Tribunal de Contas
Portaria do TCEMG cria grupo de trabalho para tirar dúvidas sobre nova lei de licitações e contratos
Foi publicada no Diário Oficial de Contas (DOC) dessa manhã, 6 de junho, a Portaria n. 50/Pres/2023, que “institui grupo de trabalho para oferecer subsídios ao exame de consultas sobre questões relativas à Lei nº 14.133 – Lei de Licitações e Contratos Administrativos, de 1º de abril de 2021”.
A iniciativa levou em consideração a edição da Lei nº 14.133/2021, que estabelece normas gerais de licitação e contratação para a Administração Pública direta, autárquica e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. E principalmente porque esta lei possibilita à Administração licitar ou contratar com base na Lei nº 8.666/93 e na Lei nº 10.520/2002, até 30 de dezembro de 2023.
A criação de um grupo de trabalho, formado por servidores da Casa, ainda considerou a importância de estudos para subsidiar a elaboração de relatório técnico em consulta sobre a matéria, diante de dúvidas que possam surgir da interpretação da nova normatização bem como “da necessidade de se manter a coesão das manifestações técnicas”.
Clique em https://doc.tce.mg.gov.br/Home/ViewDiario/2023_06_06_Diario.pdf e leia a íntegra da portaria.
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.