Brasil e Mundo
O que é o visto A-1 que Bolsonaro teria usado para entrar nos EUA
O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL) , viajou para os Estados Unidos no dia 30 de dezembro de 2022. Uma das justificativas para esta viagem foi o fato de, uma vez fora do país, não precisar passar a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sua posse , realizada no dia 1° de janeiro
Contudo, diante dos atos terroristas que tiveram como alvo a Praça dos Três Poderes, no Distrito Federal , teve início uma movimentação de parlamentares norte-americanos em prol da extradição do ex-chefe do Executivo brasileiro. Isso porque os deputados dos EUA creem na relação dele com as manifestações golpistas de 8 de janeiro.
A ação mais recente, e também mais coordenada dos políticos norte-americanos em torno do retorno de Bolsonaro para o Brasil foi realizada na última quinta-feira (12), quando um grupo de 46 deputados entregaram uma carta ao presidente Joe Biden solicitando a revogação do visto usado pelo ex-líder brasileiro para entrar no país.
O argumento utilizado pelos parlamentares é o de que Jair Bolsonaro teria adentrado nos Estados Unidos com um visto da categoria A-1, e que este documento teria perdido a validade a partir do primeiro dia de 2023, quando ele oficialmente deixou o cargo de presidente do Brasil. Mas o que significa esta categoria de visto?
Documento concedido apenas a autoridades de governo
De acordo com o advogado Wesley Santana, o visto da categoria A-1 é concedido pelos EUA apenas para autoridades de Estado internacionais entrarem no país.
“É um tipo especial de visto, destinado a chefes de governo e diplomatas entrarem nos Estados Unidos. Para além do visto A-1, a categoria A no geral já é especial, porque sempre vai remeter a uma autoridade que estará ali representando oficialmente o seu país”, explicou o coordenador em Sergipe da Associação Nacional de Advocacia Negra.
Com este documento, presidentes, primeiros-ministros e embaixadores, por exemplo, podem entrar no território norte-americano e circular dentro do país sem qualquer tipo de limitação, desde que estejam viajando para compromissos oficiais.
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Além disso, os titulares de visto A-1 não podem ser julgados por nenhum tribunal dos EUA, e também não podem arrumar emprego no país durante a sua estadia.
Como citado por Wesley, toda a categoria “A” de vistos tem um caráter especial. Os vistos A-2, por exemplo, são expedidos a demais funcionários do governo e seus familiares. Já a classe A-2 da OTAN serve para militares dos países da OTAN que trabalham nos Estados Unidos, enquanto o visto A-3 é emitido para funcionários pessoais dos portadores dos documentos A-1 e A-2.
Visto A-1 pode ser usado apenas para turismo?
Santana também pontua que as autoridades que detém o visto A-1 devem utilizá-lo para entrar nos Estados Unidos apenas para compromissos oficiais de governo, não podendo usá-lo para fins turísticos, por exemplo. Ele diz que, se o ex-presidente do Brasil usou o documento somente para o turismo, o visto “perderia a finalidade”.
“No caso do Bolsonaro em particular, pressupõe-se que ele ainda está com esse visto A-1 e tudo indica que sim porque, na época que ele viajou, ainda ocupava o cargo de representante do Estado. Então, se ele ainda estivesse com esse visto, ele estaria de forma irregular”, disse.
De acordo com o advogado, mesmo que seja comprovada uma suposta irregularidade no uso do documento por parte do ex-chefe do Executivo brasileiro, ele poderia continuar usando essa permissão oficial por um período de carência até a regularização.
“Normalmente, a pessoa deveria vir para o Brasil e tentar solicitar um novo tipo de visto, mas, por ser uma categoria de documento especial, ele pode muito bem ter acesso a um período de carência para regularizar essa situação nos Estados Unidos , sem que haja a necessidade de retornar ao país de origem”, afirmou.
“A depender da finalidade que ele possa arguir, vai ser concedido o tipo de visto adequado, como o de trânsito, o temporário ou um visto de turista”, completou o jurista.
