Saúde
3 problemas bucais que mais afetam os idosos
Com o envelhecimento, a saúde bucal se torna ainda mais importante para os idosos. A Dra. Patricia Baptista, dentista atuante na cidade de São Paulo, explica que muitos problemas dentários podem surgir na terceira idade, mas a boa notícia é que a maioria deles pode ser prevenida com cuidados simples e regulares. A seguir, a especialista elenca 3 problemas dentários que, geralmente, afetam os idosos e como tratar cada um deles. Veja!
1. Perda de dentes
Uma das principais preocupações é a perda de dentes, que pode afetar a aparência, a alimentação e a autoestima dos idosos. A falta de dentes também pode levar a problemas na articulação da mandíbula e na saúde. Para evitá-los, muitos optam pela prótese dentária, mas a Dra. Patricia Baptista explica que manter os cuidados com esse dispositivo também é fundamental.
“O cuidado bucal é importante até mesmo para as pessoas que já não possuem mais seus dentes, pois uma prótese desgastada, mal higienizada, num formato irregular ou faltando dentes, pode prejudicar a nutrição e a saúde física e mental do idoso, dificultando a mastigação, causando úlceras, inflamações na gengiva ou, até mesmo, problemas de convívio social, por medo da prótese cair, por não conseguir mastigar direito e até por problemas de fala”, explica a dentista.
2. Boca seca
Outra preocupação comum na terceira idade é a boca seca , que pode ser causada por medicamentos, doenças e outros fatores. A boca seca pode levar a cáries, doenças gengivais e mau hálito. A Dra. Patrícia Baptista sugere beber bastante água e evitar alimentos açucarados e ácidos, além de usar enxaguantes bucais hidratantes e saliva artificial, se necessário.
3. Gengivite e periodontite
As doenças gengivais, como a gengivite e a periodontite, também são comuns na terceira idade. Elas podem levar à perda de dentes e aumentar o risco de outras doenças, como as cardíacas e a diabetes. A prevenção inclui escovação adequada pelo menos 3 vezes ao dia, uso de fio dental, visitas regulares ao dentista e tratamento precoce.
Por fim, a dentista ressalta a importância de uma dieta saudável e equilibrada , que inclua alimentos ricos em cálcio e vitamina D, como leite, queijo, iogurte e verduras de folhas verdes. Estes nutrientes são necessários para a saúde dos ossos e dentes.
Cuidados para manter a saúde bucal em dia
Em resumo, os cuidados com a saúde bucal na terceira idade devem ser levados a sério. Com uma boa higiene oral, visitas regulares ao dentista e uma dieta saudável, é possível prevenir problemas dentários e manter o sorriso saudável e bonito por muitos anos. “Adoro ver a confiança dos meus pacientes idosos restaurada, eu sempre falo para eles, nunca é tarde para voltar a sorrir”, finaliza a Dra. Patricia Baptista.
Por Rodrigo Almeida
Fonte: IG SAÚDE
Saúde
Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil
A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.
Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.
O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.
“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.
Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.
O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente. “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.
Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’
Exemplo mineiro
Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.
Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.
“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.
Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.
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