Saúde
Entenda como o MMA ajuda a fortalecer os músculos do corpo
Provavelmente, você conhece ou já ouviu falar nos golpes chave-de-braço ou mata-leão. Eles são executados no esporte Mixed Martial Arts, mais conhecido como MMA. O antigo vale-tudo dos ringues se reinventou até chegar a essa nomenclatura, que mistura técnicas de várias artes, como boxe, jiu-jítsu, wrestling, judô, muay thai, entre outras. O palco das antigas lutas também deu lugar ao octógono. Além disso, os golpes violentos e sem limites do vale-tudo foram ponderados pelas regras rígidas e claras do MMA.
MMA na academia
O esporte pode ser dividido em três tipos: o profissional, como o praticado por Anderson Silva e Minotauro; o amador, em que você luta competindo, e o de academia. “Nessa última vertente, o aluno desenvolve o condicionamento físico e aprende todos os golpes e as técnicas que vê na TV”, afirma Eduardo Munra, faixa preta de jiu-jítsu, ex-lutador profissional de MMA, empresário e master coach de lutas na FFC – Funcional Fight Club. “O MMA de academia não tem o contato que há no profissional e no amador. Você vai socar, mas faz isso em um saco no chão ou na parede, por exemplo”.
Corpo em constante movimento
Durante as aulas de MMA, o corpo está em constante movimento. As áreas mais trabalhadas são os braços e as pernas. Os membros inferiores estão sempre se movimentando, pulando, andando e chutando. Se o lutador parar, corre o risco de levar algum golpe. “Mas também é importante fortalecer o abdômen e a lombar, pois você vai trabalhar todas as áreas do corpo”, diz Eduardo Munra.
Treinamento funcional em casa
O treinamento funcional é o mais indicado pelo ex-lutador profissional de MMA: “Não precisa ir para a academia fazer musculação . Você pode, por exemplo, fazer exercícios com elástico e corda”. Praticar MMA também desenvolve a coordenação motora e libera o estresse, além de ajudar a modelar o corpo e a perder peso. “Já tive aluno que perdeu 30 quilos praticando essa modalidade”, conta Eduardo Munra.
Conheça 6 golpes de MMA
1. Leglock (chave-de-perna)
Com as pernas paralelas, coloque o adversário entre elas e estenda a perna do adversário. Origem: jiu-jítsu.
2. Queda
Agarre uma ou as duas pernas do rival, tirando-lhe o apoio e derrubando-o no ringue. Origem: judô e wrestling.
3. Kimura
Use o corpo ou as pernas para fazer uma torção do braço do adversário com a guarda invertida. Assim, você provoca a finalização ao forçar o ombro do oponente . Origem: jiu-jítsu.
4. Superman punch (direto alto)
Salte sobre uma perna e desfira um soco no adversário, de cima para baixo. Origem: muay thai.
5. Chute alto
Com a parte de cima do pé, faça movimentos laterais, tentando acertar a perna, o tórax ou a cabeça do adversário. Origem: muay thai.
6. Soco giratório
Faça um giro completo com o corpo e estique um dos braços para acertar o adversário com os punhos. Origem: muay thai e boxe chinês.
Fonte: IG SAÚDE
Saúde
Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil
A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.
Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.
O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.
“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.
Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.
O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente. “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.
Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’
Exemplo mineiro
Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.
Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.
“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.
Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.
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