Saúde
O perigo das dietas que prometem milagres
Dieta da sopa, da lua, da proteína, do pão ou do chá-verde. Existem diferentes tipos, cada um com uma restrição, mas, no fim das contas, todos prometem um emagrecimento rápido. Contudo, é importante saber que as chamadas dietas milagrosas não funcionam de forma saudável para o corpo.
Quais são os riscos das dietas milagrosas?
Conforme explica a nutricionista Gabriela Mendes, “dietas muito restritivas podem causar em seus adeptos sintomas como fraqueza, mal-estar, tonturas, dores de cabeça, indisposição e mau humor”. Segundo ela, esses sintomas estão relacionados principalmente à baixa ingestão de carboidrato (nutriente comumente retirado dessas dietas milagrosas), que é a principal fonte de energia do organismo.
Não exclua os carboidratos da dieta
A nutricionista também alerta que, em hipótese alguma, o carboidrato deve ser excluído dos hábitos alimentares . Isso porque ele é o combustível do nosso organismo, o que nos dá energia para as atividades diárias. “O ideal é trocá-lo pelos grãos integrais e consumi-lo com moderação”, afirma.
A eliminação do carboidrato é só um dos exemplos de restrição que as dietas milagrosas exigem. Muitas delas recomendam viver apenas de sucos, de frutas ou somente de folhas, bem como pedem que você fique sem comer durante um intervalo de tempo muito grande. Tudo isso em troca de quilos a menos em pouquíssimas semanas.
Consequências do emagrecimento rápido
Nesses casos, o emagrecimento pode realmente acontecer rapidamente. Porém, o resultado será a recuperação desses quilos extras também de forma rápida e o ganho do popular efeito sanfona. “Quando perdemos peso rapidamente, não perdemos apenas gordura, mas também massa muscular e água. Ao realizar esse tipo de dieta, o metabolismo tende a ficar mais lento, o que pode ocasionar um novo ganho de peso ao término da dieta”, afirma Gabriela Mendes.
Por que é difícil perder peso?
Toda essa ansiedade por emagrecer de forma rápida acontece pela dificuldade que muitas pessoas têm em perder peso . Então, ao tentarem fazer dietas saudáveis e não verem um resultado rápido, elas desistem e apelam às formas restritivas de emagrecimento.
Realmente, é mais fácil ganhar peso do que perder e, de acordo com a nutricionista Rosana Farah, isso acontece porque o corpo possui um registro metabólico para poupar energia. Isto é, ele poupa mais energia do que muitas vezes conseguimos gastar.
Opte por dietas menos restritivas
O importante é optar por dietas pouco restritivas, mais saudáveis e com orientação de um nutricionista. Afinal, como afirma Rosana Farah, carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e sais minerais são fontes alimentares imprescindíveis ao bom funcionamento do corpo. E, nesse sentido, são essas dietas que possuem tudo aquilo de que o corpo humano precisa.
Dessa forma, você não só vai perder peso , como vai eliminar os maus hábitos que rondam a sua rotina. Reaprender a comer é fundamental e, com um programa alimentar adequado, o emagrecimento é definitivo. Além disso, o conhecimento sobre o que é certo e o que é errado na alimentação te acompanhará pelo resto da vida.
Fonte: IG SAÚDE
Saúde
Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil
A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.
Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.
O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.
“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.
Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.
O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente. “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.
Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’
Exemplo mineiro
Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.
Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.
“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.
Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.
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