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Saiba como identificar e diferenciar cada tipo de dor

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Saiba como identificar e diferenciar cada tipo de dor
Redação EdiCase

Saiba como identificar e diferenciar cada tipo de dor

Enxaqueca, tensão muscular, dor no peito, infarto, dor nas costas e na coluna. Todas essas e muitas outras dores podem ser facilmente confundidas por quem as sente. Por isso, é possível que a semelhança faça com que a pessoa negligencie ou minimize o problema. Logo, acaba não olhando para questões bem mais fáceis de se resolver. É o caso das dores musculares, que podem ter sinais parecidos até com a dor do infarto, por exemplo.

O fisioterapeuta clínico Cadu Ramos, especialista em Fisioterapia e Traumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), ensina como identificar se a dor é de origem muscular ou se pode indicar algo mais sério. “O corpo é uma cadeia muscular interligada que facilmente irradia dores de um lugar para o outro; e por isso que tem dor que basta alongar e soltar a musculatura e, em questão de poucas horas, já tem a dor sanada, e outras que merecem tratamento mais longo”, diz.

Confira alguns exemplos práticos indicados pelo especialista e como diferenciar os tipos de dores:

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Dor de cabeça ou tensão muscular

A dor de cabeça constante pode parecer enxaqueca. Porém, na verdade, pode ser apenas uma contração dos músculos, que forma os nódulos de tensão na região cervical, no pescoço, irradiando para a cabeça.

Dores no peito ou infarto

Dor no peito provocada por lesões musculares que aparecem em decorrência da prática de alguma atividade física, na maioria das vezes, pode aparecer após atividades simples, como tossir muito ou pegar objetos pesados. Contudo, se causar sensação de aperto , pressão, queimação e vier acompanhada de outros sintomas, como falta de ar, sudorese, palidez e tontura, daí, sim, pode ser sinal de infarto.

Dor nas costas ou dor na coluna

A dor nas costas é causada por tensões ou lesões musculares que podem ter sido ocasionadas por trabalhos repetitivos ou que exigiram um esforço físico muito intenso. Os sintomas podem envolver espasmos, sensação de cansaço, fadiga e reações dolorosas que podem atrapalhar algumas atividades ao longo do dia.

A dor na coluna , por sua vez, está relacionada a problemas ósseos, como alterações degenerativas nos discos intervertebrais ou nas articulações, problemas nas vértebras, desvios dos eixos normais da coluna, hérnia de disco, artrose, dentre outras doenças. Esses sintomas são ainda mais fortes, já que a dor pode irradiar para outras áreas do corpo, como pernas, braços, nádegas etc.

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Em alguns casos, a dor na coluna pode ser considerada incapacitante, causar perda de sensibilidade e sensação de queimação/formigamento na região. “A dor muscular pode ser reconhecida pela grande irritação no local em que ela está ocorrendo. Isso resulta na limitação dos movimentos feitos pela pessoa, já que, ao se mexer, ela piora”, avisa o especialista.

Alguns sinais que podem ajudar a identificar a dor muscular:

  • Dor com sensação de picada, formigamento, comichão, esfaqueamento ou queimação;
  • Rigidez, que ocasiona desconforto e/ou dificuldade ao realizar certos movimentos;
  • Sensação de dormência ou formigamento;
  • Espasmos;
  • Inchaço.

Mesmo com tantas diferenças, Cadu Ramos afirma ainda que a dor muscular pode ser sinal de alguma outra doença. Por isso, é importante ficar atento e consultar um médico.

Por Mayra Barreto Cinel

Fonte: Saúde

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Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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