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Tribunal de Contas

Tribunal considera irregular licitação do transporte alternativo em Sete Lagoas

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A Primeira Câmara, no dia 16/5/2023, considerou irregular o Edital de Licitação (Processo n. 1104923) deflagrado pelo Município de Sete Lagoas, cujo objeto é a contratação de concessionária para operação do transporte alternativo no município, realizado com veículos de pequeno porte para transporte coletivo de passageiros. A licitação estava paralisada cautelarmente desde setembro de 2021, por decisão do conselheiro relator, Cláudio Terrão, referendada pela Segunda Câmara do Tribunal.

Em agosto de 2021, o Tribunal recebera as denúncias (processos n. 1107536 e n. 1107550) apresentadas pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Minas Gerais e Eldorado Transportes Ltda., respectivamente, que foram apensadas ao processo principal por conexão da matéria.

Entre as irregularidades apontadas nas denúncias constavam: concorrência irregular do transporte alternativo com o transporte convencional, ausência de cadastro prévio do licitante como contribuinte do município, tipo de licitação escolhido pelo gestor municipal e fixação irregular da mesma tarifa do transporte convencional para o transporte alternativo. 

Diante da permanência de diversas irregularidades não sanadas pelo Município, a Primeira Câmara entendeu por manter a suspensão da licitação, considerada irregular. A pregoeira responsável foi multada e o relator ainda recomendou que as permissões irregulares que vigoram em Sete Lagoas deverão ser extintas. Por fim, no caso de novo edital, o Município deverá submetê-lo ao TCEMG para análise, evitando-se assim futuros erros.

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Regina Kelles | Coordenadoria de Jornalismo e Redação 

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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