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Minas Gerais

Publicação da Epamig apresenta recomendação de cultivares de café para o Sul de Minas

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A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) acaba de lançar o Boletim Técnico “Recomendação de Cultivares de Café Arábica para a Região Sul de Minas Gerais”. A publicação, já disponível na Livraria da Epamig, apresenta os resultados do Projeto Unidades Demonstrativas de Café no Sul de Minas, realizado por meio de Cooperação Técnica entre a Epamig e a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), no quadriênio 2019-2022.

O projeto consistiu na avaliação de dez cultivares de café, sendo oito do Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro, coordenado pela Epamig, e duas de referência (Catuaí Vermelho IAC 99, padrão de produtividade, e Bourbon Amarelo IAC J10, referência de qualidade), em Unidades Demonstrativas instaladas em dez municípios do Sul de Minas. O objetivo principal foi avaliar a produtividade dos grãos e a qualidade sensorial da bebida, adaptadas às condições de manejo de cada produtor e às características de diferentes microrregiões.

As Unidades Demonstrativas foram instaladas entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017, nos municípios de Alpinópolis, Botelhos, Cabo Verde, Campestre, Campos Gerais, Conceição da Aparecida, Monte Belo, Muzambinho, Nova Rezende e São Pedro da União. Durante as colheitas de 2019, 2020, 2021 e 2022, foram avaliadas as produtividades em sacas de 60 Kg de café beneficiado. Nas safras de 2021 e 2022 foram realizadas as avaliações física e sensorial dos grãos das cinco cultivares mais produtivas do primeiro biênio em municípios.

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O projeto, que contou com o apoio financeiro do Consórcio de Pesquisa Café, da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), segue o mesmo modelo do projeto de validação das cultivares no Cerrado Mineiro, que também avaliou as safras entre 2019 e 2022, e de um projeto estadual com o apoio financeiro da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, por meio da Fapemig, e do Consórcio Pesquisa Café, implantado entre o fim de 2021 e o início de 2022, 42 unidades demonstrativas, em 41 municípios das regiões Sul, Sudoeste, Oeste, Campo das Vertentes, Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Vale do Jequitinhonha, Norte, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Essas áreas devem iniciar a produção na safra de 2024.

Resultados

A engenheira agrônoma Vanessa Figueiredo apresentou um resumo dos resultados alcançados em trabalhos realizados no Sul de Minas e no Cerrado Mineiro, durante palestra no 12º Simpósio de Mecanização da Lavoura, realizado em Três Pontas, como parte da programação técnica da Expocafé 2023. Os resultados comprovaram que para a escolha da cultivar é preciso considerar as características químicas e físicas do solo, relevo e clima no local, além do manejo na propriedade.

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“No Sul de Minas, as cultivares MGS Catucaí Pioneira (entre as três melhores em sete dos dez municípios avaliados), MGS Ametista (entre as três melhores em seis dos dez municípios avaliados) e MGS Paraíso 2 (entre as três melhores em cinco dos dez municípios avaliados) foram as que mais se destacaram em produtividade, (confira a tabela). Na análise sensorial, a MGS Paraíso 2 foi a que obteve maiores pontuações pela estabilidade de comportamento”, informou.

Dia Nacional do Café

O café é a segunda bebida mais consumida no Brasil, país maior produtor e exportador do grão. Minas Gerais responde a mais de 50% da produção nacional. A bebida, tão representativa para a economia e para a cultura em todo o mundo, é celebrada em diversas datas, 14/4 (Dia Mundial), 1/10 (Dia Internacional) e no Brasil tem um dia próprio, 24/5, Dia Nacional do Café.

Fonte: Agência Minas

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ENTRETENIMENTO

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

 

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

Chaves de Garangeot. Essa é uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam. Não só essa, mas existem diversos relatos de sua fama como dentista. A esquerda o relógio de Tiradentes.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

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