Minas Gerais
Produtor do Vale do Jequitinhonha investe no plantio de banana resistente a doenças
A banana do tipo maçã agrada ao paladar de muitos consumidores brasileiros, mas sua produção vem sendo ameaçada pela fusariose, uma doença provocada por fungos, altamente contagiosa, que pode dizimar toda uma lavoura.
Mas a cultivar BRS princesa, desenvolvida pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, está despertando a atenção de diversos fruticultores. É o caso do produtor Ozilton Dória, de Gouveia, no Vale do Jequitinhonha. A esposa, Maria dos Santos Dória, conhecida na região como Dona Santinha, foi quem deu a ideia de passarem a produzir banana na Fazenda Cuiabá, onde já criavam gado de leite e galinhas caipiras.
Inicialmente foram plantadas 800 mudas, com orientação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). Agora, seis anos depois, o casal comemora os bons resultados, pois colhe em média 400 quilos de banana por semana, em uma área plantada de 1,5 hectare.
Além dos tratos culturais adequados, garantidos pela atuação técnica da Emater-MG, o sucesso da lavoura vem da culturar escolhida, pois, além de tolerante à fusariose da bananeira (também conhecida como Mal do Panamá), a BRS Princesa é resistente à sigatoka-amarela, outra doença que afeta a bananicultura.
Adriano Gomes, extensionista da Emater-MG, explica que a cultivar exige praticamente os mesmos tratos culturais que a banana maçã, além de ter frutos com sabor muito semelhante, o que é fundamental para garantir boa aceitação no mercado.
Sempre em busca de inovações para melhorar o desempenho dos produtores que atende, Adriano foi quem sugeriu a BRS Princesa, desenvolvida por pesquisadores da Embrapa na unidade de Cruz das Almas, na Bahia.
O produtor Ozilton Dória, na fazenda Cuiabá, elogia a participação ativa da esposa, Dona Santinha, para tocar a produção de bananas, que deve ser ampliada. “Nossa parceria é como uma engrenagem. Se quebrar um dente, a roda não vai funcionar”, compara o produtor.
A satisfação com a lavoura de bananas é tão grande que o casal já planeja ampliar a área plantada e reduzir a participação da pecuária de leite na renda da propriedade. Para garantir produtividade durante todo o ano, é adotado o sistema de cultivo com irrigação, outra sugestão do extensionista da Emater-MG.
Fusariose da bananeira
O fungo Fusarium oxysporum f.sp.cubense é o agente causador da doença murcha de Fusarium, popularmente conhecida como fusariose da bananeira ou Mal do Panamá. A doença não tem cura e os fungos são muito resistentes e permanecem muito tempo no solo. Por isso, é grande a preocupação dos produtores de bananas, uma vez que a contaminação de uma planta pode significar o fim de lavouras inteiras.
De acordo com o coordenador técnico estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio, a proliferação do fungo pode ocorrer por material vegetal contaminado, ferramentas utilizadas na lavoura, ou pelo solo.
A doença, também conhecida como fusariose, provoca o amarelamento das folhas, com bordas secas, deixando a planta no final, semelhante a um guarda-chuva. “O fungo se multiplica facilmente com umidade e altas temperaturas, passando de uma planta para outra, por meio do vento, passarinhos, caixas, equipamentos e mudas”.
O engenheiro agrônomo afirma que deve ser evitado o plantio em locais onde existe histórico dessa doença. Outro ponto fundamental é utilizar somente mudas comprovadamente sadias, com registro de origem, e corrigir a acidez do solo.
Por isso, ressalta o coordenador da Emater-MG, é importante o acompanhamento das lavouras por profissionais especializados. O nome popular da doença, Mal do Panamá, se deve ao registro dos primeiros prejuízos importantes terem sido relatados naquele país, no começo do século 20. Mas a fusariose da bananeira já está disseminada por várias regiões do mundo.
Fonte: Agência Minas
Brasil e Mundo
Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela
Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.
Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.
— confira a entrevista abaixo com o coordenador da Semana da Aleijadinho, Mauro Amorim.
A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.
“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.
— confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, filho do artista Pio Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.
Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.
Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.
Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!
Agradecimentos
Pousada Vila Rica e DukaAmorim
Saiba Mais sobre Tiradentes
Conexão de Tiradentes com Ouro Preto
• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.
Pontos Históricos Relacionados
1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.
Legado de Tiradentes
Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.
A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.
-
ALPINÓPOLIS E REGIÃO2 dias atrás
JÚRI POPULAR ABSOLVE RÉU QUE TENTOU MATAR EX-ESPOSA COM 5 FACADAS
-
Minas Gerais3 dias atrás
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
-
ARTIGOS5 horas atrás
A licença-paternidade e o desafio de não elevar ainda mais o Custo Brasil
-
Brasil e Mundo4 horas atrás
Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela