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Minas Gerais

Política de Prevenção à Criminalidade de Minas completa 20 anos

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A Política de Prevenção Social à Criminalidade do Governo de Minas Gerais celebra, nesta semana, 20 anos de atuação. Nesse período, foram quase 4 milhões de atendimentos ao público realizados por seis programas em 200 territórios do estado. Para marcar a data, a Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Supec), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), promove um seminário voltado para trocas, reflexões e aprimoramento para todos aqueles que contribuem com a implementação dos programas da Prevenção em Minas.

O seminário teve início nesta terça-feira (18/7), em Belo Horizonte, e segue até quinta-feira com palestras, divulgação de resultados, apresentações de oficinas, exposições e debates. Cerca de 500 pessoas, incluindo analistas, técnicos, gestores e supervisores das Unidades de Prevenção à Criminalidade (UPCs) de todo o estado, além de parceiros dos programas, participam do evento. Durante o seminário também foi lançado o Guia Municipal de Prevenção Social à Criminalidade, um instrumento que poderá servir de apoio a prefeituras na construção de projetos e ações locais de prevenção à criminalidade.

Presente na abertura do seminário, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, lembrou como a prevenção de Minas Gerais é modelo no Brasil e no mundo. “O que interessa para nós, na segurança pública, acima de tudo é a prevenção, é evitar a prática da criminalidade”, destacou. “Hoje é dia de comemorar. A ideia desses programas é reduzir a criminalidade, e Minas tem se destacado como um dos estados mais seguros da federação. É isso que a gente pretende manter”.

O subsecretário de Prevenção à Criminalidade, Matuzail Martins da Cruz, lembrou a importância dos parceiros da política para o sucesso de 20 anos de atuação. “Hoje já estamos com mais de 50 Unidades de Prevenção e queremos avançar e criar a cada ano novas unidades, conforme os projetos e análises que fazemos, para que a gente responda melhor na prevenção, fazendo com que o cidadão de Minas Gerais se sinta seguro”, afirmou.

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A Política

Presente atualmente em 61 municípios do estado, a Política de Prevenção Social à Criminalidade atua para incidir diretamente em fatores sociais que geram violências e criminalidade, a partir de ações integradas e com a participação da sociedade civil. A Política de Prevenção foi idealizada e se desenvolveu ao longo dos anos como referência no Brasil e no mundo, com boas práticas e metodologias amplamente reconhecidas, contribuindo há duas décadas para a construção de uma segurança pública cidadã. Ao longo dos anos, sua abrangência foi ampliada e, hoje, realiza mais de 200 mil atendimentos ao público todos os anos.

A superintendente de Políticas de Prevenção à Criminalidade, Flávia Mendes, explica que, ao longo dessas duas décadas, a política cresceu, amadureceu e se fortaleceu. “Estar na Política de Prevenção à Criminalidade há tantos anos nos dá uma satisfação enorme e uma sensação de dever cumprido. É olhar para trás e ver que a gente fez o caminho que era necessário, com muita dedicação, esforço e aprimoramento. É saber que daqui para frente a gente também tem uma longa caminhada junto aos nossos parceiros, para alcançar cada vez melhores resultados para Minas”, ressaltou.

O diretor-presidente do Instituto Elo – organização social responsável pela co-execução da política -, Gleiber Gomes, comemorou o trabalho realizado pelas equipes em todo o estado. “São 20 anos de muitas conquistas e realizações. Uma das principais características dessa política é seu poder de transformação, especialmente da qualidade de vida de quem a gente atende e acolhe nas unidades”, afirmou. “Passados 20 anos, graças ao esforço de todos vocês, um grande projeto se transformou em uma política pública consolidada e internacionalmente reconhecida. Que os próximos 20 anos sejam tão exitosos quanto esses que passaram e que a política se mantenha sempre forte”.

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Presente no evento, o professor e pesquisador Luís Flávio Sapori parabenizou o trabalho desenvolvido pela Supec em duas décadas de atuação. “Não tem nenhuma outra política pública como essa no Brasil. Vocês não têm noção da magnitude do trabalho que vocês estão fazendo. E 20 anos é só o começo”.

Resultados

Celebram 20 anos de execução qualificada em 2023 três programas de Prevenção à Criminalidade: o Programa de Controle de Homicídios Fica Vivo!, a Central de Acompanhamento de Medidas Alternativas (Ceapa) e o Programa de Inclusão de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp).

O Fica Vivo! atende quase 10 mil jovens mensalmente em suas oficinas, contribuindo para a prevenção de homicídios de adolescentes e jovens de áreas vulneráveis. A metodologia inovadora, de articulação da proteção social com a intervenção estratégica, registra uma redução de 71% no número de vítimas de homicídios nos últimos dez anos, nas áreas nas quais está implantado.

