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Minas Gerais

Trajeto Renda completa quatro anos com oito mil beneficiados e R$ 4 milhões investidos

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Lançado em 2019 pelo Governo de Minas, o Trajeto Renda nasceu com a missão de fortalecer o desenvolvimento produtivo de indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade. Depois de quatro anos, o projeto coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG) colhe bons resultados em 47 municípios de diversas regiões do estado. Foram 12.010 atendimentos realizados até 2022, e 8.121 beneficiados. A expectativa é capacitar mais três mil pessoas ainda este ano em outros 26 municípios. Até o fim de 2023, o total investido no projeto chegará a R$ 6,19 milhões.

Desenvolvido nos 73 municípios do Programa “Percursos Gerais: Trajetória para a Autonomia”, o Trajeto Renda oferece cursos de capacitação profissional em diversas áreas, como artesanato, corte e costura, confeitaria, agricultura familiar e empreendedorismo, além de oferecer apoio para a formalização de negócios, acesso a linhas de crédito e acompanhamento técnico para o desenvolvimento dos empreendimentos. O objetivo central é capacitar pessoas socialmente vulneráveis para que possam empreender e gerar renda.

Solange Tertuliana Stemler, moradora da Comunidade Campo da Lagoa, em Santo Antônio do Itambé, participou de algumas oficinas do Trajeto Renda no município e conta orgulhosa sobre os produtos que o projeto ajudou a comercializar. “Hoje estou aqui apresentando um pouco das coisas que eu faço: doces, salgados, vinagre, pimenta defumada. O Trajeto Renda veio trazer esperança para as pessoas carentes daqui, da zona rural, e eu acho que isso também trouxe empoderamento, principalmente para as mulheres”, destaca.

Antonia Maria Pereira, de Alvorada de Minas, no Vale do Rio Doce, agradece a oportunidade pela capacitação proporcionada pelo projeto. “O Trajeto Renda veio trazer qualificação, com cursos maravilhosos para capacitar nossos feirantes. Hoje, agregamos valores às nossas mercadorias, qualidade e ótimo preço. Através do conhecimento que adquirimos, tornou viável a nossa participação nas feirinhas”, pontua.

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O produtor de queijos, Jesuino Teixeira da Silva, de Fruta de Leite, no Norte de Minas, criou sua própria marca e, graças à formalização do negócio, começou a participar de feiras para exibir e vender seus produtos. “Sem o Trajeto Renda essa feirinha não existiria. Graças a Deus hoje eu tenho marca, meus colegas também têm. Então, estou alegre e satisfeito”, comemora.

O subsecretário de Trabalho e Emprego da Sedese, Arthur Campos, reforça que o projeto vai além da geração de renda e capacitação. “É uma forma de reunir pessoas que queiram trabalhar em grupo, já que são gestoras da própria produção. Nosso papel é dar oportunidade para que elas possam trabalhar e gerar renda, por meio do assessoramento, qualificação e acompanhamento, desde a produção até a comercialização final. É isso que o Governo de Minas faz: dá oportunidade para quem mais precisa”, completa.

Sedese / Divulgação

Mais três mil beneficiados em 2023

A Sedese iniciou em março a execução da quarta e última fase do Trajeto Renda. Após a mobilização de municípios das Diretorias Regionais (DR) Sedese de Teófilo Otoni, Salinas, Diamantina e Montes Claros em 2023, o projeto chegará a 26 municípios que fazem parte das DR de Almenara, Araçuaí, Curvelo, Governador Valadares, Metropolitana, Muriaé, São João del Rei e Timóteo, com expectativa de atendimento de três mil pessoas (confira a lista completa dos municípios atendidos nessa fase).

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A execução do projeto é realizada a partir da criação de comitês gestores locais, compostos por representantes do poder público do município, sindicatos, associações e membros da sociedade civil. O gestor do projeto, Matheus Nascimento, destaca que as atividades se iniciaram com a mobilização dos municípios, buscando as principais lideranças locais e fazendo a discussão sobre as prioridades na temática da geração de renda em cada um desses locais. “Essa discussão deu origem a um plano de ação, onde foram definidas as principais atividades econômicas, os tipos de produção a serem priorizadas e as potencialidades que estão presentes em cada região”, pontua.

No mês de abril foram feitos atendimentos às pessoas em situação de vulnerabilidade social indicadas e encaminhadas pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) dos municípios. Primeiro, são realizadas visitas às comunidades, para levantar as principais necessidades no que diz respeito à sua produção. Depois disso, são realizadas atividades de formação e oficinas específicas para que as pessoas possam melhorar a sua produção.

“O projeto prevê ainda que seja estimulada a comercialização e venda dos produtos dos grupos e empreendimentos que vão ser acompanhados durante todas as etapas. Buscamos, assim, oferecer mais alternativas de trabalho, incluindo essas pessoas produtivamente e contribuindo para que elas possam alcançar sua autonomia”, acrescenta Matheus Nascimento.

Fonte: Agência Minas

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Brasil e Mundo

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira a entrevista abaixo com o coordenador da Semana da Aleijadinho, Mauro Amorim.

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, filho do artista Pio Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

Agradecimentos

Pousada Vila Rica e DukaAmorim

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

greja Nossa Senhora da Conceição é uma das referências da arquitetura e da história de Ouro Preto. Depois de quase uma década em reforma, o santuário com os restos mortais do mestre Aleijadinho vai ser reaberto ao público, em Ouro Preto

Pintura de Manuel da Costa Ataíde no teto da Igreja de São Francisco de Assis.
Além das pinturas que dominam todo o teto, a Igreja de São Francisco de Assis ainda conta com adornos em ouro e prata e esculturas de Aleijadinho, escultor e arquiteto responsável também pelo projeto dessa mesma igreja. Aleijadinho (cujo nome de batismo era Antônio Francisco Lisboa), ao lado de Manuel da Costa Ataíde e Mestre Valentim, formou o principal grupo de artistas do barroco mineiro.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Este relógio de fabricação inglesa pertencia a Joaquim José da Silva Xavier e estava com ele no momento da prisão. Foi leiloada pela coroa e passou pelas mão de particulares até 1953, quando JK o adiquiriu para o museu da Inconfidência. Ao lado um boticão que permitia a Tiradentes usar uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam para extrair dentes daqueles que visitam seu consultório.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

O Museu da Inconfidência cuida de obras do século XVII, XVIII e XIV é aberto ao público em horários disponivéis no site oficial.

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

Imagem de Nossa Senhora das Dores esculpida na madeira, do artista mineiro Fernando Pedersini, foi exposta no Santúario Matriz Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto durante a exposição “Do Conto ao Ponto”.

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