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Minas Gerais

Minas já tem 274 municípios em situação emergência devido às chuvas

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O número de municípios em situação de emergência chega a 274 em Minas Gerais, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (23/2) pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Ao todo, já são 12.565 desalojados (desocuparam os domicílios), 2.219 desabrigados (necessitam de abrigo público) e 22 mortes em decorrência das chuvas.

Gil Leonardi / Imprensa MG

O Governo de Minas tem desenvolvido ações integradas entre os órgãos públicos do estado para a  prevenção e resposta a desastres no período chuvoso. Por meio do Gabinete Militar do Governador (GMG), da Cedec e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) são implementadas diversas medidas de gestão de risco de desastres, orientação, ajuda e apoio aos municípios e à população.

O CBMMG, referência em gestão estratégica e atendimento de emergências ambientais e catástrofes naturais, tem realizado atividades de mapeamento e vistoria em áreas de risco, barragens, encostas e regiões ribeirinhas.

Outras ações incluem o apoio aos municípios na criação dos Núcleos Municipais de Defesa Civil e a realização de campanhas, junto com órgãos ambientais, dirigidas à população, visando a redução de riscos, além de orientação para autoproteção comunitária e para evacuações em locais de maior incidência de acidentes decorrentes do período chuvoso.

Os militares da corporação também recebem treinamento continuo com cursos de capacitação e atualização das estratégias de buscas em estruturas colapsadas e salvamento em soterramentos, enchentes e inundações.

Todos os anos, próximo ao período de chuvas, o CBMMG executa o Plano de Preparação e Resposta para o Período Chuvoso, com diretrizes para todas as unidades dos bombeiros no estado. Entre as medidas de enfrentamento estão o mapeamento operacional, reforço ao monitoramento e vistoria das áreas de risco, reuniões de alinhamento com demais órgãos públicos estaduais e municipais, planos de contingência, campanhas educativas e orientação à população das áreas de risco.

Sala de Situação

O Governo de Minas ainda mantém uma Sala de Situação, que permite o monitoramento em tempo real de ocorrências atípicas. Os dados ajudam na tomada de decisões e alteração do nível de alerta para as unidades dos bombeiros, facilitando a rápida mobilização e resposta das equipes.

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Além disso, Minas Gerais conta com a atuação de 17 Núcleos de Atenção às Chuvas integrados por militares capacitados pelo Batalhão de Emergências Ambientais e Respostas a Desastres (Bemad), do CBMMG. A tropa desse batalhão é especializada em atuar nas ocorrências de maior complexidade, como busca e salvamento em desmoronamento e soterramento, enchentes, inundações e busca com cães. Os militares possuem expertise em gestão de desastres, planejamento , inteligência e mapeamento por georreferenciamento.

Gestão integrada

Aliado às ações do CBMMG está o trabalho da Defesa Civil Estadual, que atua com agentes regionais em atividades de prevenção e ajuda nos 853 municípios mineiros. A gestão do risco de desastre é feita de forma integrada às políticas públicas de cada cidade, levando em consideração as condições de risco das localidades. Uma das prioridades é incentivar e orientar as prefeituras a criarem  Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec), além de capacitar os agentes municipais.

Atualmente, 806 cidades mineiras, ou seja, 94,49% dos municípios do estado, possuem Compdec ativa. No ano passado, 2.890 funcionários das Defesas Civis municipais foram treinados pela Cedec.

Kits

O Governo também ajuda a equipar as coordenadorias municipais. No primeiro mandato da atual gestão, foram adquiridos 497 kits de Defesa Civil, compostos por uma caminhonete, notebook, coletes reflexivos e trena digital. O objetivo é estruturar os municípios e reforçar as ações de prevenção e resposta a desastres nas localiades.

A Cedec também lança, antes do período chuvoso, o Plano de Emergência Pluviométrica. A estratégia envolve ações de diversas secretarias e órgãos do estado e dos municípios. Os trabalhos são focados em orientação sobre mapeamento de locais de risco, plano de contingência, instrução aos agentes e à população.

Outra iniciativa é a emissão de alerta meteorológico e preventivo com informações antecipadas de tempestades, ondas de calor e enchentes,  permitindo  aos municípios medidas de contingência e autoproteção para a população. O serviço é gratuito e basta o cidadão enviar , via SMS, para o número 40199, o CEP a ser monitorado. Em 2022, a Cedec emitiu 1.574 alertas para pessoas cadastradas, totalizando quase um bilhão de mensagens enviadas por SMS.

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Novas ferramentas  

Recentemente, o Governo de Minas fez uma parceria com a multinacional norte-americana Amazon Web Service (AWS), para o desenvolvimento de mais uma ferramenta de mapeamento de áreas de risco e de comunidades vulneráveis a desastres. O objetivo do sistema é aumentar a precisão dos dados e informações, que podem contribuir com a implementação de políticas públicas e com a qualificação das ações.

O projeto foi elaborado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), com apoio da Defesa Civil Estadual e Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).

A Sedese, por meio de 22 Diretorias Regionais, também  auxlilia os gestores municipais e equipe técnica dos municípios atingidos pelas chuvas com a produção de materiais técnicos, realização de seminários, capacitação de gestores e trabalhadores para atuar nessas situações.

A Sedese ainda desenvolve parcerias com a Defesa Civil Estadual, o Servas, a Cruz Vermelha e o Ministério Público Estadual para viabilizar o apoio rápido às famílias atingidas pelas chuvas.  

Para amenizar os danos causados à população pelas recentes fortes chuvas em Minas, o Governo mineiro, por meio da Sedese, adiantou o pagamento do passivo do Piso Mineiro de Assistência Social, deixado por antigas gestões. A medida foi destinada aos municípios que decretaram e foram reconhecidos pelo governo estadual em situação de emergência por causa dos temporais.

Mais de R$ 22 milhões foram repassados aos fundos municipais de assistência social, para serem utilizados em demandas do Serviço de Proteção em Calamidades Públicas e Emergências e, ainda, para concessão de benefícios eventuais, como aquisição de cestas básicas, pagamento de aluguel social, dentre outros.

Fonte: Agência Minas

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Brasil e Mundo

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

greja Nossa Senhora da Conceição é uma das referências da arquitetura e da história de Ouro Preto. Depois de quase uma década em reforma, o santuário com os restos mortais do mestre Aleijadinho vai ser reaberto ao público, em Ouro Preto

Pintura de Manuel da Costa Ataíde no teto da Igreja de São Francisco de Assis.
Além das pinturas que dominam todo o teto, a Igreja de São Francisco de Assis ainda conta com adornos em ouro e prata e esculturas de Aleijadinho, escultor e arquiteto responsável também pelo projeto dessa mesma igreja. Aleijadinho (cujo nome de batismo era Antônio Francisco Lisboa), ao lado de Manuel da Costa Ataíde e Mestre Valentim, formou o principal grupo de artistas do barroco mineiro.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Este relógio de fabricação inglesa pertencia a Joaquim José da Silva Xavier e estava com ele no momento da prisão. Foi leiloada pela coroa e passou pelas mão de particulares até 1953, quando JK o adiquiriu para o museu da Inconfidência. Ao lado um boticão que permitia a Tiradentes usar uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam para extrair dentes daqueles que visitam seu consultório.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

O Museu da Inconfidência cuida de obras do século XVII, XVIII e XIV é aberto ao público em horários disponivéis no site oficial.

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

Imagem de Nossa Senhora das Dores esculpida na madeira, do artista mineiro Fernando Pedersini, foi exposta no Santúario Matriz Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto durante a exposição “Do Conto ao Ponto”.

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