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Tribunal de Contas

Primeira Câmara do TCEMG suspende licitação de mais de 90 milhões de reais

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Foto: TV TCE

A Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais referendou, por unanimidade, a suspensão de uma licitação cujo objeto era o fornecimento de material escolar que estava avaliado em R$ 91.619.032,00, promovida pelo Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Vale do Aço.  Os membros do colegiado acataram o voto do conselheiro substituto Telmo Passareli, que atuou como relator do processo nº 1.135.425, em sessão ordinária realizada na última semana (07/03/2023), sob a presidência do conselheiro Durval Ângelo.
A suspensão foi efetivada de forma monocrática pelo conselheiro da Corte de Contas em 10/02/2023, mas precisava da homologação pelos demais membros da Primeira Câmara. Na decisão, ele determinou “a suspensão dos efeitos da Ata de Registro de Preços 023-009-01/2022, decorrente do Processo Administrativo 23/2022, Pregão Eletrônico 09/2022, promovido pelo Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Vale do Aço, de modo que não sejam celebrados contratos dela advindos até que seja resolvido o mérito da presente denúncia, sob pena de anulação e aplicação de sanção pecuniária, nos termos do art. 85, III da Lei Complementar 102/2008”.
Ele também determinou à “Secretaria da Segunda Câmara para que sejam intimados, em caráter de urgência, o Sr. Ailton Silveira Dias, presidente do CIMVA; Sr. Elci Rodrigues, Pregoeiro e signatário do edital e termo de referência; os chefes do Executivo dos municípios membros do CIMVA e a empresa denunciante acerca desta decisão”. A denúncia, com pedido de medida cautelar, foi apresentada por Star Produtos e Comércio Ltda., e o procedimento era destinado ao registro de preços para o fornecimento de livros de literatura, kits e livros didáticos para alunos da rede municipal de ensino, CEMEIS, ensino infantil, ensino fundamental I e II, em atendimento às demandas do consórcio e dos municípios associados.
Na fundamentação do seu voto, o relator destaca que “o termo de referência, na descrição dos diversos itens licitados, aglutina produtos que, factualmente, não portam relação ou semelhança entre si (livros, mobiliário, jogos educativos etc.), o que enseja potencial restrição à competitividade”. Também destaca “que apenas a empresa Editora Vale das Letras Ltda. apresentou propostas, sagrando-se vencedora do certame pelo valor de R$ 91.619.032,00, o que sugere não apenas aparente prejuízo à participação ampla na etapa competitiva, como também a possibilidade de direcionamento do procedimento licitatório, tal como alegado pela denunciante”.
 
 
Márcio de Ávila Rodrigues/Coordenadoria de Jornalismo e Redação

Fonte: TCE MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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