Brasil e Mundo
Conversas estarrecedoras
Em março de 2014, às 6 horas da manhã, recebi um telefonema de uma mulher apreensiva sobre uma operação policial em um posto de gasolina. É a vida de um advogado criminalista, ouvir as angústias das almas aflitas quando a polícia bate à porta. Nesse posto, perto da Torre de TV de Brasília, tem um lava a jato e, esse simples fato, deu nome à Operação que paralisou o país e que instrumentalizou o Poder Judiciário e o Ministério Público. Investigação que, com tentáculos na grande mídia e no poderio econômico dos EUA e, claro, em parte do empresariado nacional, mudou a história política do Brasil. Naquele momento, os “Sérgios Moros” e os “Deltans” ainda não sabiam que iriam prostituir as estruturas democráticas.
Como advoguei desde o primeiro ato, pude acompanhar, com olhar atento, que a Operação tomava um rumo estranho. Deixei a defesa do Alberto Youssef quando tive a convicção de que existia um plano muito além do que estava nos autos. A politização das ações começava a ficar evidente para quem conseguia ver além das notícias e das matérias que repetiam bordões criados para anestesiar a grande massa, que só vê e lê as chamadas e os jornalistas de aluguel. A estrutura montada contava com profissionais da mídia que, em troca de furos e manchetes, e algum dinheiro, claro, dispunham de uma teia ilegal e criminosa de vantagens na divulgação do desenrolar da trama que paralisou o país. “Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência”, como já dizia o senador Jarbas Passarinho ao assinar o AI-5.
Ao deixar de defender o mais importante alvo naquele momento da Lava Jato, por não concordar com a postura criminosa e parcial da República de Curitiba, resolvi denunciar os abusos e, por muitos anos, corri o Brasil com palestras, debates e entrevistas. Uma luta desigual contra os heróis de um país ávido pela barbárie e cego de justiça. Era como se a mediocridade do Moro e a obtusidade moralista do Deltan ditassem o novo perfil do brasileiro médio.
Prenderam o Lula, quebraram parte da economia nacional, perseguiram e levaram à prisão dezenas de inocentes, humilharam os investigados, ganharam muito dinheiro, fama e poder e, por fim, elegeram o fascista do Bolsonaro. Lambuzaram-se como adolescentes numa farra sem nenhuma ética. Sem escrúpulos e sem limites, julgavam ser os donos da verdade que eles ditavam para a grande imprensa em nome de interesses que estão, agora, vindo à tona.
Além da estrondosa falta de capacidade intelectual dos chefes dessa Republiqueta e da ausência eloquente de caráter, que parece ter sido um requisito para fazer parte do bando, impressiona a falta de limites que esse poder midiático e econômico concedeu a essa verdadeira quadrilha que assaltou o país. As gravações que estão se tornando do conhecimento de todos são estarrecedoras. A empáfia e a arrogância imperavam. A mensagem na qual o ex-procurador e ex-deputado Deltan diz no grupo da súcia que vai ligar para a Polícia Federal para determinar que eles não cumprissem uma ordem de um Desembargador Federal, Dr. Rogério Favreto, que estabelecia a soltura do Lula, preso ilegalmente, é o resumo da canalhice.
As pessoas devem refletir sobre a gravidade criminosa desse gesto. Um procurador da República, chefe da força-tarefa que comandava a Operação Lava Jato, cúmplice do juiz responsável pela investigação, sócio de outros procuradores, afirma, peremptoriamente, que vai mandar a Polícia Federal descumprir uma ordem judicial! É um exemplo acadêmico do que é obstrução de justiça. Caso clássico de prisão preventiva. E ele pressionou o TRF4, está registrado nas mensagens, para que o Tribunal revogasse a determinação. É de cair o queixo. Não se sabe se são cuecas, dinheiro, poder ou o que seja, mas esse atrevimento não era só desse medíocre procurador. Nas mesmas mensagens, os quadrilheiros admitem que, até para cumprir ordens de prisão, aguardavam autorização de autoridades dos Estados Unidos da América.
