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Por que o governo não quer a instalação de uma CPI?

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Presidente Lula e o Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
Reprodução: Agência Senado

Presidente Lula e o Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

Dias após os atos golpistas que depredaram a sede dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro , o  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não era a favor da abertura de uma CPI para investigar o caso.

“O que nós podemos investigar numa CPI que a gente não possa investigar aqui e agora? Nós estamos investigando, tem mil e trezentas pessoas presas. O que você pensa que a gente vai ganhar com uma CPI? Nós (governo) temos instrumentos para fiscalizar o que aconteceu nesse país. Uma comissão de inquérito pode não ajudar e ela pode criar uma confusão tremenda, sabe? Nós não precisamos disso agora”, afirmou Lula .

Naquele mês, o petista destacou que a decisão cabe ao Congresso , mas disse que aconselharia deputados e senadores a não instalarem uma comissão. Na avaliação do presidente, a investigação já está sendo feita pelos órgãos competentes.

CPI da Covid no Senado, instalada em 2021
Pedro França/Agência Senado

CPI da Covid no Senado, instalada em 2021

ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também já criticou uma comissão parlamentar de inquérito. Em outubro de 2021, após o relatório final da CPI da Covid , que o acusou de ao menos nove crimes, o ex-mandatário disse que a investigação era uma “palhaçada” e afirmou que a CPI desfavoreceu a imagem do país no exterior.

“O que a comissão faz? As pessoas não acreditam, mas causa estragos. Lá fora, a imagem do Brasil é péssima”, disse Bolsonaro.

Mas afinal, por que a instalação de uma CPI não é considerada benéfica aos governantes?

“As CPIs nós sabemos como começam, mas não sabemos como terminam. Talvez essa seja a maior verdade que os governos enfrentam quando uma CPI se inicia, ou seja, o fato deles não entenderem ou não terem um controle 100% de qual será o caminho que a CPI tomará, não é favorável aos governos”, diz Valdir Pucci, cientista político e advogado.

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Mesmo quando o governo está alinhado com os membros da CPI, Valdir explica que ainda é um risco.

“A gente nunca tem como prever qual será o rumo, por exemplo, de um depoimento. O problema é que uma vez aberta, os documentos, as falas que podem ser solicitados, podem caminhar para vários aspectos que os governos não gostam. A CPI é um colegiado que, independente de quem o controle, o rumo dela depende muito das circunstâncias em que está acontecendo”, explica Pucci.

O que é uma CPI?

As CPIs são comissões parlamentares de inquérito, investigações temporárias, com prazos determinados e com objetivos definidos. Elas podem ser instaladas na Câmara dos Deputados , no Senado ou em ambos, mas o mais comum é que seja em uma das Casas.

Ainda, uma CPI também pode ser criada nas Assembleias Legislativas dos estados e nas Câmaras de Vereadores dos Municípios, quando houver um tema relevante e de interesse público nestes locais.

Segundo o artigo 35 do regimento da Câmara Federal, a comissão serve para “investigar um fato que seja muito importante para a vida pública e para a ordem constitucional, legal, econômica ou social do país”.

“Entendo que CPIs bem organizadas com objeto de fato interessante para a população são importantes e necessárias para que justamente ela possa fazer o seu papel que é de investigar e fiscalizar”, explica o cientista político.

CPI e CPMI dos atos golpistas

Golpistas invadindo o Congresso, STF e Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 08.01.2023

Golpistas invadindo o Congresso, STF e Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que os interessados em instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os atos antidemocráticos têm até esta sexta-feira (17) para apresentar as assinaturas de apoio à criação do colegiado na Casa.

A ideia de criação desta CPI partiu da  senadora Soraya Thronicke (União-MS) que reuniu em janeiro o número de assinaturas necessária para a comissão.

Thronicke ainda enviou uma ação para o Supremo Tribunal Federal pedindo que o Senado instalasse a comissão, no entanto, Pacheco afirmou que as assinaturas deveriam ter sido feitas durante a atual legislatura, iniciada em fevereiro.

Ainda, o deputado André Fernandes (PL-CE), da oposição ao governo, também já conseguiu reunir as assinaturas necessárias, durante a nova legislatura, para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos .

As duas comissões tem a mesma competência: fiscalizar e apurar fatos de grande relevância para a política nacional. A diferença entre as duas é que a CPMI é formada por um grupo de senadores e deputados, enquanto a CPI é integrada somente por membros de uma das casas.

