Tribunal de Contas
Tribunal de Contas de Minas Gerais encerra processo de TAG de Carmópolis de Minas
O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais decidiu pelo arquivamento do processo referente a um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), assinado pela prefeitura do município de Carmópolis de Minas, após a “constatação do atingimento de 75% das metas propostas”. A decisão do Tribunal foi tomada em sessão de Pleno realizada em 08/02/2023, sob a presidência do conselheiro Mauri Torres. Os conselheiros aprovaram por unanimidade o voto do relator do processo número 1.071.623, conselheiro Wanderley Ávila, que opinou que o resultado apresentado “revela o atingimento dos benefícios esperados a partir do procedimento, razão pela qual é razoável a proposta de arquivamento dos autos sem a aplicação de qualquer penalidade”.
O Tribunal também aprovou as recomendações referentes às metas não atingidas. Quanto às de números 1, 7, 12 e 16, decidiu “recomendar à atual gestão sua implementação plena, nos termos pactuados”. Outra decisão, quanto à meta nº 2, foi “recomendar à atual gestão que promova a criação de cargo que exerça as funções previstas pela Lei Complementar Municipal nº 87/2018 não atinentes à administração tributária, de maneira que os auditores fiscais tenham suas funções adstritas àquelas próprias da arrecadação municipal”. E quanto à meta nº 13 decidiu “recomendar à atual gestão que, quando da divulgação das metas bimestrais de arrecadação, divulgue anexo a ela o Plano Anual de Fiscalização, ou suas medidas de controle de evasão fiscal”.
O TAG celebrado entre o Tribunal de Contas e a Prefeitura Municipal de Carmópolis de Minas para a “adequação consensual da estrutura tributária municipal diante dos apontamentos realizados por meio da Auditoria de Conformidade nº 1031293, visando à maximização da arrecadação e o consequente incremento da receita municipal”. Quinze metas foram pactuadas e o documento foi homologado pelo Tribunal Pleno em sessão do dia 09/06/2021.
Márcio de Ávila Rodrigues/Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: TCE MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.