Saúde
6 alimentos funcionais para inserir na rotina
Alimentos funcionais são aqueles que oferecem benefícios à saúde, além das funções nutricionais básicas. “Eles podem, por exemplo, reduzir o risco de doenças crônicas degenerativas, como câncer e diabetes, entre outras”, explica a nutricionista Nádia Neves.
Esses benefícios podem estar relacionados a resultados gerais, reduzindo o risco de várias doenças causadas por radicais livres, enquanto outros têm ação específica no controle ou redução do risco de desenvolvimento de doenças como o colesterol.
“É importante destacar que nenhum desses alimentos isoladamente pode ser usado como fórmula mágica para solucionar problemas de saúde. Para obter o efeito desejado, eles devem fazer parte de uma dieta equilibrada e ajustada à necessidade de cada indivíduo”, ressalta Nádia Neves.
Dieta funcional
A dieta funcional baseia-se em uma alimentação saudável e bem orientada. “A melhor forma é criar um estilo de vida alimentar que seja baseado em alimentos reais, ou seja, frutas, carnes, peixes, laticínios, tubérculos, ovos, nozes, castanhas, folhas, legumes e temperos, evitando os processados, refinados, açucarados e óleos vegetais e afins. Ao fazermos isso, iremos ingerir uma boa e variada quantidade de alimentos ditos como funcionais”, analisa Rodrigo Polesso, especialista em nutrição otimizada para saúde e bem-estar.
Alimentos funcionais
A seguir, conheça alguns alimentos funcionais e o papel de cada um, de acordo com Nádia Neves e Rodrigo Polesso.
1. Ágar-ágar
Ao ser ingerido, o ágar-ágar forma uma espécie de gel que irá proporcionar saciedade e contribuir para o emagrecimento . Ele pode ser consumido como tiras de algas secas, em pó ou em cápsulas.
A característica gelatinosa favorece o uso em diversas receitas, como pudins, compotas, tortas, sorvetes, molhos e recheios, substituindo com superioridade a gelatina industrial, já que soma diversas vitaminas, proteínas e sais minerais.
2. Pimenta
As pimentas do gênero Capsicum possuem forte ação termogênica, são boas para o coração, dentes e ajudam a emagrecer. A melhor forma de consumir é in natura ou desidratada. Quanto mais picante for a pimenta, melhor para a saúde.
A pimenta é contraindicada para pessoas com úlcera, gastrite e hemorroidas. Quando consumida em excesso, especialmente na forma de molho, pode causar queimaduras ou bolhas na boca ou na língua.
3. Quinoa
A quinoa favorece o emagrecimento por ser rica em fibras que proporcionam saciedade. Além disso, possui boas quantidades de proteínas, o que a torna benéfica para os músculos.
A quinoa pode ser adicionada nas saladas e em frutas em formas de grãos ou farinhas, incluída no iogurte ou no leite como grãos inteiros. A farinha também pode ser adicionada nos sucos ou vitaminas.
4. Café
O café é uma bebida termogênica e ainda tem ação estimulante. Tanto a versão coada como a expressa são benéficas para a saúde. A melhor maneira de consumir o café é puro e de preferência sem açúcar ou adoçante.
O excesso de café pode levar a alguns problemas de saúde. A mucosa do estômago pode ser prejudicada por grandes quantidades da bebida. Devido à cafeína, pode ocorrer o aumento da frequência cardíaca em casos de abuso.
5. Gergelim
O gergelim é ótimo para quem busca eliminar peso , pois é rico em fibras. A melhor maneira de consumi-lo é em semente na forma integral, crua e com casca. A semente pode ser adicionada nas saladas, massas, lanches e em barrinhas de cereais.
6. Canela
A canela se destaca por ajudar a prevenir e controlar o diabetes e o colesterol. Além disso, tem ação termogênica. Não há diferenças nutricionais entre a canela em pó e em pau. Este tempero pode ser polvilhado nas frutas, legumes, carnes e incluído em chás, sucos e mingau de aveia.
Fonte: Saúde
Saúde
Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil
A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.
Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.
O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.
“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.
Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.
O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente. “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.
Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’
Exemplo mineiro
Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.
Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.
“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.
Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.