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Maionese Fugini: restrição de consumo não vale para demais produtos

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Anvisa proibiu comercialização, distribuição e uso dos produtos da marca Fugini em estoque na empresa
Divulgação / Fugini

Anvisa proibiu comercialização, distribuição e uso dos produtos da marca Fugini em estoque na empresa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, nesta semana, a fabricação, comercialização, distribuição e uso dos produtos da marca Fugini. Caso a pessoa já tenha adquirido os alimentos da empresa, a recomendação é que os clientes não consumam a maionese dos lotes impactados. A orientação, porém, não vale para outros produtos da marca.

A decisão da Anvisa foi tomada após falhas “relacionadas à higiene , controle de qualidade e segurança de matérias-primas e produto final, controle de pragas, rastreabilidade, entre outros”, segundo a agência.

A medida, no entanto, pode gerar dúvidas em quem já tem em casa produtos como molhos de tomate, maioneses, mostardas e outros alimentos da marca .

Conforme a Anvisa, a restrição no consumo vale exclusivamente para a maionese dos lotes indicados.

“Especificamente no caso da maionese Fugini, o produto não deve ser usado caso seja dos lotes impactados (todas as apresentações e lotes da maionese Fugini produzidas na unidade fabril de Monte Alto, a vencer em dezembro de 2023 e com número de lote iniciado a partir de 354 ou ainda lotes com vencimento em janeiro, fevereiro ou março de 2024)”, disse a agência em nota.

Anvisa determina remoção de lote maionese Fugini
Reprodução

Anvisa determina remoção de lote maionese Fugini

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Durante a inspeção sanitária, foi encontrado o uso de ingredientes vencidos na fabricação do produto. “Conforme o Código de Defesa do Consumidor, alimentos vencidos, incluindo suas matérias-primas, são considerados impróprios para o consumo, e a sua exposição à venda ou ao consumo é considerada infração sanitária”, acrescentou.

As unidades da maionese estão sendo, inclusive, alvo de recall, para “retirar do mercado produtos que representem risco ou agravo à saúde do consumidor”. A recomendação é que os estabelecimentos ou pessoas que tiverem o produto em casa, entrem em contato com o SAC da Fugini (0800 702 4337), para que o recolhimento seja feito.

A empresa admitiu o uso de corante que havia passado da data de validade na fabricação dos produtos. “Por um erro operacional, esse lote foi fabricado com adição do ingrediente urucum (agente natural para dar cor ao produto) que representa 0,003% da formulação que estava fora da sua data de validade”, disse a Fugini .

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A orientação da Anvisa , entretanto, não se aplica aos outros alimentos da marca. “Caso o produto existente na residência seja qualquer outro produto da marca Fugini, esclarece-se que não há orientação de restringir o consumo”, afirmou.

Já que a decisão de suspensão envolve apenas os produtos que estão em estoque, ela não engloba os que foram adquiridos anteriormente ou os que estão nos mercados.

A agência alerta, porém, que, em decorrência das falhas de higiene e controle sanitário encontradas na fábrica de Monte Alto, em São Paulo, os indivíduos que consumiram esses alimentos devem monitorar o surgimento de sintomas que possam indicar alguma reação incomum, como diarreia, vômitos e náuseas. Caso os sintomas sejam graves ou persistentes, o ideal é buscar atendimento médico.

— Com informações de Agência O Globo

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Fonte: Saúde

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Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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