TECNOLOGIA
Tá Telecom é a nova operadora criada por provedores regionais
O mercado de telefonia móvel no Brasil é bem concentrado, e 97% das linhas pertencem à Claro, TIM e Vivo. Um grupo de pequenos provedores quer mudar o cenário com a Tá Telecom, uma nova operadora virtual formada por mais de 70 ISPs regionais.
A Tá Telecom surgiu a partir da Iniciativa 5G Brasil, grupo de pequenos provedores cujo objetivo era arrematar frequências no leilão do 5G e estabelecer uma nova operação móvel no Brasil. No entanto, as teles não levaram nenhum bloco, e a forma encontrada para entrar no mercado de telefonia celular foi através do modelo de MVNO.
De acordo com o Telesíntese, a Tá Telecom terá lojas físicas em mais de 1.600 cidades brasileiras, e enxerga 10 milhões de potenciais clientes — os mesmos que já são atendidos pelos provedores de internet fixa. A tele irá operar em todos os 67 DDDs brasileiros através da rede da TIM.
Tá, e os planos?
A Tá Telecom já tem um site, mas ainda não divulga seus planos nem como contratar o serviço. No entanto, o portal indica dois vídeos hospedados no YouTube, em que o CEO da operadora, Rudinei Carlos Gerhart, apresenta a marca para os provedores participantes.
Em um desses desses vídeos, Gerhart divulga a tabela de planos e seus preços. Confira:
Planos | Preços |
3 GB (2 GB do plano + 1 GB de bônus de portabilidade) 100 minutos de ligações 2 GB de bônus adicional por 6 meses | R$ 31,99 |
5 GB (4 GB do plano + 1 GB de bônus de portabilidade) Ligações ilimitadas 3 GB de bônus adicional por 6 meses | R$ 42,99 |
8 GB (7 GB do plano + 1 GB de bônus de portabilidade) Ligações ilimitadas 7 GB de bônus adicional por 6 meses | R$ 55,99 |
12 GB (11 GB do plano + 1 GB de bônus de portabilidade) Ligações ilimitadas 9 GB de bônus adicional por 6 meses | R$ 69,99 |
10 GB (18 GB do plano + 2 GB de bônus de portabilidade) Ligações ilimitadas 15 GB de bônus adicional por 6 meses | R$ 79,99 |
30 GB (25 GB do plano + 5 GB de bônus de portabilidade) Ligações ilimitadas 15 GB de bônus adicional por 6 meses | R$ 89,99 |
Todos os planos da Tá Telecom incluem WhatsApp ilimitado — mas as ligações pelo app descontam da franquia do cliente, ao contrário de operadoras como Claro e Vivo. Caso o pacote de dados esgote, o assinante continua navegando com velocidade reduzida até o próximo ciclo.
A apresentação da Tá Telecom chama a atenção no início com grandes franquias de internet, mas a decepção vem logo em seguida: ao analisar com calma, é possível verificar que boa parte do pacote de dados tem validade de apenas seis meses. É comum que operadoras como Claro, TIM e Vivo ofereçam bônus pelo período mínimo de um ano.
Sendo assim, não achei os planos da Tá Telecom vantajosos. É possível conseguir franquias de internet maiores no pré-pago da Claro, TIM ou Vivo com o valor gasto no plano mais simples, de R$ 31,99 mensais.
O custo-benefício também é ruim nos pacotes intermediários e avançados da Tá Telecom. Por exemplo: com R$ 55 é possível contratar um plano controle da Claro ou TIM com pelo menos o dobro de internet — em alguns casos, também há acesso liberado ao Instagram, Facebook e Twitter.
Tá Telecom é mais uma MVNO da Surf Telecom
A Tá Telecom é mais uma operadora virtual credenciada da Surf Telecom, empresa responsável pelo contrato com a TIM e toda a infraestrutura, como núcleo de rede, máquinas, servidores e interconexão.
A Surf Telecom é uma velha conhecida no mercado: ela é responsável pela Correios Celular e Uber Chip, além de dezenas de operadoras móveis de times de futebol, provedores regionais e até mesmo a Lari Cel, companhia de celular da atriz Larissa Manoela.
A parte curiosa é que os planos das credenciadas da Surf costumam ser parecidos, mas os pacotes da Tá Telecom são piores. A Correios Celular cobra R$ 25 mensais por um plano com 3 GB de internet (4 GB caso o cliente programe a recarga automática), por exemplo.
Fonte: IG TECNOLOGIA
TECNOLOGIA
Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável
As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.
Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.
Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.
Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.
Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.
No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.
Fonte: Tecnologia
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