Brasil e Mundo
PSOL aciona PGR para apurar gastos no cartão corporativo de Bolsonaro
A deputada federal eleita Érika Hilton (PSOL-SP) acionou a Procuradoria-Geral da União (PGR) para investigar os gastos no cartão corporativo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) . Segundo a parlamentar, as despesas de motociatas foram pagas com o dinheiro público, o que configura improbidade administrativa.
Dados obtidos pela agência Fiquem Sabendo mostra que Bolsonaro gastou, em média, R$ 100 mil em motociatas. Érika cita duas delas realizadas em São Paulo (SP) nos dias 12 de junho de 2021 e 15 de abril de 2022.
No primeiro dia, o ex-presidente gastou R$ 79.867,54 no total. Pouco mais de R$ 63,5 mil em hospedagens e R$ 16,3 mil em alimentação.
Já no segundo, Bolsonaro usou R$ 103.042,29 do cartão corporativo presidencial. Cerca de R$ 64 mil foram destinados para alimentação, R$ 35 mil para hospedagens e outros R$ 2,6 mil para combustíveis e lubrificantes.
“Constitucionalmente, é vedado a qualquer agente público a utilização de mecanismos próprios do Estado, como por exemplo o Cartão Corporativo, com o objetivo de auferir vantagens pessoais. Ao proceder nesse sentido, o servidor público fere o princípio da impessoalidade que, na Carta Magna brasileira”, afirma Érika em seu pedido.
“Assim sendo, o ex-Presidente da República, ao utilizar o Cartão Corporativo para financiar as despesas correlatas às motociatas, lesou o patrimônio público e, por conseguinte, pode vir a ter cometido ato ímprobo ao ordenamento jurídico pátrio, hipótese a ser investigada pelo Ministério Público Federal”, completa a parlamentar.
O documento ainda lembra que Bolsonaro, ministros e deputados que participaram da primeira motociata foram multados por desrespeitarem leis de trânsito. Eles ainda foram punidos pela falta do uso de máscaras que, na época, era obrigatório em São Paulo.
Érika Hilton alertou o MPF que o dinheiro utilizado do cartão corporativo teve fins eleitoreiros, já que as motociatas alavancavam a imagem de Jair Bolsonaro durante a pré-campanha.
“[A motociata] serviu como “pré-campanha” para Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, que se lançava como candidato a Governador pelo estado de São Paulo”.
“Os fatos amplamente divulgados por órgãos de imprensa ensejam uma série de questionamentos acerca de possíveis ilegalidades praticadas durante as motociatas encampadas por Jair Bolsonaro, tendo em vista a utilização de recursos públicos, por intermédio do cartão corporativo da Presidência da República, para financiar gastos inerentes a atividades com notório caráter eleitoral e pessoal, estando, portanto, fora do alcance das normas de utilização dos recursos estatais e dos princípios da Administração Pública”, completa a deputada.
Além de responsabilizar Bolsonaro e agentes públicos por improbidade administrativa, a parlamentar pede a devolução de ao menos R$ 182.909,83, valor registrado em uma dos eventos promovidos pelo ex-presidente.
A PGR ainda não respondeu se acatará o pedido de investigação ou se pretende arquivar o caso.
Gastos com cartão corporativo
Notas fiscais dos gastos do Cartão Corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram divulgados na segunda-feira (23) pela agência de dados “Fiquem Sabendo”, especializada na LAI (Lei de Acesso à Informação). Entre os principais gastos estão remédios, hospedagens e guloseimas caras.
No dia 3 de março de 2021, por exemplo, Bolsonaro gastou R$ 12 mil em um restaurante chamado Mininus, localizado em Quirinópolis, cidade de Goiás. Segundo a nota, foram pagas refeições para 14 pessoas. No estabelecimento, cada lanche é servido dois sanduíches, uma água, um refrigerante, uma barra de cereal e uma maça.
Nas motociatas, o ex-presidente gastava, em média, R$ 100 mil. Tudo era pago com o cartão corporativo do governo federal, contradizendo as falas do próprio Bolsonaro, que dizia não haver verba pública nos eventos.
Em uma motociata na capital paulista, Jair Bolsonaro e seus assessores gastaram R$ 126 mil em 102 em compras de lanches na padaria Tony e Thays. Já o Rio de Janeiro, o ex-mandatário fez 24 compras, no valor total de R$ 364 mil, na padaria Santa Marta.
Até o momento, Bolsonaro e seus aliados não se pronunciaram sobre os gastos no cartão corporativo.
Fonte: IG Política
Brasil e Mundo
Fim da Carteira Nacional de Habilitação
A partir de 1º de janeiro de 2025, motoristas brasileiros terão que se adaptar a novas regulamentações na (CNH) Carteira Nacional de Habilitação de acordo com o projeto de Lei 7.746/17. Esta reforma traz atualizações significativas, principalmente a criação de uma categoria específica para veículos automáticos, refletindo as mudanças no mercado automotivo. Além disso, adaptações foram feitas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em alinhamento com a Lei 14.071/2021.
Entre as mudanças, a categoria B da CNH vai ser dividida em subcategorias: A B1 será destinada exclusivamente a motorista de veículos com câmbio automático, enquanto a B2 permitirá que motoristas dirijam tanto veículos automáticos quanto manuais. Essa segmentação visa assegurar que os condutores sejam devidamente treinados para operar o tipo de veículo mais adequado às suas habilidades.
Quais são os Impactos para os Condutores Atuais?
A reforma visa melhorar a competência dos motoristas sem causar transtornos desnecessários àqueles que já possuem a habilitação categoria B. Estes motoristas não precisarão passar por reciclagem imediata, mantendo a permissão para conduzir veículos de passeio, picapes e utilitários até o limite de oito passageiros e peso bruto de 3.500 kg.
Além da reorganização das categorias, a nova lei também exige cursos especializados para motoristas interessados em dirigir veículos que pertencem a categorias específicas, como os de transporte de carga ou de passageiros. Esses cursos englobam ensinamentos teóricos e práticos, com foco na segurança e técnicas de direção.
Como a Validade da CNH Será Afetada?
O prazo de validade da CNH também sofreu significativas alterações. Para condutores com menos de 50 anos, a CNH será válida por 10 anos, enquanto para aqueles entre 50 e 70 anos, a validade será de cinco anos. Motoristas com mais de 70 anos terão uma validade de três anos para suas habilitações. Essa mudança visa considerar as condições físicas e a frequência de exames médicos em diferentes faixas etárias.
Para atender às exigências da nova lei, motoristas deverão participar de cursos especializados caso queiram se habilitar para novas categorias de veículos. Após um período de cinco anos, será necessário passar por um curso de atualização, popularmente conhecido como reciclagem. Este curso tem como objetivo fornecer conteúdo atualizado sobre segurança no trânsito e as melhores práticas de direção, garantindo que os condutores estejam sempre preparados e em conformidade com as normas de trânsito.
Quais São as Perspectivas para o Futuro das Habilitações no Brasil?
As mudanças na CNH refletem uma tendência global de adaptação às novas tecnologias e práticas seguras no trânsito. Ao introduzir uma categoria específica para veículos automáticos, o Brasil acompanha o avanço do setor automobilístico, que tende cada vez mais para o automático. A implementação dessas reformas aponta para um futuro em que a direção será mais segura e adaptada às necessidades contemporâneas.
Fonte/ TerraBrasilNoticias
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