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Conheça os riscos do uso de antidepressivos e ansiolíticos sem orientação médica

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Conheça os riscos do uso de antidepressivos e ansiolíticos sem orientação médica
Redação EdiCase

Conheça os riscos do uso de antidepressivos e ansiolíticos sem orientação médica

Os medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, geralmente, são utilizados para tratar transtornos de ansiedade. Resumidamente, eles atuam diretamente no sistema nervoso, regulando substâncias no cérebro. Dessa forma, reduzem os sintomas e/ou intensidade das crises da doença.

Medicamentos mais consumidos

O antidepressivo e o ansiolítico fazem parte de uma lista de medicamentos mais consumidos no Brasil, de acordo com um estudo realizado pela Funcional Health Tec. Segundo a pesquisa, as mulheres na faixa dos 40 anos são as que mais utilizam esses fármacos, que só devem ser comercializados com receita médica.

Um levantamento feito pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), mostrou que, durante a pandemia da COVID-19, em 2020, houve um aumento de cerca de 14% nas vendas de antidepressivos e estabilizantes de humor – medicamentos usados em casos de depressão , ansiedade, compulsão alimentar, transtorno afetivo bipolar , entre outras condições.

Perigos do consumo desses remédios

O uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos é importante e oferece benefícios à saúde se usado corretamente. No entanto, como qualquer outro tipo de medicamento, quando consumido indiscriminadamente e sem auxílio médico, também pode oferecer riscos.

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O Dr. Sérgio Rocha, médico psiquiatra e diretor da Clínica Revitalis, explica que muitas pessoas fazem uso dessas medicações sem nenhum tipo de orientação, o que pode ser extremamente perigoso. “É necessário ter cuidado ao fazer uso de qualquer tipo de remédio, até mesmo aqueles que parecem ‘inofensivos’; mas, quando falamos de antidepressivos, o cuidado deve ser intensificado”, comenta o especialista.

Uso indiscriminado

Esses medicamentos são usados para tratar outros problemas, além da depressão, como transtornos de ansiedade , transtornos alimentares, distúrbio do sono, disfunção sexual, dores crônicas, entre outros. Por isso, muitas pessoas acabam usando por conta própria.

“Tem pessoas que tomam para conseguir dormir durante uma viagem, por exemplo, ou para diminuir o apetite, sendo que na maioria das vezes, elas estão apenas expondo a própria saúde sem nenhuma necessidade”, completa Dr. Sérgio Rocha.

Efeitos colaterais do uso de antidepressivos

Qualquer remédio tem efeitos colaterais que podem provocar desconfortos físicos e problemas mais graves, que exigem até hospitalização. “Entre os efeitos colaterais dos antidepressivos, podemos destacar taquicardia, disfunção sexual e as reações anticolinérgicas. Mesmo os medicamentos mais modernos ainda possuem alguns efeitos, como problemas gastrointestinais, alterações no sono , nível de energia e cefaleia”, explica o Dr. Sérgio Rocha.

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Mais um agravante desse tipo de medicamento é que ele pode causar dependência. Com orientação médica, a retirada é feita de maneira correta. “O ‘desmame’ da medicação é feito dependendo de cada caso e de cada paciente, coisa que só um profissional saberá fazer corretamente”, comenta.

Variações de medicamentos

O psiquiatra também explica que existem muitos tipos de remédios contra a ansiedade e, mesmo com a orientação médica, muitos pacientes precisam trocar a medicação e a dosagem até se adaptar. “É por isso que é sempre importante consultar um médico. Com tantos medicamentos disponíveis, apenas um profissional pode indicar qual é o mais adequado para cada situação e pode orientar o paciente caso surja algum efeito colateral mais grave”, finaliza.

Por Beatriz Bradley Moreira

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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