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Tribunal de Contas

Inteligência Artificial permite TCEMG atingir mais de 18 mil entidades fiscalizadas

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O TCEMG é o Tribunal de Contas com mais órgãos e entidades fiscalizadas no Brasil. São mais de 18 mil CNPJs sob a jurisdição da Corte de Contas mineira. E a inteligência artificial foi fundamental para que o tribunal conseguisse fazer a busca ativa dessas entidades. Com a ferramenta CAJU (Classificador Automático de Jurisdicionados), o TCEMG saltou de pouco mais de 3 mil jurisdicionados em 2017 para quase 12 mil em 2018. Em 2023, já são 18.040 órgãos e entidades públicas fiscalizadas pelo tribunal. 
 
“A ferramenta coleta os CNPJs de sistemas internos e bases de dados externas, como a Receita Federal e o SABPO (CNPJs de entidades estaduais), e faz a classificação entre grupos (estadual ou municipal) e tipos de entidades, como prefeitura, secretarias municipais ou fundos”, explica Luciana Canaan, coordenadora do Laboratório de Análise de Dados do TCEMG.
 
O CAJU foi 100% criado pelo Laboratório de Análise de Dados da Diretoria de Fiscalização Integrada e Inteligência – Suricato, do TCEMG. “O coração da ferramenta está nos modernos modelos de Processamento de Linguagem Natural (PLN), que são capazes de entender, interpretar e extrair significado de textos, convertendo a linguagem humana em dados compreensíveis pelos computadores”, explicou Canaan. 
 
A inteligência artificial é capaz de analisar uma enorme quantidade de informações em um curto período, identificando padrões, conteúdos e contextos para atribuir a cada caso a categoria correspondente. “O CAJU utiliza essa capacidade para realizar a triagem e a classificação ágil e precisa dos jurisdicionados. A precisão do CAJU é notável, uma vez que sua capacidade de aprendizado contínuo permite aprimorar-se constantemente a partir de novos dados e feedbacks, resultando em decisões mais consistentes e minimizando erros a cada nova execução”, concluiu a coordenadora. 
 
Pelo Painel Suricato, no site do TCEMG, é possível ver o levantamento das pessoas jurídicas subordinadas à jurisdição do TCEMG, com filtros por regiões, faixa populacional, situação cadastral e tipos de entidades. A região central do Estado comporta mais de 4.4 mil entidades. O Sul de Minas, com 2.6 mil, a Zona da Mata, com 2.5 mil, e o Norte de Minas, com 2 mil, veem na sequência. 
 
Em relação aos tipos de entidades, destaque para as Caixas Escolares, com 8.590 CNPJs cadastrados. Na sequência, estão os fundos municipais (3.635), secretarias municipais (1.032), câmaras municipais (857) e prefeituras (853). No Estado, são 588 sociedades de economia mista, 153 secretarias e 117 empresas públicas. 
 
Para acessar o Painel Jurisdicionados no Portal de Análise de Dados do TCEMG, CLIQUE AQUI.
 
 

Lucas Borges / Coordenadoria de Jornalismo e Redação

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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