Tribunal de Contas
Seminário Mineiro discute Custos do Setor Público para a Sociedade
“Divulgar o conhecimento científico, técnico e tecnológico, fomentando a discussão e a reflexão acerca do sistema de custo, além de incrementar o cumprimento da legislação e melhorar a gestão pública é o proposito que aqui nos reúne.” Assim se manifestou o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, conselheiro Gilberto Diniz, nesta manhã (06 de julho), na abertura do I Seminário Mineiro de Custos no Setor Público, no auditório Vivaldi Moreira, da Corte de Contas mineira.
Tendo ao lado, na mesa de honra, o vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, Conselheiro Rodrigo Coelho do Carmo; da vice-presidente de Controle Interno do Conselheiro Regional de Contabilidade de Minas Gerais, Maria da Conceição Barros de Rezende Ladeira; além da diretora-geral do TCEMG, Polliane Patrocínio; do Superintendente de Controle Externo, Pedro Henrique Azevedo; e da superintendente de Gestão e Finanças, Daniela Melo Haikal, Diniz parabenizou a todos os servidores da Casa envolvidos na idealização e implantação do sistema de custo, na pessoa do servidor José Vuotto Nievas. Segundo Gilberto, “com grande empenho, e apesar das dificuldades encontradas pelo caminho, fizeram um grandioso trabalho, do qual já se extraem frutos”.
O presidente do TCE enfatizou que a gestão de custos é fundamental para os entes públicos, cuja produtividade tem o bem comum, o interesse público. Para o presidente, trata-se de ferramenta fundamental de análise e de controle do uso dos recursos, que possibilita identificar quantitativa e qualitativamente a forma pela qual são consumidos tais recursos. “Possibilita avaliar se os bens e produtos justificam os custos correspondentes para, daí, proporcionar melhor aproveitamento, de modo a maximizar os efeitos dos serviços públicos na sociedade”, conclui Diniz.
Seguiu-se às boas-vindas do presidente do Tribunal de Contas a palestra do gerente de informações de Custos da Secretaria do Tesouro Nacional, Edélcio de Oliveira, que falou sobre Norma Brasileira de contabilidade – NBC TSP 34 – Custos no Setor Público, para quem essa temática “é densa e complexa”. Edélcio considerou oportuna a iniciativa da Casa e parabenizou os envolvidos na implantação do Sistema de Custos, tendo em vista que a norma entrará em vigor em janeiro próximo. “Apurar custos envolve custos”, afirmou o gerente, acrescentando que há um custo na mudança de postura. Esclareceu também que a Norma de Custos no Setor Público tem por finalidade estabelecer diretrizes e padrões a serem observados na aplicação da contabilidade de custos. Trata de critérios para geração da informação de custos, como instrumento de governança pública, e aponta para o importante papel do gestor governamental na adoção efetiva de modelos de gerenciamento de custos.
Para Oliveira, o apoio da alta administração é imprescindível para implementar a mensuração e pôr em prática o uso da informação de custos como ferramenta de auxílio aos processos de planejamento, tomada de decisão, monitoramento, prestação de contas, transparência e avaliação de desempenho.
Na sequência, a analista de Controle Externo do Tribunal de Contas, Ana Beatriz Vieira Franco, falou sobre O Benefício do Controle: Mensuração e Evidenciação. A analista apresentou um panorama histórico da implantação do Sistema de Custo no TCE, que, com grande dificuldade, teve início nos idos de 2004, no âmbito do Planejamento Estratégico; a ideia se fortaleceu em 2009 com o Programa de Modernização do Controle Externo; quando, finalmente, em 2012, o projeto ganhou mais consistência quando começou a se pensar sistematicamente qual é o custo-benefício de um órgão de controle. Nas palavras da palestrante; “quanto as atribuições do TCEMG custam à sociedade”.
Ainda palestrou nesta manhã a coordenadora de Comissão de Contabilidade aplicada ao Setor Público do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia, Elisângela Santos Fernandes, que falou sobre o Desafio para a implantação do Sistema de Custos.
O seminário terá continuidade à tarde e poderá ser acompanhado pela TV TCE no YouTube.
Denise de Paula / Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.
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