Minas Gerais
Governo de Minas assina protocolo com empresa que vai investir em reaproveitamento de resíduos da construção civil
A pauta ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) já está direcionando novos investimentos ao redor do mundo. E quem se antecipar, pode garantir bons resultados em médio prazo. Essa é a aposta de empresa de Araxá, na região do Alto Paranaíba. Com intermédio da Invest Minas, a MM Reciclagem assinou, em fevereiro, protocolo de intenções para investir nos próximos três anos em uma tecnologia de reaproveitamento dos Resíduos Sólidos da Construção Civil (RCC). O projeto terá impacto imediato em até 50 empregos diretos e indiretos, além de evitar o descarte desregulado de materiais na natureza e possibilitar o desenvolvimento de agregados e produtos sustentáveis para construção.
Desde agosto de 2022, a MM já recebe os resíduos da construção civil e as sobras de construções em Araxá. Agora a empresa pretende, com o investimento, instalar uma usina que vai beneficiar esses materiais e transformá-los em agregados e matéria-prima útil, que podem retornar ao mercado da construção civil e ser utilizado na fabricação de produtos.
“Hoje apenas separamos e armazenamos ou destinamos os materiais para parceiros. A ideia é beneficiar aqui mesmo, transformando boa parte do que é recolhido em materiais agregados, como britas 1 e 2, areia, pedrisco e rachão. Isso não só evita que os resíduos sejam jogados no ambiente, mas também que esses elementos sejam retirados da natureza, como é feito hoje”, afirma José G. Matos, administrador da empresa.
A ampliação está sendo feita em parceria com a Uniaraxá, e prevê a construção própria de equipamento especial para a triagem do material, a um custo de 60% a 70% menor que o maquinário disponível hoje no mercado.
“Já temos o projeto e vamos começar neste mês a construí-lo junto com os professores e alunos da universidade. Esperamos já estar com tudo funcionando até o fim deste ano”, conta Geraldo.
Cadeia sustentável
Segundo o gestor, o projeto da MM busca dar início a uma nova mentalidade na região em torno da sustentabilidade. Além de envolver a universidade, a empresa pretende fazer um trabalho de educação ambiental nas escolas da cidade e quer a participação do setor da construção civil na elaboração de produtos que podem ser fabricados com o rejeito beneficiado.
“Sabemos que esses materiais reciclados podem ser usados na construção civil em partes não-estruturais, como rebocos e contrapisos ou até pavimentação de ruas e estradas. Mas queremos que esse rejeito seja usado em mais aplicações como tijolos, cerâmicas e outros produtos. O objetivo é criar uma cadeia de valor na cidade e na região em torno de produtos de construção civil mais sustentáveis”, acrescenta o empresário.
Economia verde
Contribuir para uma economia mais verde e sustentável é um dos direcionamentos das ações da Invest Minas, seguindo o compromisso firmado pelo governador de Minas, Romeu Zema. Somos o primeiro estado da América Latina e do Caribe a aderir a campanha Race To Zero, que pretende zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050.
Recentemente, também com apoio da Invest Minas e das secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico e de Meio Ambiente, Minas lançou o Rota da Descarbonização, programa que busca definir ações, políticas e regulações que irão fomentar os investimentos necessários para tornar a economia mineira mais limpa e ambientalmente sustentável.
“O mundo está cada vez mais preocupado com as mudanças climáticas, e as empresas e governos que não colocarem isso no centro das discussões vão perder oportunidades de negócio e investimentos. É muito bom ver mais uma empresa mineira vislumbrando esse horizonte e, melhor, preocupada em formar uma cadeia de negócios sustentáveis. Essa é a filosofia que vai nos levar ao compromisso de fazer a economia mineira cada vez mais verde e sustentável”, diz João Paulo Braga, CEO da Invest Minas.
Fonte: Agência Minas
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.