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Minas Gerais

Governo direciona mais de R$ 170,4 mi em convênios para o agro mineiro

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Entre 2019 e 2022, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), executou 480 convênios de saída, com um aporte de mais de R$ 170,4 milhões, atendendo a 325 municípios do estado.

As ações desempenhadas visam, especialmente, ao incremento da infraestrutura rural e mecanização do campo, com a aquisição de equipamentos como patrulhas mecanizadas, motoniveladoras, retroescavadeiras, patrols e outros implementos agrícolas.

Comparativo

De 2015 a 2018, foram firmados 248 instrumentos, a partir de um investimento de R$ 6,3 milhões, para 112 municípios.

Considerando apenas os três primeiros anos da atual gestão, o valor executado já é quase quatro vezes superior, correspondendo a R$ 24 milhões investidos, em 221 instrumentos, e contemplando 201 localidades.

Além disso, somente em 2022, os dados correspondem a R$ 142,8 milhões e 204 cidades.

Fontes orçamentárias

O incremento se deve à melhoria da qualidade e da segurança dos instrumentos celebrados e ao acompanhamento mais próximo dos parceiros.

Os aportes são provenientes de recursos ordinários do tesouro estadual, participação popular e emendas parlamentares impositivas. Estas últimas, até 2020, eram responsáveis por praticamente 99% da execução. Em 2022, corresponderam a menos de 5% dos investimentos, o que demonstra também uma diversificação das fontes orçamentárias ao longo da gestão vigente.

Para o secretário de Agricultura, Thales Fernandes, os avanços favorecem toda a população, mas especialmente os agricultores. “O produtor rural é diretamente beneficiado pelas ações executadas, uma vez que os bens adquiridos são utilizados em prol da comunidade. Uma retroescavadeira, por exemplo, será empregada em projetos de construção de terraços de assoreamento e de barraginhas, aperfeiçoando a infraestrutura da região no quesito disponibilidade de água, com o consequente aumento da produtividade”, explica.

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Interesses coletivos

Os convênios de saída ou termos de fomento seguem a lógica de uma parceria fundamentada em interesses mútuos. Ao Estado, cabe o aporte financeiro, enquanto aos parceiros compete a execução do plano de trabalho definido, com a mão de obra, por exemplo. No final da vigência, eles devem prestar contas sobre como os recursos foram empregados, incluindo um relatório fotográfico da utilização dos bens adquiridos.

Podem ser beneficiários dos convênios ou termos de fomento: uma prefeitura, vários municípios reunidos na personalidade jurídica de um consórcio intermunicipal, associações de produtores, sindicatos rurais ou qualquer outra organização do terceiro setor sem fins lucrativos ou interesse público com projetos relevantes para a modernização do campo.

A Associação dos Agricultores Familiares e Produtores Rurais de Cruzília, no Sul de Minas, executou um instrumento com o Estado, em 2021, no valor de R$ 75 mil, para a compra de diversos bens – niveladora, roçadeiras, pulverizador, motobomba d’água, motocultivador, adubadora, perfurador de solo, trado holandês, subsolador e cilindro alveolador. Conforme o presidente da entidade, Jorge Inácio Massafera, os frutos superaram as expectativas.

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“Os resultados estão refletindo até no aumento de produtores que fornecem merenda escolar para o município. Fora a satisfação dos agricultores, são 40 sócios da associação, todos eles estão sendo atendidos pelos implementos que a gente adquiriu com o recurso concedido por meio do Estado de Minas Gerais. Além de ser muito gratificante receber um recurso, que é público, aplicá-lo e prestar contas disso com transparência é muito satisfatório”, comenta Massafera.

De forma semelhante, o presidente da União Das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Minas Gerais (Unicafes), Getúlio Gomes Vieira, relata que a aquisição de um caminhão-baú, a partir do investimento de R$ 250 mil, também vem surtindo efeitos superiores aos esperados pelo projeto do instrumento celebrado em 2021.

“O veículo tem sido utilizado no transporte de insumos para os agricultores familiares de Belo Horizonte e de outras regiões do estado, bem como dos produtos da agricultura familiar do interior de Minas Gerais para a Região Metropolitana, mais precisamente os produtos da merenda escolar, atendendo aos polos da rede estadual de ensino. Prevíamos 150 agricultores beneficiados. Mas, na prática, está atendendo mais, indiretamente. Pelo menos a cada 15 dias, o caminhão vai carregado do interior para BH”, afirma Vieira.

Fonte: Agência Minas

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ENTRETENIMENTO

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

 

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

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