Saúde
5 dicas para treinar em casa com aulas on-line
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a falta de tempo é uma das principais razões que impedem os brasileiros de realizarem atividades físicas, o que consequentemente se torna uma grande barreira para a adoção de hábitos saudáveis. Com isso, os treinos on-line vêm ganhando cada vez mais espaço, por serem uma alternativa prática e acessível.
Para José Corbini, personal trainer e sócio do aplicativo de saúde integrativa Personal Virtual, os treinos on-line podem ser muito benéficos, pelo fato de serem personalizados, diferentemente do que é disponibilizado dentro das salas de musculação. “Seja para quem treina em casa, na rua ou na academia, é importante ter alguns pontos em mente para alcançar um melhor resultado e, até mesmo, evitar problemas como lesões”, comenta.
A seguir, confira 5 dicas para você começar a se exercitar em casa!
1. Crie uma rotina
Não importa qual o seu objetivo, ter uma rotina é fundamental por diversos motivos, mas principalmente porque diminui a chance de desistência. “Criar uma rotina, ou seja, estipular horários para acordar, dormir, deixar refeições prontas sempre que possível, treinar no mesmo horário. Muitas vezes, isso não é fácil, mas é um grande passo para estar cada vez mais acostumado com o dia a dia e a rotina saudável “, explica o profissional. É claro que tudo vai depender de como é a sua vida pessoal e profissional, mas o ideal é organizar o máximo possível como serão os seus dias.
2. Assista aos vídeos dos exercícios
Uma vez que tenha recebido seu treino on-line, assista às execuções dos exercícios quantas vezes sentir necessidade e, de preferência, com antecedência. Segundo o personal trainer, é importante memorizar como é feito cada exercício detalhadamente para não perder tempo na hora do treino. “Pode ser desanimador precisar ficar parando o treino toda hora para ver como fazer o exercício . É importante evitar isso”, ensina José Corbini.
3. Fique atento aos detalhes
Outro ponto importante é observar cada detalhe na execução dos exercícios para fazer de forma correta. “Cada exercício tem um foco, apesar de ativar outras partes do corpo. Por exemplo, o agachamento, que acaba ativando glúteos, posteriores e anteriores de perna”, explica o personal trainer.
A importância de se atentar aos detalhes é, além de fazer o exercício de forma adequada e alcançar o objetivo de cada um deles, também evitar que erros levem a lesões. “Erros de execução são o principal fator que causa lesões”, alerta.
4. Dê feedback para seu professor
O profissional que monta seu treino on-line não está presente fisicamente para ver como você está se comportando com os exercícios. Por isso, é importante sempre conversar com ele. “Conte para o seu professor quais são suas dificuldades, como se sente executando determinado exercício . Só assim ele poderá fazer trocas e optar sempre pela melhor opção para cada aluno”, afirma José Corbini.
5. Monte uma playlist
Parece uma dica sem importância, mas pesquisas científicas comprovam que ter à mão uma playlist pode contribuir muito para os treinos, principalmente nos dias em que falta motivação.
“A maioria das pessoas está sempre usando fones de ouvidos nas academias ou coloca uma música no ambiente de treino. É uma ótima opção, que pode ajudar a driblar a monotonia que alguns sentem na hora de praticar exercícios e a opção de, na dúvida, gravar a execução do exercício e enviar para seu personal analisar é uma ótima ideia”, finaliza o personal trainer.
Por Beatriz Bradley
Fonte: Saúde
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Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil
A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.
Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.
O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.
“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.
Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.
O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente. “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.
Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’
Exemplo mineiro
Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.
Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.
“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.
Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.