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Saiba como planejar um percurso de bicicleta

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Saiba como planejar um percurso de bicicleta
Redação EdiCase

Saiba como planejar um percurso de bicicleta

Não podemos controlar as condições de percurso nos pedais, mas ter consciência pode nos livrar de riscos e acidentes. Todo ciclista, quando sai para pedalar, enfrenta um elemento essencial, o percurso que escolheu para o desafio.

Escolha o pedal correto

Primeiramente, vamos definir se o percurso está numa competição ou num pedal de lazer, visto que, mentalmente, tendemos a perceber, no primeiro ambiente, uma pressão maior para realizá-lo. Na competição, mesmo quando dizemos que “vou competir, mas não me importo com a colocação”, temos sempre uma necessidade inconsciente em satisfazer as expectativas de outras pessoas. Geralmente, forçamos a velocidade e a intensidade das pedaladas para entregar um melhor resultado. Já no pedal de lazer, a pressão em chegar mais rápido é bem menor; em muitos casos, nem existe.

Considere o condicionamento físico

Um erro muito comum acontece na escolha do percurso, quando ciclistas inexperientes, muitas vezes, escolhem distâncias e altimetria inadequadas para um nível de condicionamento físico e mental que possuem. Isso acontece geralmente por incentivo de ciclistas mais veteranos que não enxergam os riscos reais existentes em percursos mais desafiadores para ciclistas iniciantes, convencendo-os a realizá-los.

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Assim, temos que ter consciência e discernimento, pois, diferentemente de uma competição, o seu pedal de lazer não conta com estrutura de segurança e resgate para socorrê-lo, caso ocorram acidentes ou estresses físicos e psicológicos. Sendo assim, é sempre recomendado buscar orientações e informações sobre o percurso escolhido para pedalar.

Converse com especialistas e respeite o seu limite

Consulte pessoas mais experientes e conscientes dos riscos e, se possível, contrate ou converse com guias locais para diminuir acontecimentos inesperados. De forma geral, não escolha desafios muito diferentes daqueles que já vivenciou, mas, se acontecer, não exija de você intensidade e velocidade acima da sua condição física e mental.

Compartilhe os seus sentimentos com os colegas

Se não estiver se sentindo bem física ou psicologicamente durante seus pedais e perceber certa ansiedade ou medo, compartilhe com seus amigos, certamente alguém vai te acolher e tranquilizá-lo(a). Muitas vezes, as aflições estão relacionadas a fantasias que criamos mentalmente, portanto tente ser racional ao analisar as condições que estejam acontecendo.

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Solicite ajuda externa e tenha um parceiro de pedalada

Quando necessário, solicite ajuda externa, um resgate ou uma carona para voltar para casa. Será mais prudente e poderá preservar a sua segurança e a sua saúde. A principal orientação é: nunca pedale em percursos desconhecidos sem ter com você, no mínimo, um parceiro ou uma parceira de pedaladas e tenha consciência para escolher, planejar e realizar seus pedais com segurança.

Texto originalmente publicado na Revista Bicicleta (Edição 130).

Por Anderson do Prado – Pinduca

Psicanalista e Personal Trainer.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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