Já a Ceapa foi responsável por acompanhar mais de 161 mil alternativas penais no estado. Minas também é referência na responsabilização de homens autores de violência contra a mulher, julgados pela Lei Maria da Penha, tendo encaminhado 5.815 homens para grupos de responsabilização nos últimos cinco anos.

O PrEsp, por sua vez, se consolidou como relevante mecanismo para a superação de vulnerabilidades dos egressos do sistema prisional na retomada da vida em liberdade. Mais de 40 mil pessoas já tiveram suas trajetórias alteradas pelo programa, através da oferta de acesso a direitos e de qualificação profissional.

Além dos três programas que comemoram 20 anos, a Política de Prevenção Social à Criminalidade de Minas Gerais é composta, ainda, pelos programas Mediação de Conflitos, Se Liga e Selo Prevenção Minas.

Fonte: Agência Minas

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Brasil e Mundo

Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela

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Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.

Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª  Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.

confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.

 

A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.

“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.

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confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.

Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.

Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.

Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!

 

 

Saiba Mais sobre Tiradentes

Conexão de Tiradentes com Ouro Preto

• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.

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Pontos Históricos Relacionados

1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.

Legado de Tiradentes

Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.

A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.

greja Nossa Senhora da Conceição é uma das referências da arquitetura e da história de Ouro Preto. Depois de quase uma década em reforma, o santuário com os restos mortais do mestre Aleijadinho vai ser reaberto ao público, em Ouro Preto

Pintura de Manuel da Costa Ataíde no teto da Igreja de São Francisco de Assis.
Além das pinturas que dominam todo o teto, a Igreja de São Francisco de Assis ainda conta com adornos em ouro e prata e esculturas de Aleijadinho, escultor e arquiteto responsável também pelo projeto dessa mesma igreja. Aleijadinho (cujo nome de batismo era Antônio Francisco Lisboa), ao lado de Manuel da Costa Ataíde e Mestre Valentim, formou o principal grupo de artistas do barroco mineiro.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

Este relógio de fabricação inglesa pertencia a Joaquim José da Silva Xavier e estava com ele no momento da prisão. Foi leiloada pela coroa e passou pelas mão de particulares até 1953, quando JK o adiquiriu para o museu da Inconfidência. Ao lado um boticão que permitia a Tiradentes usar uma técnica rudimentar muito peculiar para o época que poucos conheciam para extrair dentes daqueles que visitam seu consultório.

Peças da forca utilizada para o suplício de Tiradentes

O Museu da Inconfidência cuida de obras do século XVII, XVIII e XIV é aberto ao público em horários disponivéis no site oficial.

Minas onde eram praticadas a extração de pedras preciosas: O lugar é uma verdadeira volta ao passado, quando o comércio de Ouro Preto, entre os séculos XVIII e XX, era voltado para a busca de metais e pedras preciosas. A visita à Mina da Passagem se difere das demais por ser uma mina industrial.

Não há informações sobre uma pintura de Tomás Antônio Gonzaga e Marília de Dirceu exposta na Casa do Ouvidor em Ouro Preto, mas aqui estão algumas informações sobre o poeta e a obra Marília de Dirceu:
Tomás Antônio Gonzaga foi um poeta que escreveu Marília de Dirceu, uma obra que conta a história do amor idealizado entre Dirceu e Marília.

A construção do século XVII abrigou a Ouvidoria de Vila Rica e foi residência do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga quando este exerceu o cargo de ouvidor-geral, de 1782 a 1788. Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, expressão máxima do arcadismo brasileiro, é autor das Cartas Chilenas, poema satírico em forma de cartas. A casa de Gonzaga é um dos locais onde, provavelmente, se reuniam os inconfidentes, que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e a criação de uma república. Tomás Antônio Gonzaga foi preso em 23 de Maio de 1789 e degradado para Moçambique onde advogou e foi juiz da Alfândega de Moçambique. Faleceu em 1810.

A Igreja de São Francisco de Assis é a igreja que pode ser vista da janela da casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto, Minas Gerais.

“Esta é a prensa utilizada em atividades topográficas, peça central da imprensa periódica de Ouro Preto. A história começou com o Copilador Mineiro, em 1823, e mais de 80 jornais foram publicados até 1889, com periodicidade irregular. Esses jornais marcaram uma era decisiva para o debate de ideias, abordando temas que iam das questões nacionais às provincianas. Conservadores, liberais, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravocratas se enfrentavam nas páginas, moldando a política e a literatura que ecoam até hoje.”

Imagem de Nossa Senhora das Dores esculpida na madeira, do artista mineiro Fernando Pedersini, foi exposta no Santúario Matriz Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto durante a exposição “Do Conto ao Ponto”.

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