 74,1% de baixas por cumprimento integral das alternativas penais.

O PrEsp acompanhou 4.657 egressos do sistema prisional, sendo que 84,3% dos egressos do sistema se vincularam ao programa.

O Se Liga, por sua vez, fez o acompanhamento de 468 adolescentes e jovens egressos do sistema socioeducativo.

Entre outras atividades, incluindo atendimentos individuais e projetos em grupos, o Programa Mediação de Conflitos fez intervenções em 826 casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.

O programa promoveu eventos de formatura dos 179 participantes do curso “Segurança Cidadã e Mediação Comunitária para enfrentamento às violências”, que contou com a presença de lideranças comunitárias de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Ribeirão das Neves, Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora, Montes Claros e Uberlândia.

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Já o Selo Prevenção Minas expandiu a atuação de dois municípios, em 2021, para 26 em 2022, aumentando a capilaridade das ações de prevenção social à criminalidade.

Qualificação

Para além dos atendimentos de cada programa, a Supec também investiu na realização de cursos de qualificação profissional e nos fóruns municipais que reuniram redes parceiras e públicos atendidos para trocas e proposição de ideias em 17 municípios do estado.

Em 2022, a subsecretaria também promoveu 11 leilões de bens apreendidos em operações contra o tráfico de drogas, sendo nove de veículos e dois de imóveis. O arremate de três imóveis e 130 veículos representou um recorde de mais de R$ 3,8 milhões de arrecadação.

Futuro

Para 2023, a previsão é ampliar ainda mais a capilaridade de atuação dos programas de prevenção à criminalidade, com a inauguração de mais três unidades. Estão previstas a implantação de uma UPC em Pouso Alegre, para execução dos programas Ceapa e Mediação de Conflitos, no contexto do Projeto de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher; outra em Varginha, para execução da Ceapa; e mais uma em um terceiro município, ainda em definição, para execução do Fica Vivo! e Mediação de Conflitos.

“O ano de 2023 será de muito trabalho e de maior alcance da política de prevenção. Nós vamos comemorar os 20 anos do Fica Vivo!, vamos realizar oficinas e olimpíadas para os jovens, e também comemorar os 20 anos da Ceapa e do PrEsp”, ressalta a subsecretária Andreza Meneghin.

A Supec planeja, ainda, para o próximo ano, a ampliação do número de oficinas do Fica Vivo!, das atuais 287 (dados de novembro) para 396 – um aumento de cerca de 38%.

Os programas Mediação de Conflitos e Selo Prevenção Minas também vão se expandir, com a possibilidade de ampliação das oficinas do mediação e também de atuação do Selo Prevenção junto a 60 municípios da 15ª Risp, com sede em Teófilo Otoni, ambos com recursos de emenda parlamentar com origem na Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Haverá, ainda, a realização da 10ª Olimpíada do Fica Vivo! e também de um seminário da Política Estadual de Prevenção Social à Criminalidade.

Fonte: Agência Minas

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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