Suspensão apenas por parte dos EUA
Wesley afirma que somente autoridades norte-americanas podem revogar o visto do ex-presidente brasileiro caso seja comprovada a irregularidade. Isso porque ainda não há uma condenação envolvendo o nome do Bolsonaro no Brasil, por exemplo, o que seria motivo para um pedido de extradição.
“O Brasil não poderia fazer esse pedido de extradição porque, no momento, não existe nenhum crime imputado ao ex-presidente. Então, a única alternativa de deportação seria por meio de um pedido norte-americano para ele deixar o país”, pontuou.
O advogado ressaltou ainda que os últimos acontecimentos no Brasil vêm despertando apreensão da comunidade internacional, e que outros países vem acompanhando de perto a possível relação de Jair com as movimentações de caráter golpista.
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Fonte: IG Política
Brasil e Mundo
1800 militares da Marinha do Brasil realizam Operação Furnas 2025
A Marinha do Brasil (MB) está conduzindo, ao longo desta semana, a Operação Furnas 2025, um dos maiores treinamentos militares já realizados em Minas Gerais. A operação mobiliza cerca de 1.800 militares, além de embarcações, helicópteros, aviões de caça, drones, veículos blindados e anfíbios, em uma estrutura montada na região do Lago de Furnas, no Sul do estado.
O exercício, que seguirá até o dia 30 de outubro, conta com a participação de militares de nove países — entre eles França, Portugal, Chile e Reino Unido — e de um representante da Junta Interamericana de Defesa. O objetivo é treinar tropas e fortalecer a integração entre forças civis e militares, com foco em operações de defesa, missões de paz e ações de resposta a desastres naturais.
Ação Cívico-Social beneficiou população de São José da Barra
No último sábado (25), a Marinha promoveu uma Ação Cívico-Social (ACISO) em São José da Barra (MG), beneficiando centenas de moradores da cidade e de municípios vizinhos.
Durante a ação, foram oferecidos atendimentos médicos e odontológicos gratuitos, vacinação, aferição de pressão e glicemia, oficinas de primeiros socorros, cortes de cabelo, além de atividades educativas e culturais.
A programação contou com apresentações de cães de guerra, Banda do Corpo de Fuzileiros Navais, Fanfarra Municipal de São José da Barra e mostra de equipamentos e viaturas da Marinha, atraindo famílias e crianças durante todo o dia.
De acordo com o Capitão de Fragata Demóstenes Apostolides, diretor da Unidade Médica Expedicionária da Marinha, mais de 200 pessoas foram atendidas.
“Esse tipo de iniciativa aproxima a Marinha da população e reforça o compromisso social da instituição, que não se limita apenas à atuação militar, mas também ao cuidado e à solidariedade”, destacou o oficial.
Workshop em Passos reuniu instituições civis e militares
Na segunda-feira (27), a Marinha realizou o II Workshop Interagências de Cooperação com a Defesa Civil, na Faculdade Santa Casa de Passos (MG).
O encontro reuniu representantes da Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Eletrobras, Santa Casa de Misericórdia e universitários da região.O evento teve como foco o intercâmbio de experiências e a troca de lições aprendidas em situações de emergência e desastres naturais, fortalecendo a integração entre órgãos civis e militares.
A programação incluiu palestras temáticas e um exercício de coordenação interagências, simulando cenários de calamidade pública.Demonstração de Capacidades será realizada nesta quarta-feira
O ponto alto da Operação Furnas 2025 acontecerá nesta quarta-feira (29), com a Demonstração de Capacidades no Lago de Furnas.
Durante o evento, a Marinha apresentará parte de seus meios operativos, com embarcações, aeronaves, veículos blindados e anfíbios, exibindo ao público a estrutura e a preparação das forças brasileiras para atuar em diferentes tipos de cenário.Presença e integração
Com a Operação Furnas 2025, a Marinha reforça sua presença estratégica em Minas Gerais e demonstra a importância do Lago de Furnas como área de treinamento e de integração com a sociedade civil.
As ações unem tecnologia, capacitação militar e compromisso social, fortalecendo o elo entre as Forças Armadas e a população mineira.
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