É tarde, mas ainda é tempo. O Brasil merece que esses desqualificados respondam criminalmente por tudo que fizeram. Como nos ensinou o poeta Miguel Torga:
“Guarde a sua desgraça O desgraçado. Viva já sepultado Noite e dia. Sofra sem dizer nada. Uma boa agonia Deve ser lenta, lúgrebe e calada.”
Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay
Fonte: Política Nacional
Brasil e Mundo
1800 militares da Marinha do Brasil realizam Operação Furnas 2025
A Marinha do Brasil (MB) está conduzindo, ao longo desta semana, a Operação Furnas 2025, um dos maiores treinamentos militares já realizados em Minas Gerais. A operação mobiliza cerca de 1.800 militares, além de embarcações, helicópteros, aviões de caça, drones, veículos blindados e anfíbios, em uma estrutura montada na região do Lago de Furnas, no Sul do estado.
O exercício, que seguirá até o dia 30 de outubro, conta com a participação de militares de nove países — entre eles França, Portugal, Chile e Reino Unido — e de um representante da Junta Interamericana de Defesa. O objetivo é treinar tropas e fortalecer a integração entre forças civis e militares, com foco em operações de defesa, missões de paz e ações de resposta a desastres naturais.
Ação Cívico-Social beneficiou população de São José da Barra
No último sábado (25), a Marinha promoveu uma Ação Cívico-Social (ACISO) em São José da Barra (MG), beneficiando centenas de moradores da cidade e de municípios vizinhos.
Durante a ação, foram oferecidos atendimentos médicos e odontológicos gratuitos, vacinação, aferição de pressão e glicemia, oficinas de primeiros socorros, cortes de cabelo, além de atividades educativas e culturais.
A programação contou com apresentações de cães de guerra, Banda do Corpo de Fuzileiros Navais, Fanfarra Municipal de São José da Barra e mostra de equipamentos e viaturas da Marinha, atraindo famílias e crianças durante todo o dia.
De acordo com o Capitão de Fragata Demóstenes Apostolides, diretor da Unidade Médica Expedicionária da Marinha, mais de 200 pessoas foram atendidas.
“Esse tipo de iniciativa aproxima a Marinha da população e reforça o compromisso social da instituição, que não se limita apenas à atuação militar, mas também ao cuidado e à solidariedade”, destacou o oficial.
Workshop em Passos reuniu instituições civis e militares
Na segunda-feira (27), a Marinha realizou o II Workshop Interagências de Cooperação com a Defesa Civil, na Faculdade Santa Casa de Passos (MG).
O encontro reuniu representantes da Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Eletrobras, Santa Casa de Misericórdia e universitários da região.O evento teve como foco o intercâmbio de experiências e a troca de lições aprendidas em situações de emergência e desastres naturais, fortalecendo a integração entre órgãos civis e militares.
A programação incluiu palestras temáticas e um exercício de coordenação interagências, simulando cenários de calamidade pública.Demonstração de Capacidades será realizada nesta quarta-feira
O ponto alto da Operação Furnas 2025 acontecerá nesta quarta-feira (29), com a Demonstração de Capacidades no Lago de Furnas.
Durante o evento, a Marinha apresentará parte de seus meios operativos, com embarcações, aeronaves, veículos blindados e anfíbios, exibindo ao público a estrutura e a preparação das forças brasileiras para atuar em diferentes tipos de cenário.Presença e integração
Com a Operação Furnas 2025, a Marinha reforça sua presença estratégica em Minas Gerais e demonstra a importância do Lago de Furnas como área de treinamento e de integração com a sociedade civil.
As ações unem tecnologia, capacitação militar e compromisso social, fortalecendo o elo entre as Forças Armadas e a população mineira.
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