TECNOLOGIA
Golpistas usam clonagem de voz para enganar vítimas; entenda
Um novo golpe circula nos Estados Unidos e no Canadá reformulando uma antiga fraude. Agora, os criminosos criam vozes com inteligência artificial para se passarem por outra pessoa e pedirem dinheiro.
Esse golpe já é bastante antigo, com criminosos ligando fingindo que sequestraram um ente querido, pedindo resgate, ou que esse ente se machucou ou se envolveu em um problema e precisa de dinheiro.
Agora, porém, a fraude vai além. Isso porque os golpistas estão usando técnicas de deepfake para copiar as vozes das pessoas, dando mais veracidade ao golpe.
Para isso, os criminosos usam áudios e gravações da vítima e os utilizam para treinar um sistema de inteligência artificial, que passa a conseguir imitar o timbre daquela pessoa, falando qualquer coisa.
Essa voz artificial é usada, portanto, para enganar pessoas próximas, como pais, avós ou filhos. Nos Estados Unidos, 36 mil relatos deste tipo de golpe aconteceram apenas em 2022. No Canadá, a prática também tem se tornado comum.
O jornal The Washington Post revelou nesta semana o recente caso de uma idosa canadense que foi enganada por golpistas. Os criminosos usaram inteligência artificial apra clonar a voz do seu neto. Então, a voz ligou para ela dizendo que seu neto havia sido preso e precisava de dinheiro para pagar a fiança.
A senhora foi imediatamente ao banco realizar o saque. Seu gerente achou a ação estranha e perguntou o que estava acontecendo. Foi neste momento que eles identificaram o golpe, já que outro correntista tinha passado pela mesma situação.
Fonte: IG TECNOLOGIA
TECNOLOGIA
Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável
As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.
Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.
Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.
Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.
Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.
No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.
Fonte: Tecnologia