Além disso, a CPMI reduz a possibilidade de conflitos entre a Câmara e o Senado, tendo mais força do que uma comissão separada. No caso das comissões mistas, além das 27 assinaturas dos senadores, também é necessário o apoio de 171 deputados, exatamente um terço dos componentes da Casa.

“Essa CPI dos atos democráticos na minha visão ela tem um pequeno viés, que é  a gente estar discutindo uma situação que ocorreu muito num começo de governo. Então eu acredito que se ela for aberta, vai ter que observar não só ações do governo atual, mas também do governo anterior que deverão entrar como objeto dessa tela para de fato esclarecer o que houve no dia 8 de janeiro, em Brasília”, diz o cientista político, Valdir Pucci.

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Fonte: IG Política

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Onde se planta compromisso, colhe-se respeito: Rone e Deybson fazem história em Bom Jesus da Penha com visita inédita de governador

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Dizem que quem é rei não perde a majestade. Mas se você deixa a vaidade falar mais alto e não ouve o povo, você perde o trono.”
Em Bom Jesus da Penha, a realeza é outra: é da humildade, da escuta, da boa semente. E no dia 24 de abril, um marco histórico germinou: pela primeira vez na história, um governador de Minas Gerais visitou o município. Romeu Zema (NOVO) não veio por acaso — veio porque aqui floresceu algo raro: uma gestão que cultiva a confiança e prepara o terreno para o futuro.

No solo fértil de Bom Jesus da Penha, nasceu uma liderança que não brotou de alianças antigas, nem de interesses envelhecidos. O prefeito,  Rone Lima (União Brasil) é como árvore de raiz firme: produtor rural, empresário respeitado, homem de família, agora é também o jardineiro de um novo tempo.
Ele entendeu que a cidade precisava de cuidado — como um pai cuida do filho. E assim, com a mesma mão que planta, ele governa: com dedicação, responsabilidade e amor.

Ao seu lado, Deybson (MDB), vice-prefeito,  é aquele que rega com sabedoria. Com mais de 30 anos de experiência na gestão pública, conhece cada canto da terra e tem o dom de ouvir. Sabe que para colher bons frutos, é preciso plantar com sensibilidade.
Deybson é esse parceiro técnico e humano que, com o tempo, se mostra essencial para o crescimento saudável dessa árvore chamada Bom Jesus da Penha.

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Romeu Zema (NOVO) esteve na cidade para acompanhar de perto o andamento das obras do futuro anel rodoviário. A obra, viabilizada por meio de um financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), não tem ligação direta com emendas parlamentares. Ela representa o esforço técnico e a articulação administrativa da gestão local para garantir mais infraestrutura e desenvolvimento à região. Em praça pública, o governador plantou duas mudas de jaracatiá, ao lado do prefeito, autoridades e do querido Tião Terra — símbolo de compromisso com as futuras gerações. Porque plantar árvore é mais do que um ato simbólico: é dizer “estamos pensando no amanhã.

E como em todo bom cultivo, é preciso ter quem cuide das folhas, quem vigie os galhos e quem proteja a sombra.
Sabrina Ribeiro (União Brasil), vice-presidente da Câmara, é esse cuidado: atua com serenidade, principalmente na saúde da mulher, fazendo germinar políticas públicas com coragem e sem vaidade.

Já a presidente da Câmara, Francielle Fisioterapeuta (MDB), é como aquelas raízes que nem sempre estão visíveis, mas sustentam a árvore toda. Fisioterapeuta, filha de produtores rurais, Francielle luta para mudar o modelo de saúde da cidade — onde antes só se remediava, ela quer prevenir, educar, transformar.
Sua luta é clara: chega de esperar a doença chegar. Países como Japão e Suécia já entenderam que esporte, alimentação e nutrição saudável evitam filas no SUS. Aqui, enquanto muitos se contentam em fazer cirurgia e aparecer na foto, Francielle quer que o povo nem precise de cirurgia. Ela planta conhecimento, colhe qualidade de vida.

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E mais: sua bandeira também finca-se firme na segurança pública e na valorização do produtor rural — a raiz mais profunda da nossa economia.

Também estiveram presentes o deputado estadual Rodrigo Lopes (União Brasil), aliado do município, e Alex Cavalcante Gonçalves, assessor do deputado federal Maurício do Vôlei (PL), reforçando que essa gestão já ecoa além dos limites do município, além de outros parlamentares do estado.  A política de Bom Jesus da Penha floresce diferente. Por lá, a colheita é resultado do cuidado com a raiz, do preparo do solo, da poda certa na hora certa.

Foto – Sabrina Ribeiro – Romeu Zema – Rone Lima e Deybson

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