Saúde
Janeiro Branco: importância de promover a saúde mental no ambiente corporativo
Neste mês é celebrado o ‘janeiro branco’, uma campanha dedicada à conscientização e com o objetivo de promover ações para combater e prevenir doenças mentais. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 720 milhões de pessoas vivem com doenças mentais no mundo. Apesar de o assunto, por muitos anos, ter sido um tabu social, os debates sobre o problema têm ganhado espaço nas rodas de conversas e redes sociais. Isso porque a população tem reconhecido cada vez mais a necessidade de cuidar da saúde mental.
“Antes se falava menos sobre o tema, então as pessoas tinham mais dificuldade em reconhecer os sinais de alerta. Hoje as pessoas já enxergam isso de outro lugar, o cansaço extremo, a insônia, a alteração de apetite e as dores de cabeça, por exemplo, já são percebidas como alerta para a saúde mental e não apenas física”, esclarece Hugo Couto, psicólogo líder da Amparo Saúde, empresa do Grupo Sabin.
Prejuízos das doenças mentais
Como na saúde física, esses transtornos têm múltiplas causas e uma grande variedade de sintomas, manifestando-se de maneira diferente em cada indivíduo. Mas uma coisa é clara, em desequilíbrio, a saúde mental afeta todas as áreas da vida e compromete até mesmo a saúde física com o desenvolvimento inclusive de doenças crônicas.
Função da atenção primária à saúde no ambiente corporativo
Se o tema tem ganhado cada vez mais relevância na sociedade, nas empresas ele chega como uma necessidade frente aos impactos desses transtornos no ambiente de trabalho, que afetam o clima organizacional, a satisfação e consequentemente a produtividade e a eficiência.
O modelo de atenção primária à saúde, aliado a gestão de grupos populacionais, tem se mostrado uma estratégia efetiva nas empresas para este desafio, na medida em que enxerga o indivíduo como um todo, e não apenas a sua doença, propondo o engajamento das pessoas no protagonismo da própria saúde.
Dessa forma, promovendo estilos de vida mais saudáveis , atuando assim na prevenção das doenças, identificando riscos e oferecendo recursos multidisciplinares para que cada um possa cuidar da sua saúde física e mental de maneira completa e, com isso, ter uma vida mais plena e feliz.
Benefícios da saúde preventiva no trabalho
Segundo Silvia Vilas Boas, gestora da Amparo Saúde, promover a saúde mental no ambiente corporativo é essencial para o contentamento dos colaboradores e desempenho da empresa. “Oferecer recursos para a saúde preventiva nos ambientes organizacionais, promove bem-estar, impacta na satisfação e favorece o clima. Acreditamos que empresas saudáveis são feitas por profissionais saudáveis e, por isso, trabalhamos essa visão nos programas que oferecemos aos nossos parceiros”, destaca.
“As empresas, onde as pessoas passam em média um terço do seu dia, são um espaço importante de sentido, experiências e por que não de promoção a saúde física e mental ? Abrir espaços para discutir temas sensíveis e oferecer acesso a saúde preventiva e integral é mais que necessário, é urgente”, alerta Hugo Couto.
Por Anne Elise Candal
Fonte: IG SAÚDE
Saúde
Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil
A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.
Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.
O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.
“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.
Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.
O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente. “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.
Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’
Exemplo mineiro
Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.
Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.
“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.
Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.
-
ALPINÓPOLIS E REGIÃO2 dias atrás
JÚRI POPULAR ABSOLVE RÉU QUE TENTOU MATAR EX-ESPOSA COM 5 FACADAS
-
Minas Gerais3 dias atrás
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
-
ARTIGOS18 minutos atrás
A licença-paternidade e o desafio de não elevar ainda mais o Custo Brasil