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Saúde

Pimenta: entenda reação alérgica grave de jovem ao cheirar o alimento

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Pimenta pode causar anafilaxia
Elle Hughes – 14.05.2018

Pimenta pode causar anafilaxia

A jovem Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, ficou em estado grave em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Goiânia, após ter uma reação alérgica ao cheirar pimenta. O alimento pode causar  anafilaxia , uma  reação alérgica grave que ocorre rapidamente e envolve vários órgãos ao mesmo tempo. A condição é mais comum em crianças, mas também pode ocorrer em adultos.

De acordo com a Dra. Albertina Varandas Capelo, Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), em adultos, a anafilaxia ocorre com mais frequência ao ter contato com crustáceos como camarão, siri, lagosta e caranguejo.

“Quando falamos de especiarias, como a pimenta, as reações variam de irritativas, intolerância e até verdadeiras alergias , já que a maioria das reações são intolerância, sendo as reações verdadeiramente alérgicas mediadas por anticorpos da classe IgE, consideradas muito raras”, explica a médica.

Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, teve reação alérgica grave ao cheirar pimenta
Reprodução

Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, teve reação alérgica grave ao cheirar pimenta

A mãe da jovem que ficou em estado grave relatou, em entrevista ao Fantástico , da TV Globo , que ela e o namorado iam passar o fim de semana juntos, mas Thais teve uma forte crise de asma . Mesmo assim, ela viajou para Anápolis (a 55 km de Goiânia), onde o namorado dela mora com a mãe. No local ela teve uma crise alérgica grave , em 17 de fevereiro.

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Conforme os relatos, a família do namorado da jovem é acostumada a comer pimenta e, na ocasião, todos cheiraram um pouco do alimento que estava em um pote.

De acordo com a especialista, especiarias como a pimenta, podem desencadear sintomas cutâneos, gastrointestinais e respiratórios, como coceira no corpo , urticas, placas vermelhas,  coceira na boca, dor abdominal, diarreia, náuseas, espirros, coriza, tosse e chiado no peito.

“No paciente que tem asma , as especiarias também podem causar broncoespasmo, ou seja, desencadear uma crise de  asma aguda. Precisamos lembrar que os produtos comercializados em caixas, pacotes, como as conservas, podem conter outros ingredientes como gergelim (proteína alimentar) que pode causar alergia em paciente sensibilizado, além de sulfitos, entre outros, estes considerados conservantes e que também podem desencadear reações semelhantes aos processos alérgicos”, afirma Capelo.

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Conforme a médica, as  reações anafiláticas também pode ser desencadeadas em pacientes suscetíveis até mesmo por contaminação com utensílios, uso de produtos cosméticos que contêm proteínas alergênicas alimentares e pela aspiração do alimento — seja no momento do cozimento ou pelo fato de antígenos alimentares ficarem suspensos no ar.

N caso de Thais, ela teve um quadro de broncoespasmo grave, e os médicos acreditam que ela ter tido contato com a pimenta foi o gatilho para que ela desencadeasse uma crise de asma grave.

Após cheirar a pimenta, a jovem não conseguiu respirar de forma adequada. A baixa circulação de oxigênio para o cérebro e coração provocou uma parada cardiorrespiratória.

É estimado que 30% da população mundial tenha algum tipo de alergia, em geral, de forma leve. No caso das graves, elas podem ser desencadeadas quando o sistema imunológico reage a alimentos, remédios, venenos ou picadas de insetos